HP ou BTU/h? Saiba que medida usar

Ao perguntar quantos hp (horse-power, em inglês) um aparelho tem, o profissional está consultando os cavalos-vapor do equipamento, ou seja, a sua potência elétrica, que pode apresentar diferentes capacidades de acordo com a aplicação.

Mas, na verdade, para saber a capacidade de refrigeração, deve-se perguntar ao vendedor o total de BTU/h, pois essa unidade de medida de origem britânica estabelece uma relação direta entre energia e tempo.

O equívoco todo em torno do tema acabou surgindo em virtude da especificação dos motores elétricos, que acabou abrangendo os compressores herméticos, sempre tão aplicados no dia a dia do HVAC-R.

Bem, agora você já sabe como essa história começou e tem tudo para continuar especificando certo, ou então começar a fazer isso desde já, em nome da qualidade do seu trabalho e do respeito ao investimento do cliente.

Ar-condicionado e recém-nascidos combinam, sim

Desativar os condicionadores de ar da casa e, principalmente, sequer instalar um aparelho no quarto do bebê são uma prática relativamente comum entre as famílias brasileiras.

Isso ainda ocorre porque os pais normalmente imaginam que a temperatura mais baixa ou alta em relação à do ambiente externo possa causar rinite, sinusite, asma e várias outras doenças.

Na verdade, a umidade relativa do ar deveria ser o principal ponto a ser observado, e nesse quesito particular os ambientes climatizados possuem uma proteção extra para evitar a proliferação de bactérias, pois a mantém em 50%.

Se mesmo assim a sensação de nariz ressecado aparecer, existem alguns recursos adicionais para impedir a retirada total da umidade do ar, dentre eles o uso de umidificador, bacia com água ou uma toalha molhada deixada no ambiente.

Já para evitar o tão temido choque térmico, o ideal é manter a temperatura entre 22 ºC e 26 ºC, faixa na qual a criança não terá calor ou frio em excesso, mesmo sendo mais sensível a variações térmicas em relação aos demais moradores da casa.

Portanto, cabe a nós refrigeristas orientar os clientes a manter seus lares climatizados, não só em função do conforto térmico, mas também dos benefícios trazidos à saúde, inclusive dos recém-nascidos.

O quarteto fantástico do HVAC-R

Vamos exercitar hoje o lado sala de aula do nosso blog para relembrar um dos conceitos elementares do nosso setor: os quatro componentes básicos de um circuito de refrigeração.

Um deles, como você sabe, é o evaporador. Ele recebe o ar quente soprado do meio ambiente, e que é absorvido pelo refrigerante antes de ser ejetado em outro ponto do sistema.

Há também o condensador, componente que ao invés de absorver a alta temperatura a rejeita, por meio de uma enorme transferência de calor ocorrida quando o refrigerante muda do estado líquido para o gasoso.

Já o dispositivo de expansão, seja ele uma válvula de expansão ou um tubo capilar, tem a função de reduzir a pressão do líquido, ao forçá-lo através de um bocal ou pequena abertura.

Quando se diminui a pressão do refrigerante, permite-se que ele entre em ebulição à temperatura mais baixa. Para facilitar esse processo, o dispositivo de medição muda a corrente do líquido para uma densa nuvem de gotículas, antes de sua entrada no evaporador.

E onde entra o compressor nisso tudo? Bem, a função principal dele é permitir que o calor contido no refrigerante seja exposto a temperaturas ambiente relativamente mais frias, única forma de ser removido.

Considerando que o ar exterior tem 35 ºC ou mais, é importante aumentar bastante a temperatura do refrigerante, e o compressor pode fazer isso ao subir a pressão na mesma proporção do calor do lado de fora.

Solução Fullmotion, a mais econômica

Você já viu em suas andanças por aí um compressor Embraco FMFT? Se viu, saiba que esteve diante do mais novo lançamento da família Fullmotion, tecnologia que está completando vinte anos de mercado.

No caso do FMFT, trata-se do primeiro modelo bivolt destinado à refrigeração comercial e um dos mais eficientes do mundo na sua faixa de capacidade.

Ele se destina aos segmentos de varejo, saúde e gastronomia, com o importante diferencial de reduzir em até 30% o consumo de energia, podendo ser utilizado no Brasil inteiro, pois funciona tanto em 110 V quanto 220 V.

Mas saiba que existem muitos outros compressores Embraco usando essa tecnologia, que está completando duas décadas de vida, com a proposta de reduzir o consumo de um setor que representa cerca de 15% do gasto energético mundial. Um simples refrigerador doméstico, por exemplo,  responde por nada menos que 20% da conta de luz de uma casa.

O segredo do sistema inverter, presente no FMFT e outros modelos Fullmotion é a adaptação da capacidade do compressor à necessidade momentânea de resfriamento do freezer ou geladeira. O inversor eletrônico interpreta as oscilações de temperatura dentro do gabinete e envia sinais ao compressor para a mudança de sua velocidade, até alcançar a temperatura desejada da forma mais rápida e eficiente possível.

Segundo a Embraco, que está passando por um processo de venda para a japonesa Nidec, todas essas características especiais do seu produto, desenvolvido depois de muita pesquisa, permitem economizar até 40% de energia, além de conservar melhor os alimentos por não haver grandes variações no volume de frio gerado.

Cálculos da empresa mostram ainda que a soma de compressores Fullmotion vendidos nos últimos dez anos proporcionou uma economia de energia equivalente a nove bilhões de kWh, comparando-se com os aparelhos convencionais. E isso não é pouca coisa, não. Daria para abastecer durante seis meses um país inteiro das dimensões da Croácia.

Recolhedora: consertar ou comprar outra?

Hoje eu quero dar um toque sobre uma decisão muito importante que, mais cedo ou mais tarde, a gente precisa tomar sobre esse equipamento fundamental: mandá-la para mais um reparo ou fazer a substituição da máquina.

A primeira coisa a levar em conta é que, além do filtro secador, existem poucos itens que dão defeito num equipamento do gênero, quase sempre partes do compressor sujeitas ao desgaste normal.

Em casos assim, precisa ver se a gravidade do problema requer apenas a atuação de um técnico, ou então se é necessário enviar a recuperadora para a fabricante fazer o ajuste.

Nessas manutenções preventivas, um dos itens importantes a verificar é a necessidade de troca do selo do pistão, providência capaz de aumentar bastante a durabilidade do aparelho.

Tem especialista que até recomenda o envio regular à fábrica, por se tratar da melhor forma de conseguir uma vida útil superior a dez anos para um dispositivo nada barato, como todos sabemos.

Mas nem sempre dá para consertar a recolhedora. Os sinais dessa situação incluem recolhimento muito lento, ruído excessivo do compressor durante a operação, pouca pressão e peças quebradas fisicamente.

Um teste de bancada, porém, é sempre uma boa providência antes de resolver mandar seu velho companheiro de batalha para a aposentadoria.

Esse procedimento vai mostrar se é algum problema apenas de configuração que está causando o baixo desempenho.

Se depois disso tudo não tiver jeito, o negócio é realmente comprar outra máquina e tomar os cuidados descritos aqui para que ela dure bem mais que a anterior.

Em qualquer dos dois casos você pode procurar a Frigelar, que comercializa uma variada linha desses equipamentos novos, além de ser uma autorizada da marca EOS para a realização de todos os reparos da área.

Macetes para regular o ar-condicionado no inverno

Num país tropical como nosso, é compreensível que boa parte das pessoas considere a climatização dos ambientes necessária apenas para amenizar os efeitos do verão.

Mas isso – ainda bem – tem mudado na mesma proporção da chegada ao mercado de novos modelos quente/frio e com maior eficiência energética, derrubando assim o mito do aumento exagerado da conta de luz.

Existem, porém, alguns cuidados a observar no dia a dia e cabe a nós, refrigeristas, dar essas dicas aos nossos clientes, até mesmo para que eles continuem sendo usuários por muitos e muitos invernos.

A primeira dessas informações eu ouvi do conselheiro Ricardo Vaz de Souza, da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), e vou compartilhar com você.

Segundo o engenheiro mecânico, é sempre bom lembrar que o ar-condicionado é um dos mais indicados sistemas de aquecimento, pois além de deixar a umidade relativa do ar ideal, ajuda a filtrar o ar e manter o conforto térmico.

Ele frisa ainda a importância da moderação na escolha da temperatura, devendo ficar sempre entre 21 °C e 24,5 °C, pois esta é a faixa na qual o corpo melhor se adapta. “Se colocarmos em 30 °C para esquentar o ambiente e depois baixarmos a temperatura, o que é comum acontecer, o gasto de energia elétrica aumenta, pois o equipamento vai realizar dois processos: aquecer e depois resfriar o ambiente”, explica o especialista.

Para manter o ambiente aquecido e diminuir a necessidade de utilizar sistemas de aquecimento, o conselho dele é deixar entrar a luz solar e manter os vidros fechados. Abrir persianas e cortinas durante o dia também é recomendado.

Finalmente, quem possui o equipamento unicamente na opção de resfriamento deve ligar os aparelhos pelo menos uma vez por mês durante meia hora, pois assim se movimentam fluidos e óleos, procedimento capaz de evitar defeitos futuros.

Bem cuidada, recolhedora vai longe

Você sabe muito bem, meu amigo, que um dos equipamentos mais caros e importantes do nosso dia a dia é a recolhedora de fluido refrigerante.

Nada melhor, então, do que conservá-la muito bem para que dure os cerca de dez anos de vida útil previstos por fabricantes da área.

Um dos primeiros cuidados a tomar se refere à tela de filtro de malha existente na porta de entrada do aparelho. Ela deve ser inspecionada antes de cada trabalho e limpa ou substituída sempre que estiver excessivamente suja ou entupida.

Existe em nosso meio até quem recomende a troca do filtro secador antes de um novo recolhimento, principalmente se houver compressor queimado no sistema, conhecida causa de sujeira e óleo espalhados.

Mas a gente sabe que alguns colegas nem sequer usam esse componente em sua recolhedora, prática prejudicial não só para o aparelho em si, como também a própria máquina reparada, com a possível entrada de partículas no compressor e a consequente perda de rendimento de todo o conjunto.

Outra providência recomendada é a purificação da recolhedora após cada serviço, a famosa purga, evitando assim que eventuais misturas de refrigerantes acabem causando contaminações cruzadas nos próximos trabalhos, além de diminuir o desgaste do rolamento do cárter.

Se houver óleo dentro do sistema, uma prática igualmente recomendável é aplicar fluido passante no equipamento, procedendo a limpeza final com R-141b.

Por fim, fique esperto para alguns sinais típicos de problemas na recolhedora. Se ela demorar muito para atingir uma pressão alta ou se apresentar batidas e ruídos estranhos ao operar, pode ser necessário substituir vedações, rolamentos e válvulas.

Bem, agora você está sabendo como cuidar melhor desse inseparável companheiro da nossa rotina.

Na próxima conversa sobre esse assunto, vou falar sobre a hora de reparar ou substituir o equipamento.

Até lá!

Honeywell desenvolve substituto não inflamável para o R-410A

Você que gosta de saber com antecedência as novidades a caminho do mercado, anote esta em sua agenda: está previsto para 2019 o lançamento do Solstice N41, fluido refrigerante substituto do R-410A, desenvolvido pela Honeywell nos Estados Unidos.

Indicado para sistemas estacionários de ar-condicionado, o produto tem como pontos fortes um potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) 65% menor que o do seu antecessor, além de não ser inflamável e ajudar o sistema a economizar energia.

Outra vantagem destacada pelo fabricante diz respeito ao baixo custo do retrofit, pois a adoção deste fluido requer mudanças mínimas no equipamento que vai recebê-lo e nenhum treinamento especial por parte dos técnicos de instalação e reparo.

Com o nome provisório de R-466A e classificação de segurança A1 conferida pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae), o Solstice N41 tem tudo para se tornar o próximo grande avanço global na área de refrigerantes.

Essa expectativa é da própria Honeywell e deve-se ao fato de todas as alternativas anteriores ao R-410A serem inflamáveis, exigindo, por isso, trabalhosas alterações nos padrões de segurança e códigos de construção.

Tubos capilares: quando e por que usá-los?

Tem certos componentes que a gente usa tanto no dia a dia que às vezes acaba se esquecendo da medida exata de sua importância.

Um desses itens são os tubos capilares, dispositivos muito usados nos sistemas domésticos de refrigeração e climatização e instalações comerciais de pequeno porte.

Sua função, basicamente, é reduzir a pressão do fluido refrigerante no estado líquido, separando os lados de baixa e alta.

Devido ao fato de serem de cobre e terem pequenos diâmetros, através deles o fluido trafega em alta velocidade e perde parte de sua pressão, permitindo a equalização desse parâmetro até mesmo durante o ciclo desligado do compressor.

Tudo isso com baixo custo e fácil instalação, vantagens que muitas vezes levam sistemas de grande porte a também utilizá-los, o que nem sempre é recomendável pelo menor rendimento apresentado nessas obras em comparação ao uso de válvulas com a mesma finalidade.

Mas nos pequenos circuitos, quando os tubos capilares são mesmo a melhor opção, existe uma providência importante que sempre deve ser tomada: a instalação de um filtro secador.

Com essa medida relativamente simples, podem-se evitar obstruções e perda de função, ao remover umidade e impurezas do sistema, antes que o refrigerante comece a escoar em seu interior.

Conheça melhor o filtro secador

Muitas vezes as coisas andam mal num sistema de HVAC-R por causa de um componente nem sempre valorizado, mas que faz toda a diferença. Estou falando, meu amigo, do filtro secador da linha de líquido refrigerante.

Como você sabe, ele se destina a remover materiais estranhos como umidade, sujeira, fluxo de solda, pequenas partículas decorrentes da brasagem e todo tipo de ácido, tanto nos sistemas de refrigeradores quanto nos de ar-condicionado.

Mas existem alguns inimigos naturais dessa peça que acabam restringindo seu poder de ação, principalmente umidade, lama ou o óleo, que entram no circuito por causa de falhas de manutenção ou condições operacionais extremas.

Com relação à umidade excessiva, principal vilão na vida de um filtro secador, existem várias causas, com destaque para técnicas inadequadas de vácuo, manuseio incorreto de lubrificantes higroscópicos, erros ao manipular os tubos durante a instalação ou então nas operações de brasagem.

O grande segredo para o bom funcionamento desse item tão importante reside em dois materiais normalmente utilizados no seu interior, a alumina ativada e a peneira molecular.

A primeira remove moléculas de ácidos orgânicos e também os inorgânicos, formados quando o refrigerante e a água se decompõem a partir de temperaturas muito altas, situação normalmente conhecida como burn out do sistema. Também é utilizada com frequência para limpezas ácidas após uma queima.

A peneira molecular, por sua vez, se caracteriza por ser uma estrutura em forma de favos de mel, com cavidades de tamanho uniforme, e pode ter sua função modificada com base em sua polaridade (carga) ou tamanho.

Ela é capaz, por exemplo, deixar passar livremente moléculas maiores, como refrigerantes e lubrificantes, mas reter completamente o fluxo de água.

Finalmente, para fazer mais jus ainda ao seu nome, o filtro secador também realiza a função de filtragem, por meio de uma tela, malha de arame ou o próprio núcleo dessecante.

Um cuidado extra a tomar nesse campo é verificar periodicamente se não existem finas partículas acumuladas ao longo do tempo no corpo do filtro, pois isso pode provocar as sempre indesejáveis condensações.

Bem, agora que você conhece melhor esse nosso aliado, inclusive por dentro, tenho certeza de que passará a vê-lo de forma diferente, a cada nova compra ou instalação.