Acerte na escolha: descubra como identificar o capacitor adequado para o ar-condicionado

Responsável por corrigir o fator de potência para manter o compressor em uma rotação favorável para o seu bom funcionamento, o capacitor é peça indispensável no aparelho de ar-condicionado. Capacitor danificado é dor de cabeça na certa, pois, nestes casos, o ar-condicionado quase sempre apresenta problemas para ligar e desligar, gerando assim o risco de danificar várias outras peças.

Leia também: Saiba por que usar condensadora e evaporadora de marcas diferentes em seu aparelho pode ser uma má ideia

Como identificar o capacitor certo para o ar-condicionado?

Consultamos o instrutor Rafael Ferreira, da Samacursos, para entender mais sobre o assunto. “Antes de tudo, não podemos esquecer que existem dois tipos de capacitores no nosso segmento. Um deles é o de partida, com a função de auxiliar na partida do compressor, como o próprio nome diz. Ele atua sempre em conjunto com um relé executando a função inversa, isto é, desligar o aparelho. Já o capacitor de fase é aquele que permanece ligado a todo momento, enquanto o compressor estiver funcionando”, esclarece.

Segundo o instrutor, há duas formas principais de se testar o capacitor. “É preciso saber que os capacitores estão na escala de microfarad (µF) e o instrumento utilizado para medir sua capacidade é o capacímetro. O segundo modo de testar requer três contas matemáticas, mas é algo bem simples”.

Antes de começar o cálculo, é importante anotar a referência LRA do compressor do ar-condicionado. Em seguida, devemos utilizar a seguinte fórmula matemática para saber qual capacitor deverá ser utilizado:

Para encontrar o número LRA, Rafael garante: “é bem simples, isso é um valor referente à corrente de compressor travado, encontrado no manual do compressor ou simplesmente na sua etiqueta. A etiqueta também informa, normalmente, o LRA, no qual se baseiam todas as proteções elétricas de um compressor”.

Vamos a um exemplo prático?

Suponhamos que devemos selecionar um capacitor para um compressor que possui um valor de LRA de 60, qual capacitor deveremos usar?

Com isso, chegamos a uma resultante de 56. Como no mercado não temos capacitor com esse valor, podemos utilizar o de 60 microfarads (μF).

Lembre-se: outra coisa que devemos nos atentar é para a tensão de isolamento. Todo capacitor tem sua margem de tensão aplicável ou tensão de isolamento, ou seja, o máximo de tensão que o capacitor suporta. Acima disso, ele estoura, porque internamente é separado por um dielétrico (material isolante). Porém, se a tensão aplicável for maior que sua tensão especificada, o mesmo pode simplesmente explodir.

É muito importante selecionar um capacitor que tenha um valor de tensão acima do valor nominal do seu equipamento. Por exemplo:  se a rede do condicionador de ar for de 220V, selecione um capacitor com tensão de 380V, pois assim você não terá problemas relacionados à tensão do capacitor.

E, para finalizar, é fundamental lembrar que existem capacitores individuais que alimentam uma carga, a exemplo do compressor ou ventilador. Mas temos também capacitores duplos, com um compartimento para atender o ventilador; um segundo para o compressor e ainda um terceiro ponto em comum entre ambos.

Agora que você domina o assunto, mãos à obra. Entregue excelentes serviços e, se precisar de qualquer peça, pode passar em uma loja Frigelar, adquirir pelo site ou conferir no App Frigelar.

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Excesso de gás pode comprometer o bom funcionamento do compressor do ar-condicionado

Considerada uma das peças mais importantes do aparelho, o compressor do ar-condicionado é o equipamento responsável pela alteração da temperatura do ar, promovendo o aquecimento ou a refrigeração do ambiente. E para garantir o bom funcionamento do produto, é importante ter cuidado com o excesso do gás no sistema, para evitar o compressor danificado.

Popularmente conhecido como gás, o fluido refrigerante é uma substância responsável pelas trocas térmicas em um sistema de refrigeração. Mas, para que essas trocas térmicas funcionem corretamente, e não se tornem uma verdadeira dor de cabeça para o cliente, o instrutor Rafael Ferreira da Samacursos esclarece: “o que ocorre na prática é inserção de fluído refrigerante se baseando apenas em um parâmetro que é a pressão, que muitas das vezes pode nos enganar durante esse processo. Com isso, a carga inserida no sistema às vezes pode ser maior ou menor do que se necessita”

Para evitar esse problema, o professor aconselha: “o que devemos ter em mente é que, quanto menor o quantificativo de massa, mais precisa terá que ser a carga. Exemplo disso são os refrigeradores com fluído R 600a, que por sua vez necessitam de apenas 40 gramas para que o mesmo venha a funcionar. Assim, qualquer 10 gramas a mais ou até mesmo a menos pode ser o suficiente para ser prejudicial ao sistema.”

O excesso de gás no compressor pode causar diversos danos ao sistema. Um deles é o retorno de líquido para o compressor: “Isso acontece pela grande circulação de fluído refrigerante que irá percorrer pelo evaporador, fazendo que o mesmo se torne pequeno para evaporar todo fluído refrigerante. Com isso, um percentual de fluido refrigerante no estado líquido irá retornar para o compressor, onde teremos uma quebra mecânica por golpe de líquido. Lembrando que o fluído refrigerante que adentra ao compressor deve se encontrar na condição de 100% vapor saturado”, explica Ferreira.

Fique por dentro: Acerte sempre a mão nas cargas de refrigerante

E vale lembrar: dependendo do regime de temperatura que o sistema irá operar, podemos ter uma formação de gelo excessiva no evaporador quando temos um excesso de fluido refrigerante. Assim, o gelo contido irá interferir diretamente nas trocas térmicas, fazendo que o sistema perca rendimento.

O professor ainda alerta para outro problema que o excesso do gás no compressor pode ocasionar: a elevação da temperatura de condensação. Isso acarreta em uma elevada corrente elétrica do compressor, gerando um elevado consumo elétrico.

Leia também: O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Todo cuidado é pouco, qualquer erro de operação, maior afetado será o compressor.  Devemos sempre se atentar para a carga de fluido refrigerante seja feita de forma correta, seguindo os procedimentos de boas práticas de refrigeração, que pode ser por massa, utilizando uma balança de precisão, ou pelo balanceamento termodinâmico, que se trata do superaquecimento e Sub-Resfriamento.

E atenção: Nunca devemos proceder uma carga somente observando a pressão do sistema, pois podemos ser enganados, afinal a pressão é uma variável que pode ser alterada com as mudanças climáticas.

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O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Considerado o “coração do sistema”, o compressor do ar-condicionado é essencial para manter o fluxo de massa do fluido no sistema de refrigeração, através do processo de sucção e descarga. O compressor, independente da sua versão, é o componente que mais consome energia elétrica em sistemas de climatização e esse consumo se dá não só pela sua capacidade de refrigeração (deslocamento volumétrico), como também pelo seu funcionamento.

Equipamentos subdimensionados, superdimensionados e utilizados de forma errada causam consumo de energia relativamente altos. Além disso, muitos clientes e profissionais da área se deparam com um problema muito comum em compressores, que é o de o compressor não desligar.

Para nos ajudar a entender os possíveis motivos para que essa falha ocorra, Anderson Oliveira, professor de refrigeração e fundador do canal INTAC Treinamentos no Youtube, nos trouxe algumas dicas para que o cliente entenda o que ocorre com seu aparelho. 

Então, o compressor não desliga? Saiba os possíveis motivos:

1- Controle remoto

Muitas pessoas imaginam que um compressor “gela mais” quando se coloca para operar na mínima temperatura possível, mas o professor esclarece: “praticamente nenhum equipamento dimensionado corretamente chegará a manter a temperatura ambiente em 16° C, portanto o compressor não irá desligar, porque o valor de setpoint não será alcançado e dificilmente permanecerá nessa temperatura”, explica.

Para que isso não aconteça, Oliveira recomenda utilizar o controle remoto nos valores de temperaturas informados na resolução 09/2003 da Anvisa, que dentre outras informações, estabelece que as condições ambientes para verão, podem variar 23° C a 26° C com umidade relativa entre 40% e 60%. Vale lembrar: Estas instruções servem para épocas mais quentes, como no verão. No inverno, os valores adequados são em torno de 20° C a 22°C e umidade relativa de 35% a 65%.

2- Sensor de temperatura

A referência entre ligar e desligar um compressor está na temperatura sentida pelo sensor ambiente, que fica instalado no retorno do ar da serpentina do evaporador. “Caso o sensor estiver descalibrado, o valor da resistência ôhmica do sensor será lido de forma incorreta, consequentemente, a placa que aciona o compressor também terá um acionamento errôneo. Então, se ela errar no acionamento, estará errada também no desligamento e, nesse caso, o compressor pode não desligar.” afirma o professor.

É recomendado utilizar sensores cujo valor de resistência ôhmica a 25°C esteja de acordo com o informado pelo fabricante, calibrados, e se possível, originais.

3- Erro de instalação 

Muitos instaladores iniciantes erram naquele cabo do “sinal”, que de fato é o sinal de liga e desliga do compressor, vindo da unidade evaporadora. Quando se inverte os cabos na borneira da evaporadora ou condensadora, em muitos casos fazem o compressor ser ligado direto, mesmo sem ter sido acionado pelo controle remoto. 

Assim, pode ser que o compressor fique funcionando constantemente, e mesmo que seja percebido pelo sensor de temperatura do ambiente, não haverá o desligamento do compressor se não for optar pelo desligamento total do equipamento. Nestes casos, Oliveira alerta: “é primordial se atentar ao diagrama elétrico do equipamento e fazer as devidas ligações conforme informado pelo fabricante.”

4 – Relé da placa 

Muitos condicionadores de ar Split utilizam relé para acionar o compressor e/ou enviar o sinal de funcionamento do mesmo. É bem comum, depois de algum tempo, que esses relés apresentarem um defeito característico de “colar o contato”.

Nesse caso, o professor afirma: “se um relé de placa colou o contato, mesmo que o sensor ambiente detectou o ponto de desligamento, por ter seus contatos de acionamento “colados”, o compressor permanecerá ligado. Causará não só prejuízos financeiros, como também desgaste do compressor por estar demasiadamente ligado, não obedecendo os intervalos de tempo de funcionamento e descanso pré estabelecido pelo fabricante.”

Anderson ainda complementa: “neste caso, temos dois problemas. Primeiro, achar um relé compatível com todas as características do original, ter ferramentas e saber trocar; e segundo, ter a certeza que o problema é o relé da placa e não o sinal que aciona o relé.”

De acordo com o profissional, muitos são os relatos de que a placa já foi trocada e o problema permanece. “Então, antes mesmo de dar um parecer técnico, é fundamental testar os componentes individualmente e constatando que é na placa ou relé, fazer a troca se possível pelo original.”

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Samsung adere ao cobre, o metal preferido dos instaladores

Você sabia que a Samsung extinguiu os splits com serpentinas de alumínio de seu catálogo, passando a integrar a lista das grandes indústrias de ar-condicionado que adotam o cobre em 100% de sua linha? Segundo o fabricante, isso ocorreu por uma questão de mercado.

“Realizamos pesquisas constantemente e o cobre foi apontado como o metal preferido dos instaladores”, explica Thiago Dias, gerente de produto da área de Digital Appliance da empresa no País.

Aliás, os técnicos podem encontrar no site Samsung Climatiza informações sobre todo o portfólio da companhia, códigos de erros de cada máquina e soluções específicas para cada modelo.

Lá também são disponibilizadas respostas para dúvidas frequentes, vídeos tutoriais, materiais e apostilas para downloads, além de uma calculadora de capacidade que ajuda a determinar o equipamento ideal para qualquer tipo de ambiente.

Parceira da Frigelar, a Samsung ainda oferece um serviço exclusivo de atendimento ao instalador, chamado Alô Climatiza. Por meio do telefone 0800-0244-300, os refrigeristas podem esclarecer em tempo real qualquer dúvida sobre instalação e manutenção de seus equipamentos de ar condicionado.

Segundo a empresa, os canais têm o objetivo de reforçar a proximidade com os profissionais da categoria, disseminando conhecimento e entregando suporte personalizado pelos quatro cantos do País.

5 dicas para melhorar a eficiência dos refrigeradores comerciais

Um refrigerador comercial tornou-se uma visão habitual nestes tempos modernos. É impossível não encontrar um equipamento do gênero em restaurantes, hospitais, hotéis e outros estabelecimentos.

Refrigeradores comerciais estão disponíveis em capacidades diferentes. Devido à sua grande variedade de usos, eles são, normalmente, muito maiores do que um simples aparelho doméstico.

Funcionários de restaurantes e clientes de supermercados ou lojas de conveniência abrem e fecham as portas desses equipamentos a todo o momento.

Como resultado disso, o nível de eficiência deles diminui constantemente. No entanto, existem maneiras de aprimorar a eficiência de um refrigerador comercial.

Por esse motivo, decidi escrever hoje aqui cinco recomendações de especialistas da área para melhorar o desempenho desses equipamentos:

Instalar mecanismo de fechamento automático de porta

Durante os horários de pico, as equipes de um hotel ou restaurante sempre estão ocupadas atendendo às necessidades imediatas de seus clientes. Nesses momentos, garantir que a porta da geladeira seja devidamente fechada toda vez que for aberta é a última coisa que passa pela mente de um colaborador. A melhor solução para esse problema e para melhorar a eficiência do refrigerador comercial é, com certeza, instalar um mecanismo de fechamento automático em sua porta. Isso impedirá que os alimentos mantidos em seu interior fiquem estragados e que o ar frio escape da unidade frigorífica.

Limpar regularmente o condensador

O uso prolongado do refrigerador, associado à falta de manutenção periódica, tende a deixar o condensador empoeirado. Como resultado disso, ele não consegue operar em seu nível máximo de eficiência. Portanto, é altamente recomendável aspirar regularmente as serpentinas do condensador ou mesmo limpá-las com um pano seco.

Usar cortinas de tiras plásticas

Toda vez que a porta de uma geladeira é aberta, o ar quente externo toma lugar do ar frio interno. Consequentemente, o compressor tem de trabalhar mais para resfriar o ar quente. Por isso, é importante utilizar cortinas de tiras plásticas, pois elas criam uma barreira adicional para evitar que o ar frio escape do refrigerador, ao mesmo tempo em que previne a entrada de ar quente.

Atualizar os motores

Outra maneira simples de aumentar o nível de eficiência de um refrigerador comercial é instalando um motor eletronicamente comutado (EC). Segundo os dados de fabricantes, esses motores são quase 70% mais eficientes que qualquer modelo antigo.

Utilizar lâmpadas de LED

É desnecessário dizer que essas lâmpadas são a solução de iluminação mais eficiente disponível no mercado hoje em dia. Lâmpadas de LED também funcionam muito bem em refrigeradores comerciais e, inclusive, melhoram a estética desses equipamentos.

Teste comprova eficiência do Solstice N41 em sistemas VRF

Vou contar para vocês mais uma grande novidade. É o seguinte, pessoal: a Toshiba Carrier descreveu como “promissor” o Solstice N41 (R-466A), o novo substituto não inflamável da Honeywell para o R-410A, após o teste inicial de desempenho feito com o fluido frigorífico em um sistema de ar-condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês).

As descobertas foram apresentadas em um simpósio sobre novos refrigerantes organizado pela associação de fabricantes japoneses (JRAIA), em Kobe, em dezembro passado.

A Honeywell anunciou o desenvolvimento do R-466A em junho do ano passado, o que despertou um enorme interesse dos fabricantes de equipamentos, devido ao seu menor potencial de aquecimento global (GWP) e nenhum grau de toxicidade e inflamabilidade (A1).

As soluções desenvolvidas anteriormente para substituir o R-410A, como o R-32 e o R-454B, são gases levemente inflamáveis (A2L) adequados para sistemas residenciais e unidades comerciais menores, mas não aceitáveis para sistemas VRF de carga maior. O Solstice N41 ainda tem um GWP de 733, índice semelhante ao das alternativas A2L.

Embora a indústria de ar-condicionado não tenha divulgado detalhes acerca do teste no comunicado que fez à imprensa, a eficiência e a capacidade de resfriamento e aquecimento dos sistemas VRF usando o Solstice N41 são “muito similares” àquelas que usam o R-410A, segundo a Honeywell.

As pressões de trabalho do Solstice N41 também são ligeiramente inferiores às do R-410A. Seu desempenho climático durante seu ciclo de vida, ao incluir emissões diretas e indiretas de CO2, mostra que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do uso do R-466A são 30% menores do que as do R-410A.

“Para atender às exigências legais de redução de HFCs adotadas recentemente pelo Japão, em função da ratificação da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, estamos buscando ativamente um substituto de próxima geração para o R-410A que seja energeticamente eficiente e seguro para nossos clientes e para o meio ambiente”, disse a Toshiba Carrier.

“Após o promissor teste inicial de desempenho, estamos entusiasmados em ver se o Solstice N41 pode ser uma alternativa segura para R-410A, o que poderia contribuir para o cumprimento das metas de redução de HFCs no Japão. Temos nos envolvido em testes de confiabilidade para lidar com o refrigerante recém-desenvolvido em sistemas VRF”, enfatizou a empresa.

“A Toshiba Carrier obteve, nos testes iniciais, uma grande prova de que o Solstice N41 está preparado para resolver um problema importante, tornando-se o próximo padrão global de refrigerantes”, afirmou Sanjeev Rastogi, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell.

“O que inventamos e atingimos com o Solstice N41 pode ser um verdadeiro avanço, pois ele fornece à indústria uma solução quase pronta que mantém os níveis de segurança em toda a cadeia de valor, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios ambientais significativos”, acrescentou o executivo.

A Honeywell, indústria química norte-americana cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, espera a aprovação completa da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) este mês, para disponibilizar o Solstice N41 aos fabricantes de equipamentos em meados deste ano.

Como é mesmo que funciona o ar-condicionado?

Começo de ano é sempre uma boa época pra gente fazer planos. Mas também podemos aproveitar esses momentos e revisitar assuntos importantes, que acabam ficando em segundo plano no corre-corre diário.

Foi numa hora dessas, por exemplo, que eu me vi debruçado sobre um artigo mostrando como a químico-física pode ser usada para explicar o funcionamento do ar-condicionado, a partir do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

Basicamente, o texto mostra que, uma vez comprimido pelo compressor, o fluido refrigerante move o calor de um lugar para o outro, ora em forma de gás, ora em forma de líquido.

Sem querer dar uma de professor Pardal, resolvi tocar hoje neste assunto, começando por lembrar que quando um líquido evapora, ele absorve calor, sendo que em seu estado original, as moléculas mantêm-se juntas por interações intermoleculares fracas. Algumas delas, porém, absorvem energia térmica suficiente, isto é, movem-se rápido a ponto de superar tais interações.

O trabalho básico de um ar condicionado, portanto, é usar a mudança constante do fluido refrigerante, do estado líquido para o gasoso, para mover o calor de um lugar (ambiente climatizado) para outro (lado externo).

Trocando em miúdos, os condicionadores de ar precisam executar duas tarefas: despejar o calor absorvido pelo refrigerante no lado de fora e, em seguida, condensar o refrigerante de volta em um líquido para que ele possa ser usado de novo.

Quem realiza essas tarefas no interior do sistema é o compressor, ao aumentar a pressão do refrigerante gasoso e condensá-lo em líquido novamente.

Já o calor perdido para o ar em torno do equipamento acaba sendo soprado para a parte externa por um ventilador.

À medida que o refrigerante se condensa, o ar condicionado retira a pressão com uma válvula de expansão, para que o refrigerante possa ferver novamente. Esse processo se repete até ser atingida a temperatura ajustada no termostato.

Por tudo isso, qualquer que seja o refrigerante indicado para um sistema, ele precisa ter baixo ponto de ebulição, pressão alterada facilmente, ser bom na condução de calor e absorvê-lo cada vez mais, enquanto vai aquecendo.

Claro, seu preço precisa ser acessível, deve ser encontrado em abundância no mercado, não ser inflamável nem tóxico e, principalmente, ser inofensivo à camada de ozônio e contribuir o mínimo possível para o aquecimento global.

Centro de Treinamento Emerson, versão 2.0

Reinaugurado em Sorocaba (SP) no final de novembro, o Centro de Treinamento Técnico da Emerson Climate Technologies já está a todo vapor para prosseguir sua missão de oferecer educação continuada a refrigeristas de todo o País.

Em pouco mais de dois anos, o local recebeu mais de mil profissionais, que conheceram tecnologias de última geração como os compressores com CO2 e de velocidade variável, sucesso retumbante que acabaria dando origem a uma unidade similar, recém-aberta no México.

No caso brasileiro, motivou uma série de implementações, caso dos novos dispositivos de automação, assim como um software de realidade virtual que permite ao aluno tanto ver um compressor industrial de grande porte funcionando, quanto manipulá-lo com joysticks.

Esses aprimoramentos foram demonstrados pela multinacional aos seus principais parceiros no País, que puderam ver de perto essa verdadeira antessala para a Internet das Coisas (IoT) e a chamada Indústria 4.0.

Para se inscrever nos treinamentos programados para 2019, os interessados devem acessar o site da Emerson.

Emerson homologa HFO da Honeywell

Você sabia que a Emerson está conduzindo um extenso programa de qualificação de fluidos refrigerantes de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) para uso na linha de compressores herméticos Copeland CS, e uma dessas substâncias é o Solstice N40 (R-448A)?

A empresa ressalta que remodelações minunciosas do sistema de refrigeração podem ser necessárias para eliminar a possibilidade de danificar os equipamentos, pois as novas alternativas não serão homologadas como substitutas diretas (drop-in).

Atualmente, a linha CS está aprovada para uso com os hidrofluorcarbonos (HFCs) R-134a, R-404A e R-507. As unidades aprovadas para uso com Solstice N40, fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvido pela Honeywell para substituir o R-404A e o R-22, estarão disponíveis no mercado primeiro trimestre de 2019.

A Emerson informa que a aprovação dos novos fluidos para uso na linha de compressores Copeland CS oferece aos clientes maior flexibilidade na hora de escolher substitutos para atender a requisitos regulatórios externos, bem como iniciativas internas de sustentabilidade.

“O setor de refrigeração continua a evoluir e estamos trabalhando para permitir que nossos clientes tenham o meio mais fácil de acompanhar essa evolução”, disse Varun Garg, gerente de produtos da companhia, no comunicado distribuído à imprensa.

Segundo a Emerson, os compressores herméticos Copeland CS são, geralmente, aplicados em equipamentos walk-in autonômos e remotos, usados para armazenar gelo, sorvetes, comida congelada e bebidas.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos exclusivamente pela Frigelar no Brasil

O quarteto fantástico do HVAC-R

Vamos exercitar hoje o lado sala de aula do nosso blog para relembrar um dos conceitos elementares do nosso setor: os quatro componentes básicos de um circuito de refrigeração.

Um deles, como você sabe, é o evaporador. Ele recebe o ar quente soprado do meio ambiente, e que é absorvido pelo refrigerante antes de ser ejetado em outro ponto do sistema.

Há também o condensador, componente que ao invés de absorver a alta temperatura a rejeita, por meio de uma enorme transferência de calor ocorrida quando o refrigerante muda do estado líquido para o gasoso.

Já o dispositivo de expansão, seja ele uma válvula de expansão ou um tubo capilar, tem a função de reduzir a pressão do líquido, ao forçá-lo através de um bocal ou pequena abertura.

Quando se diminui a pressão do refrigerante, permite-se que ele entre em ebulição à temperatura mais baixa. Para facilitar esse processo, o dispositivo de medição muda a corrente do líquido para uma densa nuvem de gotículas, antes de sua entrada no evaporador.

E onde entra o compressor nisso tudo? Bem, a função principal dele é permitir que o calor contido no refrigerante seja exposto a temperaturas ambiente relativamente mais frias, única forma de ser removido.

Considerando que o ar exterior tem 35 ºC ou mais, é importante aumentar bastante a temperatura do refrigerante, e o compressor pode fazer isso ao subir a pressão na mesma proporção do calor do lado de fora.