Degelo elétrico ou degelo a gás quente: escolha do melhor sistema requer análise de variáveis

A única coisa em comum mesmo quando se fala em degelo é a condensação, inimigo temido em todo equipamento de refrigeração, onde sempre se busca eficácia e economia. Cientificamente, trata-se do efeito físico registrado sempre que a temperatura e a pressão atmosférica de um ambiente levam sua umidade latente a se condensar, provocando com isso o surgimento de uma camada superficial de gelo no evaporador e em outras partes importantes do conjunto.

Numa instalação frigorífica, onde cada segundo de funcionamento conta para a correta conservação de valiosas cargas, e a economia de energia elétrica é igualmente apreciada, o emprego de diferentes métodos de degelo é fundamental, cabendo a eles o papel de reverter a sempre nociva condensação. As modalidades normalmente praticadas são três: natural, elétrica ou a gás quente.

Entenda mais:

Degelo natural da câmara frigorífica

Como o próprio nome diz, este método conta com a força da natureza para realizar seu trabalho. Lembra muito aquilo que nossas mães e avós faziam quando ainda não havia os refrigeradores frost free. Isso mesmo, o jeito era deixar a geladeira desligada, com a porta principal e a do congelador ou freezer aberta, e esperar que o gelo derretesse pouco a pouco.

É justamente o tempo relativamente longo que esta forma de fazer o degelo leva que a torna nem sempre indicada, exceto em instalações com temperatura acima de OºC e onde não se tenha pressa para ver as placas indesejáveis desfeitas. O seu ponto forte, porém, é a economia de energia elétrica, pois o compressor fica desligado durante todo o processo.

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Degelo elétrico da câmara fria

Mas nem sempre é viável desligar um equipamento, sobretudo aquele onde os produtos são mantidos com temperaturas negativas e qualquer descuido pode resultar em grandes perdas, além da não menos danosa quebra da cadeia do frio. Para esses casos, a pedida é contar com resistências elétricas, que acionadas de tempos em tempos, derretem a condensação formada nos evaporadores.

Elas fazem isso sem qualquer interrupção no funcionamento da câmara frigorífica e de forma bem mais rápida que o método natural. Mas como tudo na vida tem dois lados, pesa um pouco contra o degelo elétrico o consumo de energia, que acaba se somando ao gasto normal do próprio equipamento ao refrigerar as mercadorias em seu interior.

Degelo a gás quente da câmara fria

Você deve estar pensando: será que existe algum sistema capaz de conciliar agilidade e economia? Talvez responda afirmativamente à sua pergunta o sistema a gás quente, encontrado nas instalações abaixo de 0ºC.

Neste caso, o derretimento da camada de gelo é provocado pelo ar quente da descarga do compressor, isto é, sem gasto extra de energia elétrica, e mais rapidamente em comparação às duas outras modalidades. Além disso, mantém a atividade ininterrupta da câmara. 

Cada caso merece uma avaliação particular, onde o que decide o jogo é sempre a necessidade do cliente.

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Como evitar formação de gelo na câmara fria

Câmara frigorífica: em válvula de expansão termostática se mexe, sim

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Refrigeração comercial: quando o gelo vira um vilão dentro da câmara fria

Embora um produto “estupidamente gelado” passe a ideia de êxito do equipamento que o deixou nesse estado, a formação excessiva de gelo tem sido uma tradicional inimiga de todos os refrigeristas quando o assunto é câmaras frias. Saiba mais sobre a formação de gelo em câmaras frigoríficas:

Nas câmaras de temperatura positiva, gotas formadas no teto são causas frequentes de pinga-pinga sobre as embalagens e a consequente perda de produtos.  Podem ainda provocar acidentes, ao manter o piso molhado e escorregadio.

Já nas câmaras de temperatura negativa, o gelo também chega aos aletados do evaporador, provocando um problema a mais: o inevitável aumento no número de degelos e, consequentemente, do consumo de energia elétrica. É uma dor de cabeça  que vai contra todas as metas atuais de boa manutenção.

Quanto maior a instalação, mais grave tende a ser esse assunto. Imagine os grandes centros de distribuição, por exemplo, onde câmaras gigantescas nunca são desligadas. O gelo que ali se acumula pode até comprometer a estrutura do teto, colocando em risco a câmara, todo o seu conteúdo e as pessoas trabalhando dentro e ao seu redor.

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Formação de gelo na câmara fria: como evitar?

Uma série de medidas preventivas, colocadas em prática por empresas do setor experientes e confiáveis como a EOS, tem conseguido diminuir sensivelmente o número de situações desastrosas, causadas pela formação de gelo em câmaras frias. 

A montagem de antecâmaras na entrada e na saída da câmara principal é uma dessas barreiras contra o fenômeno físico da condensação, ocorrido nas áreas limítrofes, entre frio e calor. O papel dessas antecâmaras é segurar a umidade do ar e resfriá-lo, antes de sua entrada na câmara, a cada novo abrir e fechar de portas. Quando isto não basta, existe ainda a opção adicional de recorrer à climatização e desumidificação com a ajuda de produtos químicos, como os discos de sílica gel. 

Portas rápidas são igualmente bem-vindas, pois diminuem os períodos de abertura, principalmente com acionamento por aproximação, controle remoto ou botoeira, por exemplo. Mas lembre-se: elas não oferecem um isolamento eficaz, o que requer uma segunda porta, esta sim frigorífica, localizada logo após a área de carga e descarga, a fim de evitar a formação de gelo no interior da câmara e todos os problemas decorrentes disso.

Contudo, existe um fator fundamental, que vem antes até mesmo de todo avanço alcançado até aqui pela indústria de câmaras em nosso país: a conscientização dos responsáveis pela operação dessas áreas. As empresas fabricantes e usuárias, cada vez mais, esforçam-se para treinar o material humano envolvido na operação diária das câmaras frigoríficas. 

Mesmo assim, sempre que possível, vale a pena lembrar o pessoal que trabalha na indústria, no varejo e nos centros de logística frigorificados, que manter a porta de uma câmara aberta por mais tempo que o necessário, por exemplo, também abre o caminho para grandes prejuízos em toda a cadeia do frio, chegando muitas vezes até a casa do consumidor. Boas práticas são benéficas e vantajosas para todos! 

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Entenda como identificar defeitos e reparar os pressostatos
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EOS: novidades em plástico para Splits e câmaras frigoríficas chegam ao mercado

Você e eu sabemos muito bem que, mesmo não tendo eletrônica embarcada, certos itens de uma instalação ou reparo podem colocar em risco horas e horas de trabalho, assim como o investimento e – pior ainda – a segurança, tanto nossa quanto do nosso cliente, se não tiver a qualidade que deles se espera. Os suportes para Splits e os estrados plásticos para câmaras frigoríficas, dois componentes vitais e cuja confiabilidade é fundamental, são bons exemplos disso.

No dia a dia, eles podem parecer menos importantes. Contudo, na realidade, são capazes de evitar graves problemas, como vibrações e até a queda de condensadoras, o mesmo ocorrendo com as contaminações de alimentos resfriados e congelados armazenados em instalações de frio.

A boa notícia é que agora você pode encontrar esses produtos na Frigelar, contando com design e características exclusivas, desenvolvidas pela fábrica da EOS, que é o braço industrial da rede. A boa relação custo-benefício apresentada pelo plástico, comparativamente aos metais, é notável.

No caso dos suportes, a resistência mecânica – atestada por laudo técnico – fica por conta do uso de fibras de polipropileno, matéria-prima que, além de ser imune a oxidação, atende plenamente aos requisitos da norma NBR 16655, garantindo dessa forma a plena segurança do instalador e do usuário. É a escolha ideal para cidades litorâneas.
Sob o ponto de vista funcional, possuem diferenciais que incluem um novo encaixe para a cabeça do parafuso. Isso elimina aqueles verdadeiros malabarismos necessários à fixação da parte superior do suporte, evitando ao mesmo tempo que a porca inferior gire em falso, conhecido fator de demora extra na execução do serviço.

Com relação aos estrados para câmaras frigoríficas, a Frigelar está lançando em suas lojas espalhadas pelo país as placas EOS de 40 cm por 40 cm de largura e 5 cm de altura, nas cores cinza e branco. Os itens são criados na fábrica localizada na capital paraibana, João Pessoa. Igualmente testadas de forma rigorosa, para garantir a impossibilidade de ceder quando submetidas a cargas mais pesadas, são também construídas para evitar problemas sanitários, de acordo com o estabelecido pela Anvisa.

Ficou curioso? A Frigelar tem 48 pontos de venda Brasil afora, onde você poderá, já a partir da segunda quinzena de agosto, conferir pessoalmente essas novidades.

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Câmara frigorífica: em válvula de expansão termostática se mexe, sim

É bem provável que um dia alguém tenha falado algo mais ou menos assim, durante a instalação de uma câmara frigorífica: “para, para, para; a válvula de expansão termostática já vem regulada e se a gente mexer nela vai dar problema”. A exemplo do ocorrido em outras lendas, frases como esta acabaram se espalhando, e até hoje há técnicos que ainda acreditam nelas.

O certo, porém, é que este importante componente de um sistema de refrigeração sempre requer a intervenção de um profissional da nossa área, pois dificilmente a regulagem-padrão de fábrica corresponde com a realidade da câmara frigorífica já carregada. Além de produtos fora da temperatura desejada, regulagem de válvula termostática acima ou abaixo da ideal representa causa frequente de quebra do compressor, um autêntico pesadelo para qualquer usuário ou proprietário.

“A válvula de expansão termostática é responsável pela resposta de rendimento de outro item igualmente fundamental do sistema de frio, o evaporador”. Quem ensina é o engenheiro Eduardo Fraga, que coordena a área de Aplicação para Câmaras Frigoríficas da EOS, braço industrial da Frigelar especializado neste campo. Além de ter como função principal realizar diferencial de pressão necessário a aplicação destinada, as válvulas de expansão termostática já saem reguladas da fábrica com um superaquecimento variando na sua grande maioria de 3 a 7K.

Professor da Pós-Graduação em Refrigeração e Climatização da PUC do Rio Grande do Sul, Eduardo Fraga lembra ainda que este tipo de válvula cumpre sua importante função ao baixar a pressão e a temperatura do fluido refrigerante que chega a ela em estado líquido para ser pulverizado em forma de gotículas no evaporador. Já na saída do mesmo dispositivo, exerce a função de checar, por intermédio de um bulbo, se a troca térmica foi feita de forma adequada, isto é, se a diferença em relação à temperatura de entrada do fluido está correta, permitindo com isso ao refrigerista verificar com segurança o superaquecimento, cuja média se mantem em 12°C.

Manutenção da válvula de expansão termostática


Além da regulagem feita na válvula de expansão termostática, quando a câmara frigorífica recebe sua primeira carga após o dispositivo ser instalado, é muito importante o técnico ser acionado sempre que houver alguma mudança expressiva no perfil da câmara. Um caso típico desta situação é a entrada de novos produtos que necessitem de uma carga térmica diferenciada. Soma-se a isto o próprio volume total maior de mercadorias armazenadas no seu interior, sem falar em prováveis condições climáticas diversas dependendo da localidade e da própria frequência com que se abrem as portas de uma câmara frigorífica.

Tanto nesta hora quanto no início da operação de uma válvula de expansão termostática, o refrigerista precisa passar pelo menos uma hora conferindo o comportamento da câmara, já que existem variações de temperatura. Em função disso, muitas vezes tornam-se imprecisos os registros realizados em pequenos intervalos de tempo, sendo recomendável a realização de várias medições, até se chegar a uma média levantada em 60 minutos, no mínimo.

A grande dica, porém, para fazer bonito neste tipo de serviço é o recado dado no início desta matéria, ou seja: se você ainda tem, perca imediatamente o medo de mexer numa válvula de expansão termostática. Nossa atuação neste campo é fundamental para a boa preservação dos produtos perecíveis, assim como a satisfação de clientes que investem grandes somas com a finalidade de cumprir este autêntico compromisso perante o consumidor.

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Manutenção: gaxeta em dia é fundamental para refrigerador funcionar bem

No início da carreira, muitos de nós certamente passaram um tempão examinando de tudo no refrigerador, cujo cliente reclamava não estar gelando direito.  Ele falou mal até da marca, suspeitando ser o aparelho, relativamente novo, o responsável pelo aumento brusco da conta de luz.

Mas como? – deve ter pensado o colega –, já que verificou cada item do equipamento que poderia estar gerando os problemas descritos pelo cliente. Pois bem, coisas assim acontecem frequentemente até mesmo com profissionais experientes, devido ao eventual esquecimento de checar a situação da borracha que emoldura a porta do refrigerador.

Convenhamos, de pouco adianta estar tudo perfeito lá dentro, se ar de monte invade a geladeira enquanto permanece fechada. Esta má vedação reduz a capacidade de refrigeração do equipamento, além de forçá-lo a demandar mais potência do compressor, que passa a consumir mais energia elétrica. Isto é, além daquela cervejinha não tão gelada, os produtos mais perecíveis passam a durar bem menos.

Como saber se chegou a hora de trocar a borracha da geladeira

Todo usuário de refrigerador doméstico sabe que o aparelho liga e desliga várias vezes ao longo do dia, uma vez que o compressor – que muito consumidor ainda chama de motor da geladeira – funciona no ritmo em que seu trabalho é exigido, em função da quantidade de itens armazenados, organização das prateleiras, e ainda, do famoso abre e fecha da porta. Se estas operações de liga-desliga tornam-se claramente mais frequentes, a vilã pode muito bem ser a gaxeta.

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Referência cruzada de compressores: é possível substituir modelos antigos?

Outro tira-teima ao alcance do próprio cliente, assim como de nós mesmos, ao sermos acionados, é o famoso “teste do papel”. Ele consiste, simplesmente, no fechamento da porta com uma folha na gaxeta, de tal forma que fique uma parte do papel no interior e a outra do lado de fora do aparelho. Se o papel sair sem qualquer resistência e, ainda por cima, estiver molhado, a borracha já deu o que tinha que dar, restando apenas trocá-la.

Cuidados na instalação da gaxeta da geladeira

Para essa história toda terminar bem, o primeiro a fazer, obviamente, é chegar à casa do cliente com a gaxeta adequada. Essa informação pode ser obtida diretamente com a rede de assistência técnica do fabricante, caso se trate de um modelo mais novo, ainda com pouca história de manutenção. Depois da compra, é importante que a borracha não esteja dobrada, o que torna recomendável aguardar pelo menos um dia antes de instalá-la.

Pronto, chegou a hora de fazer a substituição. Enquanto estiver retirando a borracha antiga e soltando os parafusos que às vezes a prendem, mantenha a nova mergulhada em água quente, considerando que essa simples providência torna a gaxeta maleável e, consequentemente, mais fácil de encaixar. A instalação deve começar pelas quinas e ser feita sempre de cima para baixo, com os eventuais parafusos existentes (muitos modelos requerem apenas encaixe) sendo recolocados quando a vedação nova estiver certinha, no lugar.

Por fim, o negócio é fazer aqueles testes que a gente conhece: abrir e fechar para ver se não está pegando em alguma parte e também a eliminação de possíveis folgas e deformidades. Neste segundo caso, o problema pode ser resolvido com a utilização de vaselina, água quente e até mesmo um secador de cabelo no modo aquecimento, tudo isso para amolecer a gaxeta e permitir que ela se encaixe com perfeição.

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Refrigeração comercial: entenda como identificar defeitos e reparar os pressostatos

Responsável por manter a pressão dentro dos níveis considerados satisfatórios para o bom funcionamento de um sistema de frio, os pressostatos têm uma importante função, sobretudo nos equipamentos instalados em bares, padarias, supermercados e outros comércios. Hoje vamos recordar o conceito, identificação de defeitos e a reposição deste importante dispositivo. 

Primeiramente, não custa relembrar que, no ciclo de refrigeração básico, o bom funcionamento de tudo depende da correta divisão da pressão. O compressor tem como principal função movimentar o fluido refrigerante por todo o circuito frigorífico, aumentando a pressão desse fluido para que o calor possa ser dissipado no condensador. Cumprir tal tarefa requer que o equipamento esteja com uma temperatura acima da externa. 

Já no evaporador ocorre o contrário: o fluido refrigerante necessita estar com uma temperatura mais baixa. “O compressor succiona, comprime e descarrega o fluido refrigerante, elevando sua pressão. Enquanto isso, o condensador troca calor com a finalidade de dissipá-lo e o dispositivo de expansão realiza uma queda brusca da pressão”, ensina Alberto Paes, professor da área de refrigeração do SENAI. Ele lembra ainda que o evaporador também troca calor com a finalidade de absorvê-lo, cabendo ao fluido refrigerante transportar todo este ar quente.  

Leia também: Saiba como fazer a troca de um compressor com inversor de frequência

Pressostato em ação

Dispositivo eletromecânico, o pressostato desliga o compressor quando as pressões ficam fora da faixa ideal. Também é responsável por preservar a segurança do conjunto, ao controlar capacidade, degelo, recolhimento de fluido (pump down) e, ainda, a condensação.

Conforme Paes observa, são utilizados na refrigeração, sobretudo a comercial, pressostatos de alta e de baixa pressão, tipo fixo (cartucho, “cebolinha”, mini pressostato) ou ajustável (regulável). “Os pressostatos fixos são fabricados com valores de pressão para ligar e desligar o compressor já pré-determinado, isto é, as pressões de atuação para desarme e rearme já vêm estabelecidos no dispositivo sem a possibilidade de alterações”, complementa o professor. 

E os ajustáveis? Bem, segundo Alberto Paes, eles vêm com regulagem de setup para as pressões de desarme e rearme.  “Mas ambos trabalham, basicamente, com o mesmo mecanismo, onde a movimentação do diafragma varia conforme a pressão, fazendo com que contatos elétricos sejam acionados para o desligamento ou acionamento do compressor e do ventilador”, acentua.

Manutenção de pressostatos

Os pressostatos são instalados no sistema frigorífico nas linhas de sucção (baixa pressão) e descarga (alta pressão). Para verificar seu funcionamento, podemos simular um aumento ou redução da pressão.

Com a utilização de um multímetro na escala de continuidade, o refrigerista consegue medir os contatos para verificar a abertura e o fechamento desses componentes. Os pressostatos fixos são dispositivos herméticos.  Sendo assim, uma vez constatado defeito, deve-se  substituí-lo. 

Caso seja rosqueável, sua troca fica mais simples, mas nos modelos soldados, requer recolhimento do fluido refrigerante. Já os modelos com regulagem têm peças como molas, parafusos e contatos, mas os fabricantes não fornecem peças para essa reposição, que muitas vezes também demanda substituição do fluido. Na refrigeração comercial (balcões, câmaras, racks), dependendo do modelo do compressor, esse dispositivo pode ser instalado em válvulas com registro para facilitar a substituição. 

E vale lembrar: não podemos esquecer dos pressostatos de óleo aplicados a compressores que têm lubrificação forçada em suas partes mecânicas, onde manter a pressão sob controle também faz toda a diferença. 

E aí, reciclou seu conhecimento sobre pressostatos? Esse componente dos circuitos de frio merece mesmo a máxima atenção.

Veja: O compressor do ar-condicionado não desliga? Entenda o que pode estar causando esse problema

Saiba a importância da flecha de ar do evaporador em câmaras frigoríficas

É fato: as câmaras frias são equipamentos essenciais para o armazenamento e conservação de diversos produtos com temperatura e umidade controladas, tais como alimentos, fármacos, flores, entre outros. Para a câmara frigorífica desenvolver bem o seu trabalho, é fundamental que seja bem desenvolvida. Uma das partes mais importantes é observar a flecha de ar do evaporador.

A câmara fria deve ter um tamanho suficiente para suportar toda a mercadoria, com espaço suficiente para a circulação do ar entre os produtos. A seleção dos equipamentos (unidade evaporadora, unidade condensadora e componentes) deve seguir todo o cálculo de carga térmica para o produto.

Algo muito importante no momento da escolha do evaporador é a quantidade de calor absorvido, vazão de ar e por último, mas não menos importante, a flecha de ar. E pra nos esclarecer sobre o assunto, conversamos com Alberto Paes, professor do SENAI.

Entenda a importância da flecha de ar nos evaporadores:

Afinal, o que é a flecha de ar em uma câmara fria?

Flecha de ar é a distância que o ar alcança com velocidade estabelecida para circulação pelo interior da câmara, a fim de manter a temperatura homogênea por todo o ambiente. A velocidade do ar que sai do evaporador perde força conforme ele se afasta do ponto inicial. Quanto maior a velocidade de saída, maior será a distância alcançada pelo ar. E, quanto mais “limpo” e direcionado for o fluxo de ar, menor será a resistência a ele e maior o alcance.

Esses aspectos podem ser aprimorados não apenas com o correto planejamento, mas também com o auxílio de equipamentos. A correta distribuição do ar frio pelos evaporadores garante uma manutenção homogênea da temperatura interna.

“Quando a flecha de ar é insuficiente ao projetado para a câmara, será problema na certa. Os pontos mais distantes terão temperatura superior aos pontos onde a flecha de ar atinge”, explica o professor. Paes faz uma alerta: “Temos que ter muita atenção com a flecha de ar, pois ela influencia diretamente no número de trocas de ar no interior da câmara”. 

Vale a pena lembrar que o número de trocas que têm relação direta com a desidratação e apodrecimento dos alimentos. Os fabricantes de evaporadores fornecem, em seus catálogos, os dados técnicos para melhor atender o projeto da câmara fria, incluindo o número de trocas mínimo e máximo para o acondicionamento correto dos produtos.

Referência: Apostila Técnica Elgin

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Máquina de lavar: aprenda a fazer a manutenção e a troca de rolamento e retentor

Se a máquina de lavar está fazendo barulho, pode ser um sinal de que algo errado está acontecendo com os rolamentos e retentores, peças fundamentais da lavadora. A correta utilização e montagem dessas peças poderá garantir o perfeito funcionamento do aparelho e a sua vida útil.

Por causa da importância dessas peças para a lavadora, é necessário prestar atenção na hora que elas precisam ser trocadas. Saiba mais neste artigo do Blog do Seu Paschoal:

O que é um retentor de máquina de lavar e como trocar?

O retentor é uma peça circular de borracha, que possui um reforço metálico. É através dela que é possível realizar a vedação de óleos, graxas e fluídos dentro de um sistema de movimentos rotativos, ou ainda axiais. 

De acordo com Arnoldo Beskow, técnico em refrigeração, ar-condicionado e eletrotécnica, a escolha do material elastomérico para cada função a cumprir depende principalmente dos fluídos em contato com o elastômero. Existe uma sequência que pode ser utilizada para escolher de forma correta o composto do retentor. “Os retentores devem ser utilizados conforme projeto do fabricante da máquina de lavar roupas” afirma o idealizador do site Arnoldo Cursos.

Para realizar a troca, Arnoldo aconselha: “é necessário verificar no tubo ou eixo onde esse retentor vai trabalhar, se existem marcas de desgaste. Se houver, substitua o eixo ou o tubo desgastado. Ao montar o retentor, cuide para não danificá-lo e passe uma camada de lubrificante no eixo ou tubo onde o mesmo vai trabalhar.”

Veja também: Orçamento formal, sempre um bom começo


Saiba como substituir os rolamentos de uma lavadora

No caso dos rolamentos, para que possam operar de maneira confiável, evitando o contato direto de metal com metal entre os corpos rolantes, eles devem estar sempre bem lubrificados. A escolha do lubrificante e do método de lubrificação mais adequados para cada aplicação de rolamentos é fundamental para o bom funcionamento das máquinas.

“O fabricante da máquina de lavar roupas determina no seu projeto o tipo, tamanho e 

vedação que deve ter o rolamento. É importante ressaltar a importância de sempre usar o rolamento recomendado” explica o técnico. 

Por exemplo:

O rolamento pode ser sem vedação ou então ter as seguintes vedações:

  • Vedação ZZ = para pó e poeira
  • Vedação 2RS = para pó, poeira, líquido e umidade.

Portanto, Arnoldo faz a recomendação: “ao retirarmos o rolamento, geralmente temos que bater no seu anel interno, isso vai fazer com que ele se danifique e perca sua vida útil. Por isso, devemos sempre substituí-lo. E quando colocarmos o novo, devemos ter uma ferramenta que apoie no seu anel externo somente para não danificá-lo.”

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Saiba como fazer a troca de um compressor com inversor de frequência

O compressor de refrigeração é como o coração humano, bombeia o fluido refrigerante por todo sistema de refrigeração de acordo com o seu RPM (rotação por minuto) e deslocamento volumétrico por revolução (cc/rev). Fazendo essa analogia, o mesmo cuidado que temos com o coração humano para um transplante, devemos ter cuidado na troca de um compressor, ainda mais se tratando de compressores com inversor de frequência.

Mecanicamente falando, as mesmas boas práticas de refrigeração adotadas para qualquer compressor – seja ele alternativo, rotativo ou scroll – devem também ser adotadas para um compressor com inversor de frequência, também conhecido como VCC (Variable Capacity Compressor). Para nos explicar como realizar esse procedimento, falamos mais uma vez com o nosso colega Anderson Oliveira, professor e fundador do canal INTAC:

Compressor com inversor de frequência: opte pelo original

“É sempre recomendado que os componentes elétricos, placas eletrônicas, módulos sejam sempre originais e, se possível, da mesma marca e principalmente do mesmo valor de tensão e corrente elétrica” esclarece Anderson. “Dessa forma, evita-se qualquer desvio de funcionamento do compressor novo, em relação ao componente eletroeletrônico do compressor avariado”, acrescenta. 

Lembre-se: os processos de recolhimento de fluido, pressurização, substituição do filtro secador, brasagem com presença de nitrogênio seco e testes de estanqueidade de acordo com os valores recomendados pelo fabricante devem ser seguidos à risca. 

O professor ainda faz um alerta: “qualquer desvio de procedimento de substituição do compressor pode proporcionar perda de rendimento ou até mesmo avarias no compressor, mesmo sendo novo”.

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Referência cruzada de compressores: é possível substituir modelos antigos?

E o inversor?

O inversor é o componente eletroeletrônico que faz as variações de RPM e, consequentemente, cc/rev de acordo com as variáveis de temperaturas enviadas pelos sensores (geralmente NTC/PTC), conhecidas também como entradas analógicas. E se a proposta do compressor com inversor é modular sua capacidade de acordo com as variáveis de temperatura, não há como ele funcionar sem este componente

Na substituição do compressor com inversor, Oliveira afirma “não é aconselhável que se faça o que conhecemos como ‘partida direta’, ou seja, ignorar o inversor (módulo) e energizar o compressor diretamente na rede. Esse procedimento não é 

recomendado pelo fabricante e pode sim ocasionar a sua queima”. Lembre-se que todos os compressores passam por setores de qualidade na linha de produção, onde são feitos todos os testes de acordo com normas nacionais e internacionais.

É preciso substituir o inversor (módulo)?

Se a rede elétrica do seu cliente estiver muito bem dimensionada, de acordo com a NBR5410, sem nenhum tipo de interferência com relação à parte eletrônica do sistema, é muito provável que o inversor (módulo) do compressor avariado esteja funcionando bem e provavelmente não será necessária sua troca. No entanto, é importante deixarmos claro que o fabricante do produto é quem tem um know-how para confirmar se há ou não a necessidade de fazer a troca do mesmo.

Por fim, Oliveira aconselha: “sempre utilize uma bomba de vácuo com o óleo em dia, vacuômetro e uma balança de precisão. A parte mecânica é tão predominante quanto os cuidados com os componentes eletroeletrônico”.

Confira: Aprenda a fazer o teste de superaquecimento em um sistema de refrigeração

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Referência cruzada de compressores: é possível substituir modelos antigos?

O compressor é tão importante para a refrigeração que podemos até denomina-lo como “coração” do sistema. O problema é que, uma hora ou outra, será necessário substituir essa peça. Mas, dependendo da vida útil do seu aparelho, pode ser que o modelo do compressor original tenha sido descontinuado, ou seja, não é mais fabricado. E agora, o que fazer?

Seja para reduzir seus custos de produção ou aprimorar a eficiência energética dos seus compressores, é comum que alguns modelos ultrapassados deixem de ser produzidos. No entanto, isso não necessariamente será um problema para o técnico de refrigeração, que poderá substituir modelos antigos por compressores mais atuais. 

Mas todo cuidado deve ser tomado na hora de fazer a mudança, e para ajudar nesse procedimento, separamos alguns pontos que devem ser observados: 

1- Temperatura de evaporação

É importante que o compressor que vai substituir o antigo modelo tenha a mesma faixa de temperatura de evaporação para não comprometer o funcionamento. Em algumas ocasiões, é possível conseguir essa informação no compressor a ser substituído. Caso seu modelo não forneça essas informações, é possível obtê-la do sistema de refrigeração:

  • geladeiras e freezers estão sempre na faixa de baixa temperatura de evaporação (LBP);
  • expositores de bebidas, por exemplo, normalmente estão na faixa de média temperatura de evaporação (MBP).

Na prática, os fabricantes têm tabelas classificando os compressores por temperatura de evaporação e os tipos de equipamentos/ sistemas associados.

2- Fluido refrigerante

A recomendação  é manter o fluido refrigerante utilizado pelo compressor antigo. Contudo, hoje em dia, devido ao Protocolo de Montreal, fluidos como o R12 não são mais fabricados, sendo necessário substituir todo o fluido do sistema.

Caso haja necessidade de substituir o fluido, é recomendado uma limpeza rigorosa do sistema. Além de retirá-lo, é preciso também remover o óleo lubrificante.

3- Tensão e frequência

É importante lembrar que o compressor deve ter a mesma tensão e frequência do anterior, o que pode atrapalhar muitos refrigeristas. 

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4- Torque de partida

Compressores podem ter baixo ou alto torque de partida e não dá para usar um no lugar do outro. É preciso verificar tal informação antes de prosseguir com a substituição.

Caso esta informação não esteja disponível, o próprio aparelho dará a indicação de qual tipo de torque é necessário do compressor. O tubo capilar exige compressor com baixo ou alto torque de partida; a válvula de expansão exige compressor com alto torque de partida.

5 – Capacidade do sistema de refrigeração

O compressor novo deve ser compatível com a carga térmica do sistema. Pode-se aceitar uma variação de até 10% a mais ou a menos do que a carga, mas não mais do que isso.

Leia também: Conheça a Embraco, a marca responsável por um a cada cinco compressores utilizados no mundo

Essencial para manter o fluxo de massa do fluido no sistema de refrigeração, qualquer problema com esse componente pode trazer eventuais dores de cabeça. E ninguém quer ter problemas com o aparelho, não é? Com essas dicas, você será capaz de dominar o assunto. Mãos à obra. 

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