Acerte na escolha: descubra como identificar o capacitor adequado para o ar-condicionado

Responsável por corrigir o fator de potência para manter o compressor em uma rotação favorável para o seu bom funcionamento, o capacitor é peça indispensável no aparelho de ar-condicionado. Capacitor danificado é dor de cabeça na certa, pois, nestes casos, o ar-condicionado quase sempre apresenta problemas para ligar e desligar, gerando assim o risco de danificar várias outras peças.

Leia também: Saiba por que usar condensadora e evaporadora de marcas diferentes em seu aparelho pode ser uma má ideia

Como identificar o capacitor certo para o ar-condicionado?

Consultamos o instrutor Rafael Ferreira, da Samacursos, para entender mais sobre o assunto. “Antes de tudo, não podemos esquecer que existem dois tipos de capacitores no nosso segmento. Um deles é o de partida, com a função de auxiliar na partida do compressor, como o próprio nome diz. Ele atua sempre em conjunto com um relé executando a função inversa, isto é, desligar o aparelho. Já o capacitor de fase é aquele que permanece ligado a todo momento, enquanto o compressor estiver funcionando”, esclarece.

Segundo o instrutor, há duas formas principais de se testar o capacitor. “É preciso saber que os capacitores estão na escala de microfarad (µF) e o instrumento utilizado para medir sua capacidade é o capacímetro. O segundo modo de testar requer três contas matemáticas, mas é algo bem simples”.

Antes de começar o cálculo, é importante anotar a referência LRA do compressor do ar-condicionado. Em seguida, devemos utilizar a seguinte fórmula matemática para saber qual capacitor deverá ser utilizado:

Para encontrar o número LRA, Rafael garante: “é bem simples, isso é um valor referente à corrente de compressor travado, encontrado no manual do compressor ou simplesmente na sua etiqueta. A etiqueta também informa, normalmente, o LRA, no qual se baseiam todas as proteções elétricas de um compressor”.

Vamos a um exemplo prático?

Suponhamos que devemos selecionar um capacitor para um compressor que possui um valor de LRA de 60, qual capacitor deveremos usar?

Com isso, chegamos a uma resultante de 56. Como no mercado não temos capacitor com esse valor, podemos utilizar o de 60 microfarads (μF).

Lembre-se: outra coisa que devemos nos atentar é para a tensão de isolamento. Todo capacitor tem sua margem de tensão aplicável ou tensão de isolamento, ou seja, o máximo de tensão que o capacitor suporta. Acima disso, ele estoura, porque internamente é separado por um dielétrico (material isolante). Porém, se a tensão aplicável for maior que sua tensão especificada, o mesmo pode simplesmente explodir.

É muito importante selecionar um capacitor que tenha um valor de tensão acima do valor nominal do seu equipamento. Por exemplo:  se a rede do condicionador de ar for de 220V, selecione um capacitor com tensão de 380V, pois assim você não terá problemas relacionados à tensão do capacitor.

E, para finalizar, é fundamental lembrar que existem capacitores individuais que alimentam uma carga, a exemplo do compressor ou ventilador. Mas temos também capacitores duplos, com um compartimento para atender o ventilador; um segundo para o compressor e ainda um terceiro ponto em comum entre ambos.

Agora que você domina o assunto, mãos à obra. Entregue excelentes serviços e, se precisar de qualquer peça, pode passar em uma loja Frigelar, adquirir pelo site ou conferir no App Frigelar.

Acompanhe a Frigelar 


Entenda mais: Eurovent e ABRAVA publicam a versão Brasileira da Recomendação Eurovent 4/23

Pensando em todos os profissionais de AVAC-R que se dedicam ao ramo de sistemas de ventilação – especialmente para consultores de projetos, gerentes de plantas e fabricantes de equipamentos que incorporem filtros de ar –, a Eurovent, em parceria com a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento) publicaram a versão Brasileira da Recomendação Eurovent 4/23.

A publicação  “Seleção das classes de filtro de ar classificado em EN ISO 16890 para aplicações gerais de ventilação” foi originalmente publicada em 1 de novembro de 2020 na Bélgica. Devido ao sucesso e à necessidade de que esse conteúdo chegue ao maior número de trabalhadores, foi traduzida para o português no último mês.

A Recomendação Eurovent 4/23 (2020) está alinhada aos desenvolvimentos de normatização internacional. Incluindo uma tabela de referência, que mostra que as eficiências de filtração exigidas podem ser alcançadas utilizando diferentes filtros ou combinações dos mesmos. 

De acordo com a nova norma, “a escolha da eficiência de filtragem deverá ser feita em função da qualidade interna do ar necessária em cada um dos níveis de tamanho de partículas, por tanto a eficiência de filtragem depende do tamanho da partícula conforme tabela abaixo”:

Escolha do filtro de ar em função do tamanho e da concentração da partícula

Foi desenvolvida em conjunto por participantes do Grupo de Produtos da Eurovent para ‘Filtros de Ar’ (PG-FIL) e o grupo de trabalho ABNT/CEE-138 – Comissão de Estudos Especial “Equipamentos para Limpeza do Ar e Outros Gases” do Comitê Brasileiro de Refrigeração Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento ABNT/CB-055 (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A versão Brasileira da Recomendação Eurovent 4/23 (2020) em português pode ser baixada gratuitamente aqui.

A edição impressa pode ser solicitada a todos os fabricantes de filtros membros da Eurovent. A Recomendação será regularmente atualizada sempre que novos dados de ensaios estiverem disponíveis.

Leia também:

A essencial limpeza dos filtros

Resolução 123 do CFT: saiba o que muda no mercado do frio

Instalador: Conheça seis vantagens de se fazer parte da AGYX

No momento em que o cliente investe em um aparelho de ar-condicionado, é essencial que ele contrate um instalador especializado que ofereça um trabalho de qualidade e credibilidade. É nessa hora que fazer parte da Agyx faz toda a diferença, tanto para o cliente quanto para o instalador.

A Agyx é uma empresa especializada em serviços de instalação, e sobretudo, com qualidade e garantia, trazendo a melhor experiência para o consumidor. É tendo em vista a qualidade do serviço que essa plataforma tem os melhores profissionais do mercado. Fazer parte dela representa para o refrigerista uma série de benefícios.

Leia também: Presença feminina em franca ascensão no setor

Quais as vantagens de o instalador fazer parte da Agyx?

Mais clientes

Com a força da equipe de comunicação e marketing da Agyx, o instalador conseguirá mais clientes.

Aumento da receita

É mais um canal para você aumentar seu faturamento!

Autonomia financeira

Com a Agyx, o instalador se torna dono do seu próprio negócio, instalando ar-condicionado e garantindo sua receita com a parceria.

Sem mensalidades ou taxa de adesão

A Agyx ganha se você ganhar. A cada instalação realizada com sucesso, a plataforma fica com uma porcentagem do valor, a título de taxa de serviço.

Recebimento rápido e garantido

O cliente paga em até 10 vezes e a empresa garante seu pagamento sem parcelamento.

Atendimento exclusivo

A Agyx cuida da sua agenda e estará disponível para auxiliar o profissional no dia a dia.

E como funciona a Agyx?

Agora que você já sabe das vantagens do instalador em fazer parte dessa plataforma, deve estar se perguntando: como posso realizar o meu cadastro? Pois bem, siga esse passo a passo, que é muito fácil:

1 – Baixe o aplicativo da Agyx para inserir os seus dados;

2- Dentro do aplicativo, escolha até cinco cidades disponíveis para a realização de serviços;

3- Após finalizar o cadastro, você passará a receber as ordem de serviço no aplicativo, com data agendada para a prestação do serviço;

4- Realize o serviço no local informado, enviando fotos no aplicativo Agyx para comprovação e compartilhe o link de avaliação do cliente;

5- Emita a nota fiscal de serviço com o valor total da instalação e envie-a para o app;

6- Receba seu valor pela instalação via depósito bancário.

Agora você já sabe dos benefícios de se cadastrar na plataforma e têm as instruções de como tudo funciona, com praticidade e agilidade para o cliente, e claro, para você, instalador. Saiba mais no site

Acompanhe a Frigelar 

Saiba por que usar condensadora e evaporadora de marcas diferentes em seu aparelho pode ser uma má ideia

Imagine que você tem um ar condicionado do tipo Split e por alguma razão, técnica, econômica ou vida útil, precisa substituir a evaporadora ou a condensadora do aparelho e se deparou com a possibilidade de usar marcas diferentes. Dúvida recorrente entre profissionais do setor, e dor de cabeça entre os clientes: utilizar condensadora e evaporadora de marcas diferentes dá problema?

Para nos esclarecer essa questão, falamos com o nosso colega, o professor Anderson Oliveira, fundador do canal INTAC, que nos traz algumas orientações: 

Primeiro, um dos principais pontos é saber se a unidade evaporadora, com relação à unidade condensadora, utiliza a tecnologia Inverter ou on-off (convencional). “Qualquer equipamento que é on-off, quando utilizado em sistemas Inverter, não irá funcionar adequadamente. Os sensores de temperatura não estarão todos em sintonia com a placa do módulo Inverter. Ou seja, a comunicação da modulação de compressor e motoventilador não acontece e muito menos a comunicação entre as unidades (evaporadora e condensadora) quando não se tem a mesma tecnologia”, esclarece.

E se de alguma forma ele venha a funcionar, deixará de ser um ar-condicionado Inverter. Isso ocorre porque o grande destaque de qualquer sistema Inverter é ter a modulação do deslocamento volumétrico do compressor e variação na velocidade do ventilador (interno e externo.

Mesma tecnologia, marcas diferentes

Sendo da mesma tecnologia e de marcas diferentes, os fabricantes tanto de sistemas on-off quanto Inverter, mantêm suas placas eletrônicas distintas. Assim, junto com elas, também valores de resistências ôhmicas dos sensores (evaporador, serpentina, ar externo e tubo de descarga). 

E o professor alerta: “os valores lidos nas temperaturas dos sensores e convertidos no cabo conhecido como SINAL, podem não ter os mesmos valores de variação de resistência ou tensão elétrica fornecidos à placa receptora ou placa principal (potência).”

Um ponto a ser analisado é o diagrama elétrico. “Similares em sistema on-off e em alguns Inverter, os diagramas elétricos nas menores capacidade (de 7.000 a 12.000 BTUs/h) necessitam atenção, visto que alguns fabricantes das capacidades de 12.000Btu/h alimentam os equipamentos pela evaporadora, enquanto outros alimentam o equipamento pela unidade condensadora. Isso poderia ocasionar a falta de cabos elétricos para fazer possíveis adaptações” explica Oliveira.

Outra dor de cabeça em usar marcas diferentes é que muitos Splits Inverter foram desenvolvidos com o dispositivo de expansão do tipo tubo capilar, enquanto outros já foram lançados com válvula de expansão eletrônica. “Nestes casos, haverá falhas em função da indisponibilidade nas comunicações de sensores e placas eletrônicas, o que afeta diretamente o controle e a modulação da Válvula de Expansão Eletrônica (V.E.E), deixando o sistema totalmente fora da sua originalidade”, garante.

Leia também:

Excesso de gás pode comprometer o bom funcionamento do compressor do ar-condicionado

Fugas de refrigerantes: saiba como detectar

Outro ponto importante é observar o fluido refrigerante, já que nem todos os equipamentos utilizam o mesmo. O gás R410A é conhecido por ser ecologicamente correto, por ser atóxico, não inflamável e não agredir a Camada de Ozônio. Boa parte dos aparelhos utilizam esse fluido, especialmente os Inverter. 

No entanto, o fluido refrigerante é apenas a substância química responsável pelo transporte de calor entre as unidades internas e externas. Isso quer dizer que o aparelho pode receber o selo eco-friendly, mas isso não quer dizer que ele é necessariamente Inverter. “Pode acontecer de você se deparar com dois  equipamentos da mesma capacidade com o mesmo fluido refrigerante e na hora das ‘adaptações’ perceberá que um é Inverter e outro não”, reforça o professor. 

Então, não restam dúvidas. A recomendação é sempre buscar por marcas iguais, capacidades iguais e tecnologias iguais. Com isso, você terá garantia legal, atendimento pelo fabricante e o principal: responsabilidade técnica, garantindo a sua mão de obra qualificada ao consumidor que contratar seus serviços.

Acompanhe a Frigelar 

Excesso de gás pode comprometer o bom funcionamento do compressor do ar-condicionado

Considerada uma das peças mais importantes do aparelho, o compressor do ar-condicionado é o equipamento responsável pela alteração da temperatura do ar, promovendo o aquecimento ou a refrigeração do ambiente. E para garantir o bom funcionamento do produto, é importante ter cuidado com o excesso do gás no sistema, para evitar o compressor danificado.

Popularmente conhecido como gás, o fluido refrigerante é uma substância responsável pelas trocas térmicas em um sistema de refrigeração. Mas, para que essas trocas térmicas funcionem corretamente, e não se tornem uma verdadeira dor de cabeça para o cliente, o instrutor Rafael Ferreira da Samacursos esclarece: “o que ocorre na prática é inserção de fluído refrigerante se baseando apenas em um parâmetro que é a pressão, que muitas das vezes pode nos enganar durante esse processo. Com isso, a carga inserida no sistema às vezes pode ser maior ou menor do que se necessita”

Para evitar esse problema, o professor aconselha: “o que devemos ter em mente é que, quanto menor o quantificativo de massa, mais precisa terá que ser a carga. Exemplo disso são os refrigeradores com fluído R 600a, que por sua vez necessitam de apenas 40 gramas para que o mesmo venha a funcionar. Assim, qualquer 10 gramas a mais ou até mesmo a menos pode ser o suficiente para ser prejudicial ao sistema.”

O excesso de gás no compressor pode causar diversos danos ao sistema. Um deles é o retorno de líquido para o compressor: “Isso acontece pela grande circulação de fluído refrigerante que irá percorrer pelo evaporador, fazendo que o mesmo se torne pequeno para evaporar todo fluído refrigerante. Com isso, um percentual de fluido refrigerante no estado líquido irá retornar para o compressor, onde teremos uma quebra mecânica por golpe de líquido. Lembrando que o fluído refrigerante que adentra ao compressor deve se encontrar na condição de 100% vapor saturado”, explica Ferreira.

Fique por dentro: Acerte sempre a mão nas cargas de refrigerante

E vale lembrar: dependendo do regime de temperatura que o sistema irá operar, podemos ter uma formação de gelo excessiva no evaporador quando temos um excesso de fluido refrigerante. Assim, o gelo contido irá interferir diretamente nas trocas térmicas, fazendo que o sistema perca rendimento.

O professor ainda alerta para outro problema que o excesso do gás no compressor pode ocasionar: a elevação da temperatura de condensação. Isso acarreta em uma elevada corrente elétrica do compressor, gerando um elevado consumo elétrico.

Leia também: O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Todo cuidado é pouco, qualquer erro de operação, maior afetado será o compressor.  Devemos sempre se atentar para a carga de fluido refrigerante seja feita de forma correta, seguindo os procedimentos de boas práticas de refrigeração, que pode ser por massa, utilizando uma balança de precisão, ou pelo balanceamento termodinâmico, que se trata do superaquecimento e Sub-Resfriamento.

E atenção: Nunca devemos proceder uma carga somente observando a pressão do sistema, pois podemos ser enganados, afinal a pressão é uma variável que pode ser alterada com as mudanças climáticas.

Acompanhe a Frigelar 

O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Considerado o “coração do sistema”, o compressor do ar-condicionado é essencial para manter o fluxo de massa do fluido no sistema de refrigeração, através do processo de sucção e descarga. O compressor, independente da sua versão, é o componente que mais consome energia elétrica em sistemas de climatização e esse consumo se dá não só pela sua capacidade de refrigeração (deslocamento volumétrico), como também pelo seu funcionamento.

Equipamentos subdimensionados, superdimensionados e utilizados de forma errada causam consumo de energia relativamente altos. Além disso, muitos clientes e profissionais da área se deparam com um problema muito comum em compressores, que é o de o compressor não desligar.

Para nos ajudar a entender os possíveis motivos para que essa falha ocorra, Anderson Oliveira, professor de refrigeração e fundador do canal INTAC Treinamentos no Youtube, nos trouxe algumas dicas para que o cliente entenda o que ocorre com seu aparelho. 

Então, o compressor não desliga? Saiba os possíveis motivos:

1- Controle remoto

Muitas pessoas imaginam que um compressor “gela mais” quando se coloca para operar na mínima temperatura possível, mas o professor esclarece: “praticamente nenhum equipamento dimensionado corretamente chegará a manter a temperatura ambiente em 16° C, portanto o compressor não irá desligar, porque o valor de setpoint não será alcançado e dificilmente permanecerá nessa temperatura”, explica.

Para que isso não aconteça, Oliveira recomenda utilizar o controle remoto nos valores de temperaturas informados na resolução 09/2003 da Anvisa, que dentre outras informações, estabelece que as condições ambientes para verão, podem variar 23° C a 26° C com umidade relativa entre 40% e 60%. Vale lembrar: Estas instruções servem para épocas mais quentes, como no verão. No inverno, os valores adequados são em torno de 20° C a 22°C e umidade relativa de 35% a 65%.

2- Sensor de temperatura

A referência entre ligar e desligar um compressor está na temperatura sentida pelo sensor ambiente, que fica instalado no retorno do ar da serpentina do evaporador. “Caso o sensor estiver descalibrado, o valor da resistência ôhmica do sensor será lido de forma incorreta, consequentemente, a placa que aciona o compressor também terá um acionamento errôneo. Então, se ela errar no acionamento, estará errada também no desligamento e, nesse caso, o compressor pode não desligar.” afirma o professor.

É recomendado utilizar sensores cujo valor de resistência ôhmica a 25°C esteja de acordo com o informado pelo fabricante, calibrados, e se possível, originais.

3- Erro de instalação 

Muitos instaladores iniciantes erram naquele cabo do “sinal”, que de fato é o sinal de liga e desliga do compressor, vindo da unidade evaporadora. Quando se inverte os cabos na borneira da evaporadora ou condensadora, em muitos casos fazem o compressor ser ligado direto, mesmo sem ter sido acionado pelo controle remoto. 

Assim, pode ser que o compressor fique funcionando constantemente, e mesmo que seja percebido pelo sensor de temperatura do ambiente, não haverá o desligamento do compressor se não for optar pelo desligamento total do equipamento. Nestes casos, Oliveira alerta: “é primordial se atentar ao diagrama elétrico do equipamento e fazer as devidas ligações conforme informado pelo fabricante.”

4 – Relé da placa 

Muitos condicionadores de ar Split utilizam relé para acionar o compressor e/ou enviar o sinal de funcionamento do mesmo. É bem comum, depois de algum tempo, que esses relés apresentarem um defeito característico de “colar o contato”.

Nesse caso, o professor afirma: “se um relé de placa colou o contato, mesmo que o sensor ambiente detectou o ponto de desligamento, por ter seus contatos de acionamento “colados”, o compressor permanecerá ligado. Causará não só prejuízos financeiros, como também desgaste do compressor por estar demasiadamente ligado, não obedecendo os intervalos de tempo de funcionamento e descanso pré estabelecido pelo fabricante.”

Anderson ainda complementa: “neste caso, temos dois problemas. Primeiro, achar um relé compatível com todas as características do original, ter ferramentas e saber trocar; e segundo, ter a certeza que o problema é o relé da placa e não o sinal que aciona o relé.”

De acordo com o profissional, muitos são os relatos de que a placa já foi trocada e o problema permanece. “Então, antes mesmo de dar um parecer técnico, é fundamental testar os componentes individualmente e constatando que é na placa ou relé, fazer a troca se possível pelo original.”

Acompanhe a Frigelar 

Passo a passo para evitar o congelamento da linha de sucção do ar-condicionado

Nesta época do ano, a climatização dos ambientes é muito mais requisitada, aumentando também a demanda pelos nossos trabalhos. Um dos problemas mais comuns é o congelamento na linha de sucção do ar-condicionado.

Para garantir o bom funcionamento do aparelho nestes períodos de grande demanda, nada melhor do que mantê-lo em ordem o ano inteiro. Mas se não teve jeito e o problema apareceu em um momento assim tão indesejável, o que nos resta é fazer a coisa certa e garantir o conforto térmico do usuário o quanto antes.

E o mais recomendado nestes casos é um assunto que a gente abordou recentemente: o superaquecimento. E como fazê-lo? 

Uns 10 centímetros antes da porca de conexão com a válvula, coloque um termômetro entre a espuma e o tubo de cobre. Geralmente no manifold, acima da escala de pressão, encontra-se a escala de temperatura do gás, onde a marca de 58 psi corresponde a zero grau (para o gás R22). Depois disso, é só pegar a temperatura do tubo informada no termômetro e diminuir da temperatura mostrada no manifold. 

Por exemplo: se o termômetro estiver marcando 7 graus no tubo e o manifold indicar 58 psi (0 graus), o cálculo a fazer é 7 – 0 = 7. O resultado aceitável para esta conta normalmente se situa entre 5 e 10 graus.

Vale lembrar ainda que quanto mais gás é injetado no sistema, mais a temperatura de retorno no tubo de cobre baixa, e mais a pressão no sistema sobe, diminuindo na mesma proporção o resultado da subtração a ser efetuada.

Esse procedimento deve ser feito entre 15 e 20 minutos de funcionamento do aparelho, e com o Split programado com a menor temperatura possível para que o compressor não desarme e mande o seu cálculo todo por água abaixo. Nos aparelhos mais novos, que utilizam gás R410, a “temperatura zero” no manifold não fica em 58 PSI, requerendo a utilização da tabela de conversão apropriada ou então um manifold compatível com a máquina. 

Já nos Inverter, a própria eletrônica controla o superaquecimento, bastando na maioria das vezes sanar eventuais vazamentos e providenciar a recarga de gás. Para isso, use sempre instrumentos indispensáveis como a balança eletrônica. 

Agora, mãos à obra!

Acompanhe a Frigelar 

Aprenda a fazer o teste de superaquecimento em um sistema de refrigeração

Em clima de recomeço, os primeiros dias do ano são sempre uma boa época para planejar. Contudo, para que nada atrapalhe nossos planos, é importante se atentar a assuntos importantes que acabam sendo esquecidos na rotina do dia a dia, e um deles é o teste de superaquecimento nos sistemas de refrigeração.

Para manter a maior capacidade e funcionamento do equipamento, é necessário que ele esteja balanceado, e quem é refrigerista sabe muito bem a importância do teste de superaquecimento para garantir que a vida útil dos equipamentos não seja afetada.

Não existe segredo, o ponto crítico que pode ser verificado é o superaquecimento na sucção. Então, vamos relembrar o passo a passo de como fazer esse teste? 

  1. É necessário medir a pressão de sucção na válvula de serviço do compressor e determinar a temperatura de saturação correspondente à essa pressão, por meio de régua ou tabela;
  1. Depois, medir a temperatura na linha de sucção aproximadamente a 15 centímetros antes do compressor, utilizando um termômetro de contato;
  1. Após isso, subtrair a temperatura de saturação da temperatura da linha de sucção. Essa diferença é o superaquecimento.

É recomendável que o superaquecimento no compressor esteja entre 1ºC e 25°C durante a partida e os ajustes iniciais. Em regime normal de operação, esse valor deve variar entre 10ºC e 15°C.

E lembre-se: superaquecimento muito baixo pode resultar em líquido retornando ao compressor e também no rompimento das válvulas de sucção e/ou descarga, devido ao golpe de líquido.

Além do mais, superaquecimento muito alto resulta em altas temperaturas de descarga e carbonização do óleo, falta de resfriamento do motor elétrico do compressor e diminuição da capacidade do sistema. Caso haja necessidade de ajuste do superaquecimento na sucção, a válvula de expansão no evaporador deve ser regulada a fim de corrigi-lo. Caso o sistema de expansão do gás refrigerante for por capilar ou pistão, completar ou retirar o gás refrigerante. Agora que o teste foi realizado, a dica é sempre manter o sistema em ordem e operante em boas condições na maior parte do tempo. Assim, garantimos o bom funcionamento do aparelho e, principalmente, manter a saúde dos equipamentos.

Acompanhe a Frigelar 

Resolução 123 do CFT: saiba o que muda no mercado do frio

Após todas as dificuldades trazidas pela pandemia, ao longo de 2020, o ano teve uma boa notícia no fim de dezembro: foi aprovada a nova edição da Resolução 123, do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT). Com base no Decreto 90.922/1985 e na Lei 13.639/2018, a resolução define claramente as atribuições profissionais dos refrigeristas.

O documento elenca seis resoluções que definem as atribuições profissionais dos Técnicos em Eletroeletrônica, Automação Industrial, Mecatrônica, Eletromecânica, Desenho de Construção Civil e Refrigeração e Climatização. Embora os dispositivos legais já previssem nosso papel no mercado do frio, as novas normas esclarecem pontos ainda não detalhados, assim visando a garantir que o serviço técnico seja executado por profissionais registrados, com capacitação específica em determinada área. 

Agora, os técnicos em refrigeração e climatização e técnicos em refrigeração e ar-condicionado podem conduzir e inspecionar os trabalhos de sua especialidade, inclusive assinando como responsável pela elaboração e execução de projetos. A resolução também inclui no escopo a prestação de assistência técnica em projetos e consultoria na compra, venda e utilização de aparelhos. 

Confira as demais especificações da Resolução 123 na íntegra. Clique aqui

Com isso, a expectativa é que a regulamentação aprimore o exercício profissional nos mais diversos segmentos. Para o professor Alexandre Fernandes Santos, diretor da Escola Técnica Profissional (ETP), de Curitiba, “a Resolução 123/2020 é muito importante para a área de refrigeração, pois dita quais são as responsabilidades dos seus técnicos”, diz ele, lembrando ainda a colaboração dada a esse processo pelo currículo do Cadastro Nacional dos Cursos Técnicos (CNCT). 

No entender do professor, a novidade vai ajudar muito os técnicos do HVAC-R, na medida em que tende a incentivá-los a se formalizar e passar pelos bons cursos em Refrigeração e Ar-Condicionado hoje existentes em grande parte do país. “As próprias escolas especializadas devem buscar aperfeiçoamento”, acrescenta Fernandes.

Ainda segundo ele, a nova edição da resolução 123 nasceu de consultas a técnicos e outros profissionais do HVAC-R, tendo contado também com o crivo dos conselheiros federais do CFT, antes de finalmente ser publicada no Diário Oficial da União, do último dia 14 de dezembro. “Por tudo isso, essa nova edição da CFT 123 foi muito bem fundamentada e vai trazer vantagens tanto para os técnicos como para a sociedade de uma maneira geral”, comemora o especialista. 

DESAFIO ACEITO

Indústria brasileira do frio tem sua capacidade de manter a temperatura correta das vacinas contra o coronavírus, reconhecida por cientistas

E eu não me esqueci, não, de voltar rapidinho a falar da importante questão envolvendo a temperatura adequada na armazenagem, manuseio e transporte de medicamentos.

Claro, a bola da vez atualmente é a vacina contra a covid, verdadeira preciosidade que não pode ser desperdiçada, além de exigir segurança total por parte da comunidade médica e todos nós, usuários.

O professor doutor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Mateus Pedrosa, por exemplo, frisa que a refrigeração é um processo necessário na indústria farmacêutica bem antes que os produtos cheguem ao mercado, pois se revela fundamental nas fases de pesquisa, desenvolvimento e fabricação.

“No Brasil, precisamos de imunizantes compatíveis com a capacidade da rede de resfriamento nacional, que gira em torno de temperaturas de 2°C a 8°C”, afirma o professor, agora com foco na onda de produtos que está chegando para combater entre nós a maior pandemia mundial de todos os tempos.

Em comunicado, o Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR), instituto que integra associações e estabelecimentos da área, declara que “o Brasil dispõe de uma forte cadeia do frio, com inúmeros fabricantes no território nacional com tecnologia disponível”.

Além disso, o setor de serviços possui profissionais com conhecimento robusto para instalações de baixíssima temperatura, tanto que instalações de criogenia se encontram presentes operando há muitos anos no país.

 “Portanto, o setor de frio nacional pode adequar a infraestrutura e disponibilizar soluções para qualquer temperatura, inclusive -70°C, com planejamento e investimento”, acrescenta o documento do CNRC.

DIFERENÇAS

A vacina produzida pela Pfizer, em parceria com a BioNtech, primeira em utilização no mundo para imunização contra covid-19, mostrou uma eficácia de 90% em imunizar os participantes após duas doses e é uma forte candidata para o enfrentamento do novo coronavírus entre nós.

Contudo, um fator que dificulta sua logística é a necessidade de refrigeração – entre -80 ºC e -70 ºC – Como explica o professor, a vacina da Pfizer tem como base RNA de moléculas e caso não seja conservada na temperatura correta, terá de ser descartada.

Igualmente forte candidata, a vacina da farmacêutica norte-americana Moderna também anunciou seus resultados promissores de imunização e eficácia de 94%.

Embora requeira uma temperatura maior, mas também abaixo de zero, essa vacina consegue ficar conservada a -20 ºC, patamar geralmente obtido em congeladores comuns de hospitais e farmácias.

A CoronaVac, por sua vez que no Estado de São Paulo está sendo desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tem como vantagem adicional poder ser armazenada e transportada em uma temperatura de geladeira, isto é, entre 2 ºC e 8 ºC, sendo uma das mais adequadas para a realidade brasileira.

Agora, pessoal, é torcer para que haja vacina para todos nós, brasileiros, porque – no que depende das indústrias e dos profissionais do HVAC-R como nós – esta luta contra o vírus já foi liquidada.