Guia básico para compreender o superaquecimento

Considerado por muitos como um cálculo complicado, o superaquecimento é, na verdade, a diferença entre dois valores. O termo “aquecimento” causa confusão aqui, já que esse cálculo pode ter resultado negativo.

Uma coisa pode estar a -23 ºC e ainda estar superaquecida. Estamos falando de uma diferença entre temperaturas, não um valor absoluto.

Assim como o sub-resfriamento, compreender e calcular o superaquecimento pode ser um pouco difícil para os refrigeristas novatos, porque a maioria não entende o seu real significado.

O superaquecimento é, provavelmente, o termo técnico mais comentado e, ao mesmo tempo, um dos mais incompreendidos entre profissionais da área de HVAC-R.

Ele é medido através da diferença entre a temperatura real do vapor do fluido refrigerante em um determinado ponto e a temperatura de saturação da substância.

O cálculo correto do superaquecimento exige que o técnico verifique a pressão e a temperatura simultaneamente no mesmo local e, como sabemos, nem sempre é fácil fazer uma leitura de pressão no local do bulbo remoto junto com a temperatura.

Dicas úteis

O superaquecimento diz a um técnico até onde o líquido está chegando através do evaporador. Um superaquecimento maior significa que o líquido está passando menos pela serpentina antes de virar vapor completamente, e um superaquecimento menor significa que o líquido está avançando mais pela serpentina.

Um superaquecimento maior do que o apropriado resulta em baixa capacidade do sistema e em superaquecimento do compressor, enquanto um superaquecimento baixo ou de zero pode resultar em excesso de refrigerante e danos no compressor.

Quando um técnico mede um superaquecimento negativo, esse é um bom momento para checar suas as leituras. Lembre-se sempre que uma medição de superaquecimento depende de valores exatos de pressão e temperatura. Por isso, ferramentas de alta qualidade com a calibragem correta são indispensáveis.

Em geral, há três coisas que os refrigeristas iniciantes devem saber sobre o superaquecimento. Primeiramente, todos devem saber como medi-lo, porque determinar a eficácia do funcionamento do evaporador exige a medição do valor de superaquecimento na saída. Também é preciso saber os valores corretos de superaquecimento na saída do evaporador e na entrada do compressor – diferentes aplicações são projetadas em torno dos diferentes valores de superaquecimento no evaporador. Por fim, todos devem entender o que significa superaquecimento.

A pressão é a leitura mais difícil de ser registrada, porque nem sempre há uma válvula de pressão na extremidade do evaporador.

Ajustar o superaquecimento em um sistema com tubo capilar é muito diferente de um sistema com válvula de expansão termostática (TXV, em inglês), já que a pressão no cabeçote afetará muito o superaquecimento. Após o ajuste, é importante deixar o sistema operando por tempo suficiente até se estabilizar – algo entre 10 minutos – para então determinar quais alterações foram feitas.

Erros comuns

O cálculo adequado do superaquecimento é importante porque, se os refrigeristas não tiverem o superaquecimento correto do evaporador ou do compressor, poderão mandar composto refrigerante líquido ao compressor e arruiná-lo.

Se um técnico medir a pressão no compressor em vez de fazer isso na saída do evaporador, vai obter um valor de superaquecimento mais elevado e, portanto, não real.

À medida que o refrigerante percorre a extensão da linha de sucção, haverá queda de pressão associada ao atrito e/ou restrições causadas por acúmulo de óleo, filtros ou válvulas.

Isso fará com que a pressão no compressor seja menor que a pressão de saída do evaporador. Essa leitura de superaquecimento equivocada, mais alta, pode levar o técnico a ajustar a haste da TXV no sentido anti-horário [aberto] para compensar a leitura imprecisa de alto superaquecimento.

Um erro comum na prática é registrar o superaquecimento quando o sistema não está em um estado estável ou próximo à sua temperatura padrão. Outros erros incluem não saber os valores corretos e não usar um termômetro adequado para medir a temperatura do tubo.

Trabalhar com pressa ou não seguir os procedimentos corretos são os problemas bastante comuns.

Calculando o superaquecimento

Os refrigeristas devem calcular o superaquecimento quando estiverem analisando um problema no sistema ou dando a partida em algum equipamento.

Primeiro, deve-se medir e comparar com os padrões do fabricante ou padrões da indústria. O sistema precisa estar em um estado estável, ou seja, deve estar operando por pelo menos 10 a 15 minutos.

Entre outras boas práticas, também podemos medir a pressão e a temperatura no mesmo local, convertendo a pressão medida para sua temperatura de saturação equivalente e, em seguida, comparar a temperatura de saturação convertida com a temperatura real obtida.

No caso de um sistema com TXV, o cálculo de superaquecimento é usado para verificar a eficiência do evaporador. Já com um tubo capilar, o cálculo é usado para verificar também a carga correta de fluido refrigerante.

O superaquecimento deve ser calculado sempre que uma carga estiver sendo configurada ou iniciada. Há muitas circunstâncias em que os técnicos podem testar um sistema sem conectar o manifold, apenas para reduzir a perda de refrigerante e o risco de contaminação. Mas toda vez que você conectar o manifold, vale a pena verificar o superaquecimento.

Por fim, o refrigerista deve saber que o superaquecimento por si só não é suficiente para fazer um diagnóstico. É geralmente utilizado em conjunto com o sub-resfriamento, pressão de sucção, pressão do cabeçote, amperagem do compressor e outras leituras para chegar a um veredito.

Mas lembre-se: o superaquecimento é apenas uma medida e, embora seja significativa, não devemos desprezar as outras. Enfim, um bom técnico sempre usa todos os seus recursos e faz uma completa inspeção visual do equipamento, além de realizar medições de diagnóstico, como o superaquecimento.

Por que ainda vamos ouvir falar muito do R-466A?

Já noticiamos aqui que a Toshiba Carrier identificou o grande potencial do Solstice N41 (R-466A) como uma alternativa ao hidrofluorcarbono (HFC) R-410A, fluido padrão dos sistemas de fluxo de refrigerante variável (VRF). 

Resumidamente, as descobertas feitas a partir dos testes conduzidos pelo fabricante de ar-condicionado revelaram três importantes características dessa mistura desenvolvida pela Honeywell que possui em sua fórmula os HFCs R-32 e R-125, além de um novo componente, o trifluoroiodometano (CF3I).

– A eficiência e a capacidade de resfriamento e aquecimento dos sistemas VRF usando o Solstice N41 são muito semelhantes aos que usam R-410A. 

– Seu desempenho climático durante o ciclo de vida, incluindo as emissões diretas e indiretas, mostra que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do uso do R-466A são 30% menores do que as do R-410A.

– As pressões de trabalho do Solstice N41 são ligeiramente inferiores às do R-410A, o que reduz a necessidade de redesenho do sistema e, consequentemente, o custo de conversão para a indústria.

Diversas leis ambientais, incluindo a regulamentação europeia sobre gases de efeito estufa fluorados (F-gas Regulation) e a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, determinam a redução gradual dos produtos de alto potencial de aquecimento global (GWP), levando a indústria de refrigeração e ar-condicionado a buscar novas alternativas. 

Com um GWP 65% menor do que o do R-410A, o Solstice N41 tem como objetivo atender a essas exigências e fornecer o mesmo nível de segurança do R-410A para os empreiteiros e clientes, destaca a Honeywell.

A indústria química norte-americana, cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, informa que esse novo fluido refrigerante estará disponível para fabricantes de ar-condicionado a partir do segundo semestre. 

Quando estiver disponível comercialmente, o Solstice N41 será o primeiro substituto não inflamável (A1) para o R-410A em novos ares-condicionados estacionários. 

Solstice L41y: blend à base de HFO desenvolvido pela Honeywell também substitui R-410A em sistemas de ar condicionado 

HFOs em ascensão

A Honeywell criou a família de produtos Solstice para acelerar a substituição dos HFCs e outros materiais de alto impacto climático utilizados nas indústrias de refrigeração, ar condicionado e espumas isolantes. 

Além do Solstice N41, a empresa lançou, no ano passado, o Solstice L41y (R-452B), um substituto levemente inflamável (A2L) para o R-410A, porém com GWP quase 70% menor, temperatura de descarga similar e eficiência energética 5% maior.

Segundo o fabricante, essa mistura à base de HFO possibilita uma carga de refrigerante até 10% menor em comparação com equipamentos existentes usando R-410A.

A empresa também afirma que seu envelope de operação mais amplo permite que o sistema alcance temperaturas de evaporação baixas, superando o HFC R-32, seu rival, no modo de aquecimento e atingindo temperaturas mais altas em bombas de calor e chillers.

Novo VRF Midea traz funções exclusivas ao mercado

Uma solução versátil, com 12 tipos diferentes e mais de cem modelos de unidades internas para atender hospitais, aeroportos, edifícios de escritórios e shopping centers.

É assim que a Midea do Brasil define o seu novo VRF V6, sistema dotado de compressor DC Inverter com injeção de vapor, indicado para projetos de grande porte que requeiram bom desempenho aliado a eficiência energética.

O primeiro grande diferencial do lançamento, que foi apresentado ao mercado num grande evento com empresários e profissionais do setor, é o seu sistema de gestão de energia.

Com ele, a temperatura de evaporação (na refrigeração) e a de condensação (no aquecimento) se ajusta conforme as temperaturas interna e externa, garantindo com isso maior conforto e consumo racional de energia.

Igualmente chama a atenção a carga automática de refrigerante, que simplifica consideravelmente a instalação, o comissionamento e a manutenção, evitando também eventuais problemas decorrentes de mau dimensionamento da quantidade de fluido a ser utilizada.

Carga automática de refrigerante simplifica consideravelmente a instalação do novo VRF da Midea

A fácil configuração do sistema é outro atributo destacado pela Midea, já que a verificação e as definições podem ser obtidas por intermédio de controlador centralizado com fio tela sensível ao toque, acessível por computador, laptop ou conexão LAN.

Por fim, o VRF V6 pode ser aplicado a cassetes de 1 a 4 vias, dutado de média e alta pressão, unidade de processamento de ar externo, split hi-wall, piso teto, console e outros tipos, de acordo com a necessidade do ambiente.

Compra e indicação de splits da Fujitsu rendem prêmio em dinheiro

Se você é como eu e vive comprando e indicando modelos de ar-condicionado split da Fujitsu, já pode ir esfregando as mãos, pois tem tudo para ganhar uma graninha extra nos próximos meses.

É que vai até 6 de maio, ou enquanto durarem os estoques, a promoção Incentivo Fujitsu mais Frigelar, válida nas lojas físicas e televendas da rede.

Cada unidade externa comprada ou indicada, de uma série de modelos cassete, piso-teto e multi-split da marca, está rendendo R$ 200,00 para o instalador PJ cadastrado no Programa Parceiro Frigelar.

Quanto mais equipamentos sua empresa adquirir ou indicar, mais você vai faturar. O resto fica por conta do vendedor, que precisa apenas saber o seu código de parceiro para providenciar os créditos dos valores correspondentes.

Cá entre nós, recomendar uma máquina da Fujitsu a um cliente é muito fácil, né? Afinal, o mercado costuma valorizar bastante o fato de o produto japonês ser 100% inverter, econômico, de alta qualidade, apresentar baixo nível de ruído, flexibilidade de instalação e excelente pós-venda. Além disso, a marca possui um portfólio que cobre toda a linha do segmento.

Para conhecer todos os detalhes sobre essa oportunidade, visite o site da promoção Fujitsu mais Frigelar.

Como evitar desastres iguais ao do CT do Flamengo

Se teve uma categoria profissional afetada diretamente pelo desastre que matou dez meninos no centro de treinamento das equipes de base do Flamengo, essa categoria foi a nossa.

Antes de se pensar na qualidade dos aparelhos de ar-condicionado, dos painéis isolantes ou da própria energia elétrica que abastece o local, vem logo à mente de todos a questão da mão de obra empregada.

Cá entre nós, sabemos muito bem de nossa responsabilidade para que um incêndio seja uma das últimas possibilidades em qualquer tipo de ambiente climatizado.

Mas o momento é bastante propício pra gente relembrar alguns cuidados essenciais a serem tomados num campo tão polêmico e delicado como este.

Tudo começa na hora da instalação, quando é fundamental examinar itens como fiação, tensão, potência dos aparelhos e perfil da rede elétrica existente. A espessura e o tamanho dos fios, por exemplo, devem variar de acordo com a capacidade do modelo instalado, sendo recomendável a instalação de disjuntores individuais e sempre na amperagem correta.

Depois, no dia a dia da operação, o recomendável é que se faça manutenção periodicamente, única forma de detectar problemas capazes de provocar um futuro curto-circuito, como é o caso do desgaste prematuro da proteção interna que todo aparelho possui contra esse tipo de acidente.

Além de serem óbvios e conhecidos há muito tempo, cuidados assim fazem parte da Lei 13.589/2018, que determina a obrigatoriedade do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em todos os prédios públicos e privados onde haja a partir de 60 mil BTU/h instalados.

Você também entende de desumidificação?

Versatilidade é uma das qualidades mais importantes em nossa profissão, concorda? Por isso, sempre vale a pena repassar alguns detalhes de certos segmentos específicos, mas de vital importância para determinados ambientes.

Esse é o caso dos desumidificadores, que uma vez bem instalados, configurados e mantidos, retiram a umidade do ar e evitam, com isso, problemas em linhas de produção e desconforto em áreas como porões, banheiros e cozinhas.

O ponto de partida para o sucesso nesse campo é a escolha acertada do tipo de desumidificador e o local onde instalá-lo. Em salas, corredores e dormitórios, por exemplo, dificilmente eles são tolerados, em função do elevado nível de ruído.

Dentre as opções existentes no mercado está o modelo portátil, que tem na mobilidade sua grande vantagem, principalmente em imóveis grandes ou com necessidades temporárias de desumidificação. Seu ponto fraco está na limitação dos períodos de operação e na área abrangida, normalmente abaixo dos 75 m².

A outra modalidade de aparelho vem integrada ao sistema central de climatização, requer a atuação de um profissional devidamente treinado para fazer tanto a instalação quanto a colocação de um dreno, direcionado para uma pia, ralo ou diretamente ao encanamento. Em alguns casos, é necessário acoplar a mangueira de água do equipamento a uma bomba motorizada, como ocorre muitas vezes na instalação dos splits.

Instalado o aparelho, compete ao técnico selecionar o nível de umidade relativa desejado para o ambiente, geralmente situado entre 35% e 50%, faixa considerada ideal para o ser humano.

Agora que está tudo funcionando direitinho, o desafio é manter o sistema em ordem e operante em boas condições na maior parte do tempo. Isso requer atenção especial com as limpezas periódicas, a fim de evitar a ocorrência de mofo e o crescimento de microrganismos prejudiciais à saúde.

Acidentes por inalação: mais frequentes do que se imagina, mas quase sempre evitáveis

Embora muitos colegas acreditem que os maiores riscos enfrentados em nossa lida diária sejam as quedas e os choques elétricos, a exposição a substâncias químicas no ar e o consequente sufocamento ainda preocupam bastante.

Os refrigerantes químicos gasosos pressurizados, por exemplo, fazem parte do nosso trabalho e devem ser tratados sempre com atenção especial, já que não é apenas o lado ambiental do seu uso a ameaça trazida aos seres humanos, conforme demonstram estatísticas do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.

De acordo com aquele órgão, 38 técnicos do setor de climatização e refrigeração perderam a vida entre 2010 e 2015 por terem ficado expostos a substâncias ou ambientes nocivos.

Embora a maioria dos refrigerantes seja atóxica, sua presença em espaços apertados, com ventilação deficiente, pode deslocar o oxigênio e tornar o ar irrespirável.

Um caso típico é o do nitrogênio, que, mesmo respondendo por 78% da composição da nossa atmosfera, pode se tornar excessivo se vazar num tanque pressurizado.

Pelo fato de ser incolor e inodoro, o problema não é percebido sem instrumentos, podendo baixar a concentração de oxigênio, causa frequente de desmaios e danos irreversíveis no cérebro.

Outro tipo de asfixia relativamente comum é o provocado por gases mais pesados que o ar, como o dióxido de carbono e grande parte dos próprios refrigerantes.

Ao se misturar com o ar, eles o jogam para a parte superior do ambiente, causando um efeito semelhante ao provocado pela mistura entre água e óleo.

Finalmente, há o perigo típico de ambientes industriais onde o tratamento do ar se destina a ventilar gases tóxicos como o cloro e também o subproduto da mistura de líquidos utilizados na limpeza que contenham em sua fórmula amônia e alvejantes.

Tão perigoso quanto esses gases é o fosgênio gerado durante a brasagem de certos metais e também num antigo teste de vazamento para sistemas com R-12 e R-22.

Bem, você deve estar se perguntando sobre as formas de evitar graves problemas como os descritos aqui. Uma delas, sem dúvida, é melhorar a qualidade da atmosfera nos ambientes fechados, bombeando para lá o ar externo.

O outro é usar sempre ferramentas de trabalho adequadas, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), detectores de monóxido de carbono, medidores do nível de oxigênio e até mesmo kits de respiração para os locais mais arriscados.

Já os recipientes (cilindros de serviço para recolhimento, carga, transporte) e o manuseio de fluido frigorífico devem atender às normas ABNT NBR 13598/2011 (Vasos de Pressão para Refrigeração), ABNT NBR 15960/2011 (Fluidos frigoríficos – Recolhimento, reciclagem e regeneração – 3Rs) e DOT 4BA (norma que informa tipo, capacidade e pressão de trabalho dos cilindros).

E lembre-se, jamais vale a pena colocar a sua segurança em jogo, por mais que se precise de um determinado serviço ou emprego, pois em alguns segundos respirando mal, você pode ter danos irreparáveis nos seus pulmões, olhos e cérebro

Homologação do R-466A entra em fase final na Ashrae

O R-466A, uma mistura desenvolvida pela Honeywell para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-410A em novos equipamentos, acaba de ser classificada como atóxica e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado, a famosa Ashrae.

Com isso, o processo de aprovação da nova substância entrou em sua fase final e deve ser concluído nos próximos meses pelo comitê de designação e classificação de segurança da principal entidade técnica mundial do HVAC-R.

Segundo a indústria química norte-americana, cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, o produto será introduzido no mercado a partir do segundo semestre deste ano e comercializado sob a marca Solstice N41.

Devido ao seu potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) de apenas 733, o R-466A despertou grande interesse quando a Honeywell anunciou seu desenvolvimento, em junho do ano passado.

A Toshiba Carrier, por exemplo, descreveu como “promissor” o Solstice N41, após a realização de testes iniciais de desempenho feitos com o produto em sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF).

De acordo com a Honeywell, o R-466A é composto pelos HFCs R-32 e R-125 e 39,5% de CF3I, um supressor de fogo também conhecido como trifluoroiodometano. É o CF3I que proporciona ao novo fluido frigorífico seu GWP mais baixo e assegura a sua não inflamabilidade.

Para garantir o sucesso comercial da nova substância, a Honeywell trabalhou em conjunto com mais de 15 fabricantes globais de compressores e componentes de refrigeração durante seu desenvolvimento, nos últimos dois anos.

As equipes de tecnologia da empresa baseadas em Buffalo, nos EUA, conduziram testes de compatibilidade relevantes. Além disso, resultados consistentes foram relatados pelas indústrias.

Inclusive, um dos compressores utilizados em resfriadores de líquido e sistemas de ar-condicionado residencial ultrapassou cinco mil horas de operação, dizem fontes ligadas à Honeywell.

Os ensaios também demostraram que o R-466A corresponde ao R-410A em termos de eficiência, tanto em aquecimento quanto em resfriamento. Em alguns casos, o Solstice N41 até chega a proporcionar um aumento de 5% na performance do sistema.

Além de sua não inflamabilidade, o R-466A não possui altas temperaturas de descarga, como seu principal rival, o R-32, um fluido refrigerante atóxico classificado como levemente inflamável (A2L) pela Ashrae.

Embora o CF3I seja prejudicial à ozonosfera, seu potencial de destruição de ozônio (ODP) é extremamente insignificante e, portanto, o R-466A não enfrenta nenhum tipo de restrição por parte do Protocolo de Montreal, conforme destaca a Honeywell.

Baixo custo de conversão

O principal objetivo a ser alcançado pela Honeywell durante o desenvolvimento do Solstice N41 foi replicar nele as características do R-410A, a fim de poupar os fabricantes de equipamentos de investir no redesenho de seus produtos.

Por isso, a empresa afirma que sua adoção quase não acarretará custos de conversão para os fabricantes, uma vez que componentes do mesmo tamanho feitos para sistemas com R-410A podem ser usados nas máquinas desenvolvidas para operar com R-466A.

Apesar de sua estreita similaridade com o R-410A, o Solstice N41 não é nenhuma solução milagrosa para retrofits em sistemas existentes. Na melhor das hipóteses, a unidade condensadora precisará ser substituída.

Gostou da novidade, refrigerista? Então, deixe abaixo sua opinião sobre as mudanças que vêm ocorrendo no mercado mundial de fluidos refrigerantes.

Desumidificador de ar, saiba como melhorar seus resultados

Mesmo que o nosso forte sejam os condicionadores e os equipamentos de refrigeração comercial e doméstica, provavelmente você já se deparou com a instalação ou reparo de um desumidificador de ar.

Quando se trata de uma obra nova, compete a profissionais como nós ajudar o usuário desde o momento da escolha do melhor tipo de sistema a ser adquirido, isto é, aquele integrado à própria climatização ou então um portátil.

Essa segunda modalidade vai bem em residências e espaços onde a necessidade de desumidificação seja temporária, porém, tem intervalos operacionais limitados e só dá conta de, no máximo, 75 m².

Para garantir sua eficiência num porão, por exemplo, é muito importante que a área total do local se encaixe na capacidade do aparelho, o mesmo ocorrendo em cômodos como banheiros e cozinhas com pouca ventilação, onde a umidade costuma ser elevada.

O ruído normalmente produzido pelo ventilador desses equipamentos portáteis torna-os desaconselháveis para salas, corredores e dormitórios, havendo ainda como restrição o uso em uma residência ou imóvel comercial com umidade excessiva em todos os cômodos.

Nessa hora, a única alternativa é investir mais e adquirir a umidificação agregada ao próprio ar-condicionado central, sempre com instalação a cargo de um técnico devidamente habilitado.

Tomada essa decisão, o profissional deve se preocupar, de saída, com o ponto de dreno, pois o desumidificador gera um fluxo contínuo de água, em função da umidade retirada do ar.

A partir da bandeja de gotejamento, a água escoa para uma pia, por exemplo, ou então vai direto para a rede de hidráulica do imóvel, contando muitas vezes com uma bomba motorizada para vencer aclives e outros obstáculos.

Em qualquer um desses casos, é importante usar a mangueira ou tubo que acompanha a máquina, pois o seu comprimento corresponde à distância de bombeamento nominal do aparelho.

Os cuidados básicos para o sistema ou aparelho portátil de desumidificação funcionar bem incluem ainda a regulagem do nível de umidade relativa ideal para o ambiente, na faixa entre 35% e 50%, e a realização da manutenção periódica, principalmente no tocante à limpeza, como forma de se evitar a proliferação de germes e mofo.

Ar-condicionado diminui efeitos da poluição

As janelas abertas para receber aquela brisa salvadora, quando os termômetros estão nas alturas, muitas vezes também permitem a entrada no ambiente de indesejáveis visitantes invisíveis.

Estou falando das partículas trazidas pela poluição típica das grandes cidades, principalmente as mais leves, que, ao invés de cair no chão ou sobre os móveis, ficam em suspensão e são respiradas por nós.

Não pense ser coisa simples. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que mais de 10% das mortes têm a ver com a poluição do ar, o mesmo ocorrendo com praticamente um terço dos casos fatais de câncer do pulmão, derrames e doenças cardíacas.

A melhor forma de evitar um ar interior totalmente saturado, com as janelas fechadas, ou então ameaçado pela entrada indiscriminada de poluentes, é contar com um sistema de climatização bem instalado e mantido.

O primeiro cuidado que o consumidor deve ter é contratar profissionais legalmente habilitados, trabalhando dentro das boas práticas de instalação e seguindo as normas técnicas brasileiras do setor.

O segundo, fica por conta de uma manutenção adequada no dia a dia, seguindo à risca as instruções do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC).

Essas providências no campo preventivo incluem a limpeza regular dos filtros da evaporadora e uma completa higienização da condensadora, pelo menos uma vez por ano, o que às vezes requer a retirada da unidade.

Por mais que já tenha avançado em nosso país a importância dada a essas questões, muita gente ainda pensa muito mais em conforto do que propriamente na qualidade do ar, quando resolve ter um condicionador em sua casa ou escritório.

Isso significa o desperdício de um recurso importante, porque, além de melhorar a sensação térmica, os equipamentos do gênero ajudam bastante a manter em ordem a saúde de quem vive ou trabalha ao seu redor.

Por isso, profissionais do setor como nós, refrigeristas, sempre encontramos nas lojas da Frigelar um portfólio completo de soluções para higienização de sistemas de ar-condicionado, composto por máquinas de limpeza e peças de reposição, como filtros, além de higienizadores.