Rede de lojas de conveniência troca R-404A por Solstice N40

A 7-Eleven, maior operadora global de lojas de conveniência, passará a utilizar o fluido refrigerante Solstice N40 (R-448A) nos condensadores remotos instalados em seus pontos de vendas nos EUA e no Canadá.

Patenteado pela Honeywell, o Solstice N40 é uma mistura à base de hidrofluorolefina (HFO) atóxica e não inflamável (A1) de menor potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) desenvolvida para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A e o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em sistemas de refrigeração comercial novos ou existentes.

O Solstice N40 tem um GWP de 1.387, uma redução considerável em comparação ao GWP de 3.922 do R-404A. O blend é composto pelos HFCs R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das HFOs R-1234yf (20%) e R-1234ze(E) (7%).

Ele também é descrito pelo fabricante como uma alternativa “quase drop-in” para o R-404A e o R-22, exigindo apenas ajustes mínimos nos equipamentos durante o retrofit.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a decisão de substituir o R-404A integra o conjunto de metas de responsabilidade social da 7-Eleven estabelecidas em 2016. Uma delas, particularmente, determina uma redução de 20% no consumo de energia em suas lojas até 2027.

“Nos últimos anos, implementamos várias medidas inovadoras, como iluminação com LED, sistemas de gerenciamento de energia, energia eólica em lojas selecionadas e unidades de ar condicionado de alta eficiência para reduzir nossas emissões de dióxido de carbono (CO2)”, disse Ann Scott, diretora de energia, engenharia e planejamento de lojas do varejista norte americano.

“O uso do Solstice N40 é uma alternativa ambientalmente mais adequada para nossa rede. Por isso, unir forças com a Honeywell, companhia cujos profissionais também adotam a mentalidade e o objetivo de servir como gestores ambientais, foi uma escolha natural”, salientou.

Segundo a Honeywell, indústria química norte-americana que distribui seus fluidos refrigerantes no Brasil por meio da Frigelar, sistemas de refrigeração comercial operando com Solstice N40 consomem menos energia.

Estudos comparativos realizados em supermercados nos EUA e na Europa demonstraram que o R-448A proporcionou redução de até 5% no consumo de energia em aplicações de baixa temperatura, e entre 5% e 15% em aplicações de média temperatura.

Com sede em Irving, no Texas, a 7-Eleven opera 68 mil lojas franqueadas e/ou licenciadas em 17 países, sendo 11,8 mil na América do Norte. No ano passado, as unidades da rede no Japão já haviam anunciado a adoção desse novo fluido refrigerante de menor impacto climático.

Centro de regeneração de refrigerantes da Frigelar recebe cromatógrafo

Para gerenciar o uso de gases contaminados e nocivos à camada de ozônio em aparelhos refrigeradores, os centros de regeneração e armazenagem (CRAs) do Brasil estão recebendo cromatógrafos gasosos, equipamentos capazes de avaliar a pureza dos fluidos refrigerantes contaminados que passam pelo processo de regeneração.

A medida se dá no âmbito do Projeto de Gerenciamento e Destinação Final de Substâncias Destruidoras de Ozônio (SDOs), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e executado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Um dos CRAs que têm apoio dessa iniciativa funciona na filial de Osasco (SP) da Frigelar. Segundo a empresa, quando um fluido refrigerante regenerado é aprovado no teste realizado pelo cromatógrafo, ele pode voltar a ser comercializado como gás puro e de uso seguro nos equipamentos dos clientes.

Entre as substâncias que estão sendo regeneradas e testadas no CRA da Frigelar estão os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), gases utilizados refrigeradores e outros equipamentos de refrigeração comercial.

Óleo, umidade e impurezas estão entre os contaminantes encontrados nos gases que perdem a capacidade de uso. Esse material é recolhido, por exemplo, em segmentos como os de supermercados, que usam HCFCs em expositores frigoríficos de alimentos.

Após a chegada aos CRAs, eles passam pela regeneração em processo específico e, após a avaliação de pureza no laboratório, podem ser comercializados novamente.

O gerente da divisão de fluidos refrigerantes da Frigelar, Carlos Logli, ressalta a eficiência do equipamento para a avaliação dos gases regenerados.

“Um dos grandes problemas que enfrentamos são os fluidos de baixa qualidade. Agora, a gente pode certificar que o produto tem procedência e qualidade na pureza, que é um dos fatores principais para termos um produto adequado ao mercado”, afirma.

O apoio do projeto à montagem do laboratório foi classificado por Logli como extremamente positivo, por propiciar mecanismos de certificação do trabalho do CRA.

“O projeto é fundamental para dar consistência ao nosso trabalho e mostrar para o cliente final que ele está comprando um produto de qualidade”, destaca.

Centro de distribuição da Frigelar em Osasco (SP), onde também funciona o Centro de Regeneração e Armazenagem (CRA) de fluidos refrigerantes da empresa

Destinação final adequada

Os CRAs foram estabelecidos por meio de seleção realizada, em 2016, no âmbito do projeto. De acordo com a assessora técnica do Pnud, Raquel Rocha, além de recuperar gases contaminados, os centros funcionam como gerenciadores desses resíduos, já que armazenam os fluidos que não são passíveis de regeneração e devem ser encaminhados para a destinação final.

O gerenciamento e a destinação final de SDOs devem ser compartilhados por todos os agentes envolvidos com o ciclo de vida do produto, conforme o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

“Essa cadeia envolve fabricantes, distribuidores, importadores, comerciantes, consumidores e outros. É responsabilidade de todos proteger o meio ambiente”, explica Rocha.

As atividades dos CRAs incluem, além da regeneração e reciclagem de fluidos, a identificação dos fluidos, o armazenamento temporário das SDOs e a destinação final, em locais ambientalmente adequados.

O projeto já contribuiu com o aumento de capacidade de armazenamento dos CRAs e o fornecimento de todos os equipamentos analíticos, reagentes e vidrarias para laboratório, para a realização de análises conforme a AHRI 700.

Em breve, o projeto passará a atuar na a logística necessária para o transporte dos resíduos inventariados e armazenados em cada CRA brasileiro para uma unidade de incineração, onde ocorrerá a destinação final adequada dos fluidos não passíveis de regeneração.

Gostou da novidade, refrigerista? Então, deixe sua opinião sobre o assunto aqui embaixo.

Boas práticas na refrigeração: o meio ambiente e seu bolso agradecem

Você sabia que uma quantidade significativa de emissões de R-22, um fluido refrigerante nocivo à camada de ozônio, poderia ser evitada por meio da aplicação de boas práticas durante as etapas de instalação, operação e manutenção de equipamentos refrigeradores e ar-condicionado?

Quem é refrigerista de verdade sabe muito bem que as boas práticas trazem benefícios ao meio ambiente e qualidade aos serviços prestados, proporcionando maior vida útil e melhor eficiência energética às máquinas.

Segundo o Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), o setor de refrigeração comercial responde por aproximadamente 82% do consumo de R-22 no País.

Boas práticas incluem atividades de manutenção preventiva, detecção de vazamentos, registro de dados técnicos, operação adequada, além do recolhimento, reciclagem e manuseio correto dos fluidos frigoríficos, entre outros procedimentos.

Essas atividades demandam profissionais devidamente capacitados e treinados, a fim de contribuir para uma redução significativa do consumo de fluidos frigoríficos.

O recolhimento dos fluidos tem como objetivo principal evitar que sustâncias destruidoras de ozônio (SDOs) sejam lançadas na atmosfera, destruindo a camada de ozônio e contribuindo para o aquecimento global. Por outro lado, surge como importante alternativa para o suprimento de substâncias voltadas para o segmento de manutenção de equipamentos de refrigeração e ar condicionado.

Nesse sentido, o fluido deve ser recolhido e tratado por meio da reciclagem ou regeneração, para que posteriormente possa ser reutilizado, diminuindo a demanda por fluidos novos (virgens) importados e, consequentemente, o consumo de SDOs.

Por isso, a área de meio ambiente da Frigelar presta consultoria e treinamento para gestão de sistemas de refrigeração e climatização, com foco na preservação ambiental.

A empresa possui um dos principais centros de regeneração do Brasil, com autorização do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para realizar a logística e os procedimentos de limpeza de embalagens, transvasagem e armazenagem de todos os tipos CFCs, HCFCs e HFCs.

Esse centro de regeneração atende a todas leis e normas do setor vigentes (Conama 267 e ISO 14000), fornecendo assim as documentações necessárias para cumprimento das exigências ambientais.

Além disso, você encontra nas lojas da rede tudo o que é necessário para realizar um trabalho seguro e bem-feito, como equipamentos de proteção individual (EPIs), bombas de vácuo, cilindros de recolhimento de refrigerantes, recolhedoras e recicladoras, cortadores de tubo, maçaricos, aditivos selantes (tapa fugas), flangeadores, isolantes térmicos e muito mais.

Lojas da Frigelar dispõem de amplo portfólio de ferramentas e acessórios essenciais às boas práticas na refrigeração, além de fluidos refrigerantes e agentes de limpeza

Honeywell amplia oferta de HFO na Europa

A Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, anunciou que fez um acordo comercial com uma grande empresa global para ampliar a oferta do Solstice N40 (R-448A) na União Europeia (UE).

O objetivo é atender à crescente demanda pela substância à base de hidrofluorolefina (HFO), devido às regulamentações ambientais do bloco econômico e à necessidade de elevar a eficiência energética dos sistemas refrigeradores e ar-condicionado.

“Identificamos o R-448A como um produto que complementaria nosso portfólio e daria aos nossos clientes uma opção que atende às necessidades do mercado europeu”, disse o distribuidor.

O Solstice N40 é um refrigerante atóxico e não-inflamável (A1) de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) desenvolvido para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A em sistemas de refrigeração instalados em supermercados, permitindo uma redução de até de 16% no consumo de energia.

Segundo a Honeywell, o R-448A pode ser usado em novas instalações e na modernização de sistemas existentes que operam com fluidos frigoríficos de alto GWP.

“O Solstice N40 permite que os supermercados e outros clientes dos segmentos de refrigeração comercial e industrial reduzam emissões de carbono e consumo de energia, ao mesmo tempo em que os ajuda a cumprir aos rigorosos requisitos legais acerca dos gases fluorados com efeito estufa”, disse Julien Soulet, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell na Europa, Oriente Médio e África.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar

Segundo o executivo, o Solstice N40 já é uma das principais alternativas de menor impacto climático para supermercados. “A expansão da rede de distribuição da Honeywell na Europa tornará o produto mais acessível aos clientes, ajudando a acelerar a adoção de refrigerantes ambientalmente amigáveis e energeticamente eficientes”, acrescentou.

Para quem não sabe, a Honeywell é líder mundial no desenvolvimento, fabricação e fornecimento de refrigerantes vendidos globalmente com as marcas Solstice e Genetron para uma ampla variedade de aplicações.

Recentemente, a multinacional e seus fornecedores concluíram um programa de investimento de US$ 900 milhões em pesquisa, desenvolvimento e ampliação de capacidade de produção de HFOs.

Emenda de Kigali: agora é pra valer

Sabia que entrou oficialmente em vigor, em janeiro, a tão falada Emenda de Kigali? Pois bem, trata-se de um complemento do Protocolo de Montreal, aquele que a gente ouviu falar tanto quando a prioridade internacional, sob o ponto de vista do meio ambiente, era eliminar os clorofluorcarbonos (CFCs) destruidores da camada de ozônio, nosso escudo invisível contra os raios UV.

Agora, a bola da vez nesse campo é substituir os fluidos refrigerantes com grande potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) por outros como as hidrofluorolefinas (HFOs).

Nessa mesma sintonia com a Emenda de Kigali, os principais fabricantes mundiais de equipamentos para refrigeradores e ar-condicionado – a grande maioria muito conhecida por aqui – está apressando o passo no desenvolvimento de máquinas compatíveis esses novos fluidos. Nomes famosos como Emerson, Tecumseh e Danfoss têm dado exemplos repetidos dessa postura.

Na ponta dos usuários, os supermercados demonstram grande preocupação com o assunto. Tanto é que mais de 20 mil deles mundo afora já adotaram o Solstice N40 (R-448A), da Honeywell, no lugar do R-404A.

O R-448A também pode ser usado na substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, substância nociva à camada de ozônio e que também afeta o clima do planeta, devido ao seu GWP.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar

O Solstice N40 é uma mistura composta pelos hidrofluorcabonos (HFCs) R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das HFOs R-1234yf (20%) e R-1234ze (7%).

Além de ser atóxica, não inflamável e possuir GWP 65% menor que o do R-404A, a substância normalmente não exige alterações de componentes nos sistemas de refrigeração comercial durante o retrofit, e isso indica excelentes condições de crescimento também no próprio país.

Caso tenha alguma dúvida técnica ou comercial sobre o Solstice N40, consulte o pessoal Frigelar onde você costuma fazer suas compras, pois as lojas da rede estão comercializando os fluidos refrigerantes da Honeywell com exclusividade no Brasil.

Teste comprova eficiência do Solstice N41 em sistemas VRF

Vou contar para vocês mais uma grande novidade. É o seguinte, pessoal: a Toshiba Carrier descreveu como “promissor” o Solstice N41 (R-466A), o novo substituto não inflamável da Honeywell para o R-410A, após o teste inicial de desempenho feito com o fluido frigorífico em um sistema de ar-condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês).

As descobertas foram apresentadas em um simpósio sobre novos refrigerantes organizado pela associação de fabricantes japoneses (JRAIA), em Kobe, em dezembro passado.

A Honeywell anunciou o desenvolvimento do R-466A em junho do ano passado, o que despertou um enorme interesse dos fabricantes de equipamentos, devido ao seu menor potencial de aquecimento global (GWP) e nenhum grau de toxicidade e inflamabilidade (A1).

As soluções desenvolvidas anteriormente para substituir o R-410A, como o R-32 e o R-454B, são gases levemente inflamáveis (A2L) adequados para sistemas residenciais e unidades comerciais menores, mas não aceitáveis para sistemas VRF de carga maior. O Solstice N41 ainda tem um GWP de 733, índice semelhante ao das alternativas A2L.

Embora a indústria de ar-condicionado não tenha divulgado detalhes acerca do teste no comunicado que fez à imprensa, a eficiência e a capacidade de resfriamento e aquecimento dos sistemas VRF usando o Solstice N41 são “muito similares” àquelas que usam o R-410A, segundo a Honeywell.

As pressões de trabalho do Solstice N41 também são ligeiramente inferiores às do R-410A. Seu desempenho climático durante seu ciclo de vida, ao incluir emissões diretas e indiretas de CO2, mostra que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do uso do R-466A são 30% menores do que as do R-410A.

“Para atender às exigências legais de redução de HFCs adotadas recentemente pelo Japão, em função da ratificação da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, estamos buscando ativamente um substituto de próxima geração para o R-410A que seja energeticamente eficiente e seguro para nossos clientes e para o meio ambiente”, disse a Toshiba Carrier.

“Após o promissor teste inicial de desempenho, estamos entusiasmados em ver se o Solstice N41 pode ser uma alternativa segura para R-410A, o que poderia contribuir para o cumprimento das metas de redução de HFCs no Japão. Temos nos envolvido em testes de confiabilidade para lidar com o refrigerante recém-desenvolvido em sistemas VRF”, enfatizou a empresa.

“A Toshiba Carrier obteve, nos testes iniciais, uma grande prova de que o Solstice N41 está preparado para resolver um problema importante, tornando-se o próximo padrão global de refrigerantes”, afirmou Sanjeev Rastogi, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell.

“O que inventamos e atingimos com o Solstice N41 pode ser um verdadeiro avanço, pois ele fornece à indústria uma solução quase pronta que mantém os níveis de segurança em toda a cadeia de valor, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios ambientais significativos”, acrescentou o executivo.

A Honeywell, indústria química norte-americana cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, espera a aprovação completa da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) este mês, para disponibilizar o Solstice N41 aos fabricantes de equipamentos em meados deste ano.

Como descartar corretamente geladeiras e compressores

A responsabilidade ambiental de todos nós, refrigeristas, não se limita ao recolhimento e à correta destinação dos fluidos refrigerantes a cada manutenção realizada.

O descarte de refrigeradores e compressores, por exemplo, também requer atenção especial para evitar danos ao meio ambiente, que podem perdurar anos a fio após o término de suas vidas úteis.

Esses problemas ocorrem em virtude da liberação de substâncias como metais pesados e gases prejudiciais às plantas, animais e aos seres humanos, é claro.

No caso dos refrigeradores, existem mais de 600 componentes, sendo que 95% deles são passíveis de reciclagem, podendo retornar à indústria como insumos. Os poucos inutilizáveis devem ser encaminhados à destinação final de resíduos, conforme prevê a NBR 15833.

Além disso, grandes varejistas de eletrodomésticos aceitam equipamentos em bom estado como parte do pagamento na compra de um novo aparelho.

Já os compressores, embora possuam menos elementos, apresentam um aspecto a mais a ser observado: o perigo provocado pelo vazamento de óleo durante o transporte. O problema pode ser resolvido com a lacração dos passadores por refrigeristas ou empresas especializadas.

Outra ameaça constante é o escape para a atmosfera de fluidos refrigerantes, o que pode perfeitamente ser evitado com o recolhimento, feito sempre por um especialista e com o ferramental correto, antes que todo o conjunto seja encaminhado para descarte.

E por falar em fluidos refrigerantes, a área de meio ambiente da Frigelar presta consultoria e treinamento para gestão de sistemas de refrigeração e climatização, com foco na preservação ambiental.

A empresa possui um dos principais centros de regeneração do Brasil, com autorização do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para realizar a logística e os procedimentos de limpeza de embalagens, transvasagem e armazenagem de todos os tipos CFCs, HCFCs e HFCs.

Esse centro de regeneração atende a todas leis e normas do setor vigentes (Conama 267 e ISO 14000), fornecendo assim as documentações necessárias para cumprimento das exigências ambientais.

Ar automotivo, prepare-se para o novo fluido

Os colegas que trabalham na climatização automotiva, segmento que não para de crescer no Brasil, precisam ficar atentos com relação a uma mudança que começou em 2011, na Europa, e logo estará na vida de todos.

Quem alerta é o instrutor de formação profissional da Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, Geraldo Arantes Filho, que atua há mais de 25 anos como docente da instituição e é coautor do livro Climatização Automotiva, da Editora Sesi Senai-SP.

Segundo o especialista, naquele ano, os carros começaram a ser fabricados utilizando a hidrofluorolefina (HFO) R-1234yf em substituição ao hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, por ser uma substância menos impactante no aquecimento global.

Agora, sete anos depois, boa parte daquela frota está prestes a entrar em manutenção, o que requer preparo especial por parte dos profissionais e oficinas especializadas na área.

Para quem trabalha por conta própria, um cuidado adicional recomendado envolve a aquisição de novos engates rápidos para as mangueiras, que passaram a ser totalmente diferentes.

A recicladora também mudou, pois agora requer um sistema interno de ventilação, devido ao fato de o HFO-1234yf possuir baixa inflamabilidade, conforme a classificação de segurança Ashrae 32-94 e ISO 817:2014.

Outra mudança envolve a pressão de trabalho, podendo variar de 36 a 46 psi, sendo superior à alcançada pelo R-134a. “Na prática, o sistema de climatização deverá resfriar mais rápido, mesmo o carro estando sob sol forte”, explica o professor Geraldo.

Quanto ao óleo, ele lembra que o ideal é usar o lubrificante adequado, que pode ser aplicado tanto em sistemas com o R-134a, quanto nos que já utilizam o novo refrigerante.

A grande mensagem que fica é a necessidade urgente de atualização empresarial e profissional, “pois começarão a entrar serviços especializados, com carros mais novos, e quem estiver sem ferramental adequado não vai conseguir atender a esse público”, arremata.

Como está seu cadastro no Ibama?

O calor está chegando e você deve estar se preparando de todas as formas para aproveitar a melhor época do ano em volume de serviço.

Não se esqueça, então, de colocar entre as prioridades uma checada no seu Cadastro Técnico Federal, aquele controle pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para saber a quantas anda o consumo de substâncias como os gases refrigerantes, que são monitorados.

Nossa atividade pertence ao “Código 21-3 – Outros Serviços – Utilização de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal – Gás do ar condicionado”.

A grande maioria das revendas do nosso setor só está vendendo gás para profissional cadastrado no portal do Ibama, com renovação a cada três meses, como manda a lei.

Se você ainda não se cadastrou ou quer renovar o seu registro, faça o seguinte:

 

  • Para começar, instale o navegador Mozilla Firefox no seu computador, pois o formulário fica mais fácil de ser preenchido com ele, conforme explica o próprio Ibama em sua página;
  • Depois, entre neste link: https://servicos.ibama.gov.br/ctf/cadastroInicialPessoaFisica.php. Se aparecer uma mensagem informando que a página é insegura, clique sobre “Avançado”. Em seguida, vai surgir na parte de baixo uma caixa de diálogo para você adicionar o endereço da página à lista de exceção. Basta fazer isso para entrar sem problema;
  • Daí em diante, é só colocar as informações solicitadas, pois são dados que você conhece melhor que ninguém.

 

Mais uma dica: crie um histórico de seu consumo de fluido refrigerante mês a mês, guardando numa pasta as notas fiscais de suas compras, pois a cada renovação do cadastro essa informação será pedida.

Terminais para atualização do cadastro do Ibama podem ser encontrados nas lojas da Frigelar

Algumas dicas para o trabalho ecologicamente correto

Eu estava navegando pelo site do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) e vi por lá um material que achei interessante compartilhar com você. São algumas “regras de ouro” para a manutenção de sistemas de refrigeração e ar-condicionado.

O PBH, só pra lembrar, é uma iniciativa coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com a GIZ, agência de cooperação técnica da Alemanha, visando promover uma série de ações para banir do planeta, gradativamente, substâncias capazes de destruir a camada de ozônio.

Pois bem, vamos às dicas:

– Sempre aplique as boas práticas e trabalhe com segurança, recusando serviços que não possam ser prestados dessa forma;

– Recolha sempre o fluido frigorífico antes de reparar ou desativar um sistema;

– Recicle os fluidos frigoríficos sempre que possível, jamais liberando-os na atmosfera;

– Fluidos frigoríficos contaminados devem ser armazenados de forma segura e, posteriormente, encaminhados para a destruição;

– Nunca utilize substâncias que destroem a camada de ozônio ou fluidos frigoríficos com alto potencial de aquecimento global como solvente de limpeza de sistemas RAC;

– Vazamentos devem ser identificados um a um e reparados antes que o sistema receba uma nova carga de fluido frigorífico;

– Não quebre o vácuo do fluido frigorífico para múltiplos processos de evacuação, utilizando sempre nitrogênio seco para este procedimento;

– Melhore as técnicas relacionadas ao manuseio de fluidos frigoríficos, não purgando com eles, por exemplo, as mangueiras de refrigeração;

– Esvazie o cilindro de fluido frigorífico antes de descartá-lo;

– Não adicione fluido frigorífico ao equipamento sem saber os parâmetros para o seu funcionamento e a quantidade já contida em seu interior;

– Nunca utilize um cilindro de recolhimento sem identificação clara sobre o conteúdo e a finalidade de uso, nem misture diferentes tipos de fluido em um único cilindro de recolhimento;

Fluidos refrigerantes nunca devem ser lançados na atmosfera

– Mantenha os parâmetros de operação do sistema, tais como pressões, temperaturas, corrente elétrica e rendimento, conforme recomendado pelo fabricante, garantindo melhora na eficiência energética e aumento de sua vida útil;

– Preserve o histórico dos serviços de manutenção no livro de registro;

– Não trabalhe com ferramentas e equipamentos danificados ou defeituosos, tampouco utilize mangueiras de transferência de fluido frigorífico maiores que o necessário.

Pronto, agora fica mais fácil fazer a coisa certa em benefício não só do seu trabalho diário, mas, e principalmente, de toda a humanidade.