Manutenção: gaxeta em dia é fundamental para refrigerador funcionar bem

No início da carreira, muitos de nós certamente passaram um tempão examinando de tudo no refrigerador, cujo cliente reclamava não estar gelando direito.  Ele falou mal até da marca, suspeitando ser o aparelho, relativamente novo, o responsável pelo aumento brusco da conta de luz.

Mas como? – deve ter pensado o colega –, já que verificou cada item do equipamento que poderia estar gerando os problemas descritos pelo cliente. Pois bem, coisas assim acontecem frequentemente até mesmo com profissionais experientes, devido ao eventual esquecimento de checar a situação da borracha que emoldura a porta do refrigerador.

Convenhamos, de pouco adianta estar tudo perfeito lá dentro, se ar de monte invade a geladeira enquanto permanece fechada. Esta má vedação reduz a capacidade de refrigeração do equipamento, além de forçá-lo a demandar mais potência do compressor, que passa a consumir mais energia elétrica. Isto é, além daquela cervejinha não tão gelada, os produtos mais perecíveis passam a durar bem menos.

Como saber se chegou a hora de trocar a borracha da geladeira

Todo usuário de refrigerador doméstico sabe que o aparelho liga e desliga várias vezes ao longo do dia, uma vez que o compressor – que muito consumidor ainda chama de motor da geladeira – funciona no ritmo em que seu trabalho é exigido, em função da quantidade de itens armazenados, organização das prateleiras, e ainda, do famoso abre e fecha da porta. Se estas operações de liga-desliga tornam-se claramente mais frequentes, a vilã pode muito bem ser a gaxeta.

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Referência cruzada de compressores: é possível substituir modelos antigos?

Outro tira-teima ao alcance do próprio cliente, assim como de nós mesmos, ao sermos acionados, é o famoso “teste do papel”. Ele consiste, simplesmente, no fechamento da porta com uma folha na gaxeta, de tal forma que fique uma parte do papel no interior e a outra do lado de fora do aparelho. Se o papel sair sem qualquer resistência e, ainda por cima, estiver molhado, a borracha já deu o que tinha que dar, restando apenas trocá-la.

Cuidados na instalação da gaxeta da geladeira

Para essa história toda terminar bem, o primeiro a fazer, obviamente, é chegar à casa do cliente com a gaxeta adequada. Essa informação pode ser obtida diretamente com a rede de assistência técnica do fabricante, caso se trate de um modelo mais novo, ainda com pouca história de manutenção. Depois da compra, é importante que a borracha não esteja dobrada, o que torna recomendável aguardar pelo menos um dia antes de instalá-la.

Pronto, chegou a hora de fazer a substituição. Enquanto estiver retirando a borracha antiga e soltando os parafusos que às vezes a prendem, mantenha a nova mergulhada em água quente, considerando que essa simples providência torna a gaxeta maleável e, consequentemente, mais fácil de encaixar. A instalação deve começar pelas quinas e ser feita sempre de cima para baixo, com os eventuais parafusos existentes (muitos modelos requerem apenas encaixe) sendo recolocados quando a vedação nova estiver certinha, no lugar.

Por fim, o negócio é fazer aqueles testes que a gente conhece: abrir e fechar para ver se não está pegando em alguma parte e também a eliminação de possíveis folgas e deformidades. Neste segundo caso, o problema pode ser resolvido com a utilização de vaselina, água quente e até mesmo um secador de cabelo no modo aquecimento, tudo isso para amolecer a gaxeta e permitir que ela se encaixe com perfeição.

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Refrigeração comercial: entenda como identificar defeitos e reparar os pressostatos

Responsável por manter a pressão dentro dos níveis considerados satisfatórios para o bom funcionamento de um sistema de frio, os pressostatos têm uma importante função, sobretudo nos equipamentos instalados em bares, padarias, supermercados e outros comércios. Hoje vamos recordar o conceito, identificação de defeitos e a reposição deste importante dispositivo. 

Primeiramente, não custa relembrar que, no ciclo de refrigeração básico, o bom funcionamento de tudo depende da correta divisão da pressão. O compressor tem como principal função movimentar o fluido refrigerante por todo o circuito frigorífico, aumentando a pressão desse fluido para que o calor possa ser dissipado no condensador. Cumprir tal tarefa requer que o equipamento esteja com uma temperatura acima da externa. 

Já no evaporador ocorre o contrário: o fluido refrigerante necessita estar com uma temperatura mais baixa. “O compressor succiona, comprime e descarrega o fluido refrigerante, elevando sua pressão. Enquanto isso, o condensador troca calor com a finalidade de dissipá-lo e o dispositivo de expansão realiza uma queda brusca da pressão”, ensina Alberto Paes, professor da área de refrigeração do SENAI. Ele lembra ainda que o evaporador também troca calor com a finalidade de absorvê-lo, cabendo ao fluido refrigerante transportar todo este ar quente.  

Leia também: Saiba como fazer a troca de um compressor com inversor de frequência

Pressostato em ação

Dispositivo eletromecânico, o pressostato desliga o compressor quando as pressões ficam fora da faixa ideal. Também é responsável por preservar a segurança do conjunto, ao controlar capacidade, degelo, recolhimento de fluido (pump down) e, ainda, a condensação.

Conforme Paes observa, são utilizados na refrigeração, sobretudo a comercial, pressostatos de alta e de baixa pressão, tipo fixo (cartucho, “cebolinha”, mini pressostato) ou ajustável (regulável). “Os pressostatos fixos são fabricados com valores de pressão para ligar e desligar o compressor já pré-determinado, isto é, as pressões de atuação para desarme e rearme já vêm estabelecidos no dispositivo sem a possibilidade de alterações”, complementa o professor. 

E os ajustáveis? Bem, segundo Alberto Paes, eles vêm com regulagem de setup para as pressões de desarme e rearme.  “Mas ambos trabalham, basicamente, com o mesmo mecanismo, onde a movimentação do diafragma varia conforme a pressão, fazendo com que contatos elétricos sejam acionados para o desligamento ou acionamento do compressor e do ventilador”, acentua.

Manutenção de pressostatos

Os pressostatos são instalados no sistema frigorífico nas linhas de sucção (baixa pressão) e descarga (alta pressão). Para verificar seu funcionamento, podemos simular um aumento ou redução da pressão.

Com a utilização de um multímetro na escala de continuidade, o refrigerista consegue medir os contatos para verificar a abertura e o fechamento desses componentes. Os pressostatos fixos são dispositivos herméticos.  Sendo assim, uma vez constatado defeito, deve-se  substituí-lo. 

Caso seja rosqueável, sua troca fica mais simples, mas nos modelos soldados, requer recolhimento do fluido refrigerante. Já os modelos com regulagem têm peças como molas, parafusos e contatos, mas os fabricantes não fornecem peças para essa reposição, que muitas vezes também demanda substituição do fluido. Na refrigeração comercial (balcões, câmaras, racks), dependendo do modelo do compressor, esse dispositivo pode ser instalado em válvulas com registro para facilitar a substituição. 

E vale lembrar: não podemos esquecer dos pressostatos de óleo aplicados a compressores que têm lubrificação forçada em suas partes mecânicas, onde manter a pressão sob controle também faz toda a diferença. 

E aí, reciclou seu conhecimento sobre pressostatos? Esse componente dos circuitos de frio merece mesmo a máxima atenção.

Veja: O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Resolução 123 do CFT: saiba o que muda no mercado do frio

Após todas as dificuldades trazidas pela pandemia, ao longo de 2020, o ano teve uma boa notícia no fim de dezembro: foi aprovada a nova edição da Resolução 123, do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT). Com base no Decreto 90.922/1985 e na Lei 13.639/2018, a resolução define claramente as atribuições profissionais dos refrigeristas.

O documento elenca seis resoluções que definem as atribuições profissionais dos Técnicos em Eletroeletrônica, Automação Industrial, Mecatrônica, Eletromecânica, Desenho de Construção Civil e Refrigeração e Climatização. Embora os dispositivos legais já previssem nosso papel no mercado do frio, as novas normas esclarecem pontos ainda não detalhados, assim visando a garantir que o serviço técnico seja executado por profissionais registrados, com capacitação específica em determinada área. 

Agora, os técnicos em refrigeração e climatização e técnicos em refrigeração e ar-condicionado podem conduzir e inspecionar os trabalhos de sua especialidade, inclusive assinando como responsável pela elaboração e execução de projetos. A resolução também inclui no escopo a prestação de assistência técnica em projetos e consultoria na compra, venda e utilização de aparelhos. 

Confira as demais especificações da Resolução 123 na íntegra. Clique aqui

Com isso, a expectativa é que a regulamentação aprimore o exercício profissional nos mais diversos segmentos. Para o professor Alexandre Fernandes Santos, diretor da Escola Técnica Profissional (ETP), de Curitiba, “a Resolução 123/2020 é muito importante para a área de refrigeração, pois dita quais são as responsabilidades dos seus técnicos”, diz ele, lembrando ainda a colaboração dada a esse processo pelo currículo do Cadastro Nacional dos Cursos Técnicos (CNCT). 

No entender do professor, a novidade vai ajudar muito os técnicos do HVAC-R, na medida em que tende a incentivá-los a se formalizar e passar pelos bons cursos em Refrigeração e Ar-Condicionado hoje existentes em grande parte do país. “As próprias escolas especializadas devem buscar aperfeiçoamento”, acrescenta Fernandes.

Ainda segundo ele, a nova edição da resolução 123 nasceu de consultas a técnicos e outros profissionais do HVAC-R, tendo contado também com o crivo dos conselheiros federais do CFT, antes de finalmente ser publicada no Diário Oficial da União, do último dia 14 de dezembro. “Por tudo isso, essa nova edição da CFT 123 foi muito bem fundamentada e vai trazer vantagens tanto para os técnicos como para a sociedade de uma maneira geral”, comemora o especialista. 

Tecumseh aprova substituto do R-404A

A Tecumseh aprovou o Solstice N40 (R-448A), um fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvido pela Honeywell, para uso em seus sistemas de refrigeração comercial.

A aprovação segue um extenso programa de testes do fabricante de compressores e unidades condensadoras e confirma a substância de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) como uma alternativa ao R-404A nos equipamentos da marca.

“Os refrigerantes com GWP mais baixos são importantes para reduzir as emissões de carbono da indústria de refrigeração e são o caminho certo para o nosso setor seguir”, salienta Ryan Burns, vice-presidente de engenharia global da Tecumseh.

“O Solstice N40 oferece a combinação ideal de desempenho, conformidade ambiental e eficiência energética que sabemos que nossos clientes estão procurando”, acrescenta.

Segundo a Honeywell, o Solstice N40 é uma mistura dos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das HFOs R-1234yf (20%) e R-1234ze(E) (7%). O GWP desse fluido refrigerante classificado como não tóxico e não inflamável pela Ashrae é de cerca de 1.300.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos exclusivamente pela Frigelar no Brasil

Parceira da Frigelar no Brasil, a indústria química norte-americana revela que o Solstice N40 já é usado em quase 16 mil supermercados e lojas de conveniência somente na Europa.

Testes em supermercados americanos e europeus mostraram uma redução média de 5% no consumo de energia em aplicações de baixa temperatura e de 5% a 15% de redução no consumo energético em aplicações de média temperatura, em comparação com o R-404A.

E tem mais uma coisa, pessoal: o Solstice N40 também pode ser usado como substituto do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em sistemas de refrigeração comercial.

Nova condensadora Danfoss combina alta eficiência e praticidade

Imagine uma unidade condensadora semi-hermética para supermercados, centros de distribuição e indústrias alimentícias com manuseio e transporte simplificados. E claro, que também seja fácil de reparar, por não haver obstrução física entre seus diferentes componentes.

Pois bem, a Danfoss também imaginou, e acaba de colocar no mercado a mistura disso tudo, a nova condensadora Optyma, dotada de trocador de calor microcanal e compressores GEA Bock, podendo ser adquirida nas versões com ou sem gerenciamento de óleo.

O conjunto inclui ainda tanque de líquido, filtro secador, visor de líquido, caixa elétrica, válvulas de sucção e líquido, pressostato, cartucho na descarga e ajustável na sucção e estrutura de tubulação em cobre com antivibração, para evitar que oscilações excessivas afetem o sistema, sobretudo o trocador de calor.

Com ampla faixa de aplicação em temperaturas médias e baixas, por meio dos refrigerantes R-404A, R-507 e R-22, o lançamento da indústria dinamarquesa reduz os custos ao otimizar o espaço de armazenamento.

Além disso, segundo a Danfoss, a baixa complexidade de códigos do produto permite sua rápida seleção, bem como a alta disponibilidade em estoque, o mesmo acontecendo com as peças de reposição.

Finalmente, devido ao tanque de líquido superdimensionado, a unidade Optyma Semi-Hermética pode ser instalada a uma distância de até 40 metros do evaporador, sem a necessidade de elementos de controle adicionais, o que amplia as possibilidades de aplicação, e com uma capacidade de resfriamento praticamente ilimitada.

Se você gostou dessas novidades, consulte um especialista da Frigelar em qualquer uma das lojas da rede. Caso prefira, ligue para a central de atendimento 4007-2808 nas capitais, ou então 0800-008-8999, se morar em outras cidades

Novos inverter Danfoss para refrigeração comercial

A Danfoss, nome bastante conhecido por todos nós, acaba de lançar compressores scroll de velocidade variável (VLZ) para instalações comerciais.

Fabricado em três versões, esse novo inverter está disponível nas capacidades de 3 hp a 7,5 hp, com e motor de 220 V e 380 V e aprovação para trabalhar com os fluidos refrigerantes R-404A, R-448A e R-449A, todos com potencial zero de destruição da camada de ozônio (ODP).

Além disso, os inversores de frequência tem grau de proteção IP 20 e possui visor de óleo com conexão, para controle do nível de óleo, assim como cabo conector elétrico que facilita a instalação.

Esses são alguns dos benefícios de sua aplicação:

  • Um controle preciso de temperatura +/- 0,3 °C;
  • Proteção do motor que é gerenciada pelo inversor de frequência;
  • Baixa corrente de partida;
  • Eficiência energética avançada;
  • Menor nível de ruído durante as operações de carga parcial.

 

Todos os modelos da nova linha vêm equipados com inversores de frequência modelo CDS-803 de 7,5 kw, ou seja, há apenas um device para três tipos de compressor.

Para completar, o VLZ tem motor de ímã permanente que com a união do inversor de frequência permite variar a velocidade de 30-100 rps, e é de fácil integração com à linha de controladores MCX, da Danfoss.

Em breve, essa grande novidade estará disponível nas lojas da Frigelar.

Câmaras frigoríficas: desafios e oportunidades

Movidos pela busca de aumentar cada vez mais a eficiência energética, os clientes deste segmento estão investindo bastante em projetos com cargas variáveis e válvulas eletrônicas, dentre outras tecnologias de ponta.

Fabricantes como a EOS Termoisolantes – especialista em painéis isolantes e portas frigoríficas – confirmam tendências assim nos muitos projetos que têm atendido para grandes entrepostos.

O setor de crossdocking também está em alta, segundo a empresa. Trata-se de um sistema logístico em que a mercadoria não chega a ser estocada no armazém ou centro de distribuição, sendo imediatamente preparada para entrega ao cliente ou consumidor final.

Tudo isso demonstra que nós, refrigeristas, temos bastante campo para explorar nesse mercado, que vem apresentando um comportamento positivo agora em 2018 em comparação aos últimos três anos, marcados por crise econômica e forte demanda reprimida.

O negócio é a gente ficar por dentro das novidades lançadas pela indústria nessa área e fazer sempre o maior número possível de cursos para prestar serviços com o grau de qualidade exigido pelos frigoríficos e grandes redes de super e hipermercados espalhados pelo País.

Mercado de câmaras e portas frigoríficas está apresentando comportamento positivo em 2018

Fluidos refrigerantes de baixo GWP substituem R-134a

Você já notou que a cada dia aparecem no mercado novos fluidos refrigerantes?

Isso acontece porque prosseguem os esforços da indústria mundial do setor em busca de substâncias com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).

Dentre as últimas novidades do gênero, estão as hidrofluorolefinas (HFOs), como o R-1234yf e o R-1234ze(E), que possuem GWP inferior a 1, ou seja, eles são menos nocivos ao clima do planeta que o dióxido de carbono, cujo GWP é igual a 1.

Enfim, as HFOs são uma nova gama de refrigerantes que prometem ser parte da solução para evitar o aumento da temperatura da Terra.

De acordo com especialistas, a estrutura química destas HFOs puras projetadas para substituir o hidrofluorcarbano (HFC) R-134a em novos equipamentos contém uma dupla ligação entre os átomos de carbono.

Por essa razão, as moléculas desta quarta geração de fluidos refrigerantes sintéticos têm vida curtíssima na atmosfera, uma característica que reduz, consideravelmente, seu impacto climático.

Molécula de HFO não destrói a camada de ozônio e possui baixo potencial de aquecimento global (GWP); dupla ligação entre átomos de carbono reduz, consideravelmente, tempo de vida da substância na atmosfera

Ambos ainda possuem propriedades termodinâmicas similares às do HFC e estão classificados pela Ashrae como levemente inflamáveis (A2L).

Uma característica exclusiva do R-1234ze(E) é a inexistência de mistura inflamável com o ar abaixo de 30°C de temperatura ambiente. Por isso, este refrigerante não é inflamável quando manuseado ou armazenado.

Segundo a Honeywell, o R-1234ze(E) necessita de 10 vezes mais concentração e 250.000 mais energia do que hidrocarbonetos para se tornar inflamável, mas somente acima de 30°C.

HFO-1234ze(E) possui GWP inferior a 1, ou seja, este fluido refrigerante fabricado pela Honeywell é menos nocivo ao clima do planeja que o dióxido de carbono, cujo GWP é igual a 1

No caso da ocorrência de uma chama com o R-1234ze(E), o efeito dela seria extremamente leve, uma vez que seu calor de combustão seria muito baixo, cinco vezes menor do que o do propano. Sua velocidade de queima ultrabaixa, portanto, não seria suficiente para propagar um incêndio.

O R-1234yf e o R-1234ze(E) também se tornaram componentes de substâncias alternativas aos fluidos de alto impacto climático utilizados atualmente em sistemas de refrigeração comercial, como o R-448A, que foi desenvolvido para substituir o HCFC-22 e o HFC-404A, e o R-450A, que foi desenvolvido para substituir o HFC-134a.

Inclusive, estas novas misturas de refrigerante já foram homologadas pelos principais fabricantes de compressores do mundo. Portanto, resultados assim colocam as HFOs no topo da lista dos fluidos alternativos e, certamente, novos produtos do gênero logo, logo devem fazer parte da nossa rotina. Vamos aguardar.

R-448A, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell e comercializado como Solstice N40, substitui R-22 e R-404A em sistemas de refrigeração comercial

Supermercados se reinventam

Para aproveitar melhor as novas oportunidades e saber, por exemplo, em quais ferramentas e cursos de especialização investir, o profissional da nossa área precisa estar sempre atento às mudanças que ocorrem ao seu redor.

No setor de supermercados, por exemplo, têm prevalecido pelo menos três tendências principais, que vale a pena a gente acompanhar de perto.

A primeira delas começou já há algum tempo, quando as grandes redes do varejo resolveram apostar nas lojas menores, de bairro, em sintonia com a pressa e a busca do consumidor por comodidade.

O reflexo disso na refrigeração comercial é a necessidade de sistemas cada vez mais compactos, com os compressores incorporados aos equipamentos, e também mais silenciosos, devido à localização dos estabelecimentos em regiões populosas.

A segunda mudança claramente percebida é a utilização de fluidos refrigerantes alternativos ao R-22, principalmente o propano (R-290) para os sistemas compactos, e o CO2, no caso de instalações maiores, com casa de máquina e refrigeração remota.

Chama a atenção, finalmente, a importância que todas as modalidades de supermercados têm dado à redução no consumo de energia, em virtude do constante aumento das tarifas.

A consequência dessa terceira prioridade é a aplicação cada vez mais frequente de soluções que modulem os sistemas de refrigeração, com destaque para os inversores de frequência e os controles de capacidade nos compressores semi-herméticos.

Bem, agora que você já está mais atualizado sobre esse segmento tão expressivo, o negócio é ficar atento às muitas possibilidades de trabalho trazidas por ele, sobretudo para quem estiver bem preparado.

Novas oportunidades nos supermercados

O setor supermercadista continua em constante evolução, sendo um dos mais interessantes para o profissional da refrigeração.

Isso ocorre, primeiramente, pelo fato de um bom trabalho nessa área representar a redução do desperdício causado por produtos estragados nos pontos de venda.

Em segundo plano, vem a fidelização dos clientes desses estabelecimentos, pois itens de má qualidade nas gôndolas e expositores frigorificados são sinônimo de insatisfação, podendo também gerar problemas de saúde para o consumidor.

Finalmente, vem a questão da eficiência energética, pois equipamentos em mau estado de conservação e baixo desempenho aumentam bastante o consumo.

A necessidade de enfrentar desafios como esses traz, em contrapartida, um grande número de oportunidades para o refrigerista, tendo em vista a importância crescente do seu trabalho, sobretudo quando realizado da forma correta.

Além dos conhecimentos técnicos na área, o profissional precisa desenvolver novas habilidades para manter-se competitivo.

Segundo matéria publicada pelos nossos colegas do Clube da Refrigeração, da Embraco, são três os principais segmentos onde essa atualização é necessária:

Planejamento da manutenção preventiva – a eficiência neste campo é alcançada a partir da leitura dos manuais dos equipamentos, para que sejam verificadas as recomendações operacionais dos fabricantes;

Definição das ações a realizar – esse aspecto inclui itens como a aparência dos equipamentos, sistemas de vedação, condensador, evaporador e compressor;

Bom relacionamento – é importante combinar o bom conhecimento técnico à habilidade de desenvolver estratégias para conquistar a confiança do cliente, melhor forma de manter uma relação saudável e duradoura com ele.

Como você pôde ver, vale muito a pena a acompanhar a evolução vivida pelos supermercados e aumentar sua carteira de clientes nesse segmento cada vez mais promissor.