Recomendações de segurança para quem trabalha com fluidos refrigerantes

Como sabemos, o manuseio de qualquer tipo de fluido refrigerante, seja ele inflamável ou não, é um trabalho realmente perigoso. Por esse motivo, os procedimentos de carga, recolhimento e recarga desses compostos devem ser executados em total conformidade com as normas de segurança do setor e as orientações fornecidas por seus fabricantes.

Na fase líquida, os fluidos frigoríficos podem causar queimaduras na pele, devido à baixa temperatura. Na fase gasosa, em altas concentrações num ambiente pouco ventilado, há risco de asfixia.

Conforme esclarece o material didático do Treinamento e Capacitação para Boas Práticas em Sistemas de Ar-Condicionado do Tipo Split, do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs, o manuseio seguro dessas substâncias demanda dos refrigeristas atenção redobrada, além de ferramentas e equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, itens que todos nós encontramos facilmente nas lojas da Frigelar.

Vamos agora recordar quais requisitos de segurança são aplicáveis e devem ser cumpridos durante os trabalhos com fluidos refrigerantes:

– Sempre use óculos de segurança. O contato com os olhos pode causar graves queimaduras. Em caso de acidente, lave imediatamente os olhos com muita água e procure assistência médica;

– Sempre use luvas de proteção. O fluido frigorífico no estado líquido e o lubrificante nele contido não devem entrar em contato com a pele. Em caso de contato, lave imediatamente a área afetada com bastante água e procure assistência médica. Luvas de couro e têxteis não são adequadas. Por isso, dê preferência a luvas de elastoméricas;

– Ventile bem os ambientes fechados, pois existe risco de asfixia quando fluidos frigoríficos vazam em locais com baixa renovação de ar. Por serem mais pesados do que o ar, a partir de uma certa concentração, em torno de 12% do volume de ar, haverá falta de oxigênio para a respiração, podendo acarretar problemas de inconsciência e cardiovasculares nas pessoas, causados pelo estresse devido à falta de oxigênio;

– É proibido fumar ao manusear fluidos frigoríficos. A cinza de cigarros pode resultar na decomposição do refrigerante, causando a geração de substâncias tóxicas;

– Risco de incêndio também existe em sistemas que utilizam fluidos frigoríficos não inflamáveis. O incêndio pode ser causado por meio da ignição de resíduos de óleo e o material de isolamento, bem como pela névoa de óleo na ocorrência de vazamentos de grandes proporções.

Primeiros socorros em caso de acidentes

No caso de ferimentos e queimaduras causados pelo contato de fluido frigorífico líquido com a pele, deve-se remover a roupa e lavar a área afetada com água normal. No caso dos olhos, recomenda-se lavá-los continuamente por 15 a 20 minutos. Em seguida, a pessoa deve procurar assistência médica profissional.

No caso de asfixia de um colega durante o trabalho, entre imediatamente em contato com os serviços de emergência da sua cidade (Samu ou Corpo de Bombeiros).

Além de fluidos refrigerantes e agentes de limpeza, lojas da Frigelar dispõem de amplo portfólio de ferramentas, EPIs e outros acessórios essenciais às boas práticas na refrigeração

Emenda de Kigali: agora é pra valer

Sabia que entrou oficialmente em vigor, em janeiro, a tão falada Emenda de Kigali? Pois bem, trata-se de um complemento do Protocolo de Montreal, aquele que a gente ouviu falar tanto quando a prioridade internacional, sob o ponto de vista do meio ambiente, era eliminar os clorofluorcarbonos (CFCs) destruidores da camada de ozônio, nosso escudo invisível contra os raios UV.

Agora, a bola da vez nesse campo é substituir os fluidos refrigerantes com grande potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) por outros como as hidrofluorolefinas (HFOs).

Nessa mesma sintonia com a Emenda de Kigali, os principais fabricantes mundiais de equipamentos para refrigeradores e ar-condicionado – a grande maioria muito conhecida por aqui – está apressando o passo no desenvolvimento de máquinas compatíveis esses novos fluidos. Nomes famosos como Emerson, Tecumseh e Danfoss têm dado exemplos repetidos dessa postura.

Na ponta dos usuários, os supermercados demonstram grande preocupação com o assunto. Tanto é que mais de 20 mil deles mundo afora já adotaram o Solstice N40 (R-448A), da Honeywell, no lugar do R-404A.

O R-448A também pode ser usado na substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, substância nociva à camada de ozônio e que também afeta o clima do planeta, devido ao seu GWP.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar

O Solstice N40 é uma mistura composta pelos hidrofluorcabonos (HFCs) R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das HFOs R-1234yf (20%) e R-1234ze (7%).

Além de ser atóxica, não inflamável e possuir GWP 65% menor que o do R-404A, a substância normalmente não exige alterações de componentes nos sistemas de refrigeração comercial durante o retrofit, e isso indica excelentes condições de crescimento também no próprio país.

Caso tenha alguma dúvida técnica ou comercial sobre o Solstice N40, consulte o pessoal Frigelar onde você costuma fazer suas compras, pois as lojas da rede estão comercializando os fluidos refrigerantes da Honeywell com exclusividade no Brasil.

Como descartar corretamente geladeiras e compressores

A responsabilidade ambiental de todos nós, refrigeristas, não se limita ao recolhimento e à correta destinação dos fluidos refrigerantes a cada manutenção realizada.

O descarte de refrigeradores e compressores, por exemplo, também requer atenção especial para evitar danos ao meio ambiente, que podem perdurar anos a fio após o término de suas vidas úteis.

Esses problemas ocorrem em virtude da liberação de substâncias como metais pesados e gases prejudiciais às plantas, animais e aos seres humanos, é claro.

No caso dos refrigeradores, existem mais de 600 componentes, sendo que 95% deles são passíveis de reciclagem, podendo retornar à indústria como insumos. Os poucos inutilizáveis devem ser encaminhados à destinação final de resíduos, conforme prevê a NBR 15833.

Além disso, grandes varejistas de eletrodomésticos aceitam equipamentos em bom estado como parte do pagamento na compra de um novo aparelho.

Já os compressores, embora possuam menos elementos, apresentam um aspecto a mais a ser observado: o perigo provocado pelo vazamento de óleo durante o transporte. O problema pode ser resolvido com a lacração dos passadores por refrigeristas ou empresas especializadas.

Outra ameaça constante é o escape para a atmosfera de fluidos refrigerantes, o que pode perfeitamente ser evitado com o recolhimento, feito sempre por um especialista e com o ferramental correto, antes que todo o conjunto seja encaminhado para descarte.

E por falar em fluidos refrigerantes, a área de meio ambiente da Frigelar presta consultoria e treinamento para gestão de sistemas de refrigeração e climatização, com foco na preservação ambiental.

A empresa possui um dos principais centros de regeneração do Brasil, com autorização do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para realizar a logística e os procedimentos de limpeza de embalagens, transvasagem e armazenagem de todos os tipos CFCs, HCFCs e HFCs.

Esse centro de regeneração atende a todas leis e normas do setor vigentes (Conama 267 e ISO 14000), fornecendo assim as documentações necessárias para cumprimento das exigências ambientais.

A hora e a vez dos hidrocarbonetos

Bem, você já deve ter percebido que os gases naturais R-290 (propano) e R-600a (isobutano) chegaram mesmo para ficar.

Caso contrário, um fabricante de compressores do porte da Embraco não teria hoje mais de 500 modelos, com diferentes tensões, eficiências e capacidades, adotando essas substâncias.

Os motivos para esse sucesso começam pelo baixo impacto ambiental, considerando aspectos como a preservação da camada de ozônio e o não agravamento do aquecimento global, e incluem a maior eficiência energética, que ajuda a natureza e também o bolso do usuário.

Mas, como nada é perfeito nesse mundo, os hidrocarbonetos são inflamáveis, o que deixa uma tremenda responsabilidade para nós, refrigeristas, pois a segurança da sua utilização depende de uma série de cuidados em campo.

Pra começar, uma carga deve sempre ser abaixo de 150 g, para impedir a possibilidade de criação de uma atmosfera explosiva, em caso de vazamento.

Mas também é necessário tomar bastante cuidado nas etapas de transporte, armazenagem, manuseio, instalação, operação, manutenção e descarte, pois em todas elas existem riscos.

Anote algumas dicas básicas do pessoal da Embraco para quem deseje trabalhar de forma segura com os HCs:

  • Nunca realize manutenção em produtos energizados.
  • Tenha disponível um detector de vazamento para gases inflamáveis, pois propano e isobutano não possuem odor.
  • Use disjuntores residuais (DR) de no máximo 30mA e bipolares para ligações bifásicas.
  • Garanta o aterramento de todo o sistema. Conduza uma análise de risco para determinar se o local é apropriado para operar.
  • O local de trabalho deve ser livre de fontes de ignição, como chamas ou dispositivos elétricos que gerem faíscas. Ex.: chaves de luz.
  • Assegure a existência de extintores de incêndio.
  • Utilize óculos e luvas de proteção quando estiver trabalhando com HCs.
  • Use cortador de tubos para desconectar o compressor e as tuberias, jamais maçarico.
  • Boa ventilação é essencial para reduzir o risco de formação de mistura inflamável.
  • Defina um programa de manutenção preventiva. Faça um checklist incluindo a inspeção periódica por vazamentos. A presença de óleo pode indicar pontos de vazamento de fluido refrigerante.
  • Use somente ferramentas e equipamentos aprovados para operarem em áreas perigosas.

Agora já temos mais informações sobre esse importante assunto, mas lembre-se: sempre vale a pena participar de cursos e treinamentos a respeito.

Bem cuidada, recolhedora vai longe

Você sabe muito bem, meu amigo, que um dos equipamentos mais caros e importantes do nosso dia a dia é a recolhedora de fluido refrigerante.

Nada melhor, então, do que conservá-la muito bem para que dure os cerca de dez anos de vida útil previstos por fabricantes da área.

Um dos primeiros cuidados a tomar se refere à tela de filtro de malha existente na porta de entrada do aparelho. Ela deve ser inspecionada antes de cada trabalho e limpa ou substituída sempre que estiver excessivamente suja ou entupida.

Existe em nosso meio até quem recomende a troca do filtro secador antes de um novo recolhimento, principalmente se houver compressor queimado no sistema, conhecida causa de sujeira e óleo espalhados.

Mas a gente sabe que alguns colegas nem sequer usam esse componente em sua recolhedora, prática prejudicial não só para o aparelho em si, como também a própria máquina reparada, com a possível entrada de partículas no compressor e a consequente perda de rendimento de todo o conjunto.

Outra providência recomendada é a purificação da recolhedora após cada serviço, a famosa purga, evitando assim que eventuais misturas de refrigerantes acabem causando contaminações cruzadas nos próximos trabalhos, além de diminuir o desgaste do rolamento do cárter.

Se houver óleo dentro do sistema, uma prática igualmente recomendável é aplicar fluido passante no equipamento, procedendo a limpeza final com R-141b.

Por fim, fique esperto para alguns sinais típicos de problemas na recolhedora. Se ela demorar muito para atingir uma pressão alta ou se apresentar batidas e ruídos estranhos ao operar, pode ser necessário substituir vedações, rolamentos e válvulas.

Bem, agora você está sabendo como cuidar melhor desse inseparável companheiro da nossa rotina.

Na próxima conversa sobre esse assunto, vou falar sobre a hora de reparar ou substituir o equipamento.

Até lá!

Fluidos refrigerantes para todas as necessidades

Dia desses eu estava na Frigelar, atualizando meu estoque de fluidos refrigerantes, e pensei em dividir com vocês o que eu vi por lá: a loja tem uma linha completa indicada para todas as aplicações de refrigeração comercial e ar-condicionado.

O vendedor informou que a marca EOS é confiável e atende a todos os requisitos da entidade americana do HVAC-R, a American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Enginners – a famosa Ashrae.

Fluidos refrigerantes EOS atende a todos os requisitos da Ashrae

As vantagens dos fluidos refrigerantes EOS incluem garantia de qualidade e fornecimento, assistência técnica para uma melhor utilização e capacitação técnica para a emissão de certificado de análise, em laboratório químico especialmente capacitado para essa função.

Além disso, a Frigelar é distribuidor exclusivo da Honeywell International, mundialmente conhecida pela liderança no desenvolvimento de novos produtos e fabricante da linha Genetron.

Uma das novidades prometidas para breve por essa parceria é a chegada ao país da linha Performax LT (R-407F), Solstice N40 (R-448A) e o L40X (R-455A), fluidos refrigerantes que reduzem drasticamente o potencial de aquecimento global (GWP).

Fluido refrigerante Solstice N40, da Honeywell, estará disponível, em breve, nas lojas da Frigelar

Hidrocarbonetos com segurança

Como profissional consciente que é, você deve estar orientando seus clientes a utilizarem, na medida do possível, fluidos inofensivos à camada de ozônio e sem impacto sobre o efeito estufa nos seus sistemas de refrigerador e ar-condicionado.

Mas quando a opção recair sobre os hidrocarbonetos pentano (R-601) e isopentano (R-601a) é importante ter em mente a necessidade de cuidados especiais, pois, embora sejam recomendáveis do ponto de vista ecológico, esses refrigerantes são inflamáveis.

A primeira coisa a levar em conta ao trabalhar com eles é a existência de três ingredientes básicos para o início de um incêndio: um combustível na concentração certa, uma quantidade de oxigênio e uma fonte de ignição.

Neutralizar o risco apresentado pelo combustível requer o seu confinamento, seja num cilindro ou no próprio sistema de refrigeração, evitando-se que ele se espalhe por outras áreas, em caso de vazamento.

Quanto ao ar, embora ele seja um dos fatores da combustão, também funciona como dispersante do gás eventualmente liberado no ambiente, o que faz da boa ventilação outra forte aliada contra acidentes.

Por fim, as fontes de ignição devem ser eliminadas, com o exame detalhado de faíscas produzidas pelo sistema ou nas suas vizinhanças, o que inclui aparelhos elétricos, ferramentas de soldagem e corte, superfícies quentes, chamas abertas de equipamentos de aquecimento e materiais presentes em fumaças.

Pronto, agora você está mais inteirado sobre o assunto. Mas lembre-se: para qualquer alteração no projeto inicial e/ou substituição do fluido refrigerante original por outro de diferente classificação, é sempre recomendável consultar o fabricante do equipamento.

Fluidos refrigerantes: por que recolher, reciclar e regenerar?

Todo profissional consciente sabe o quanto é grave liberar na atmosfera fluidos refrigerantes agressivos à camada de ozônio ou que tenham potencial de contribuir para o aquecimento global.

Trabalhar de forma ambientalmente responsável requer o conhecimento de três operações básicas para as quais precisamos estar preparados.

A primeira delas é o recolhimento, que consiste em retirar o fluido de um equipamento de refrigeração ou ar condicionado e armazená-lo em um recipiente provisório para que não vaze.

Em se tratando de quantidades reduzidas de fluido, aquelas que a gente retira, por exemplo, de refrigeradores domésticos, ar condicionado de janela e pequenos splits, pode-se aplicar o chamado recolhimento passivo, isto é, aproveitando a diferença de pressão entre o aparelho e o equipamento de armazenagem do fluido, que pode ser uma bolsa recolhedora ou um cilindro de vácuo.

Mas quando o assunto são grandes quantidades de carga entra em cena o recolhimento ativo, que requer a utilização de equipamento externo para forçar a sucção do fluido refrigerante no interior do aparelho e comprimir o gás em um cilindro pressurizado.

A reciclagem, por sua vez, é feita por estações de tratamento móveis que recolhem, reciclam e dão carga no sistema por meio de um único equipamento.

Em função dos danos causados à camada de ozônio, HCFCs estão sendo banidos

Na prática, significa retirar impurezas do fluido contaminado, de tal forma que ele possa ser reutilizado com segurança no aparelho de origem ou em qualquer equipamento similar. Neste processo, o fluido é destilado e filtrado, com a eliminação de partículas, óleo, umidade e gases não condensáveis.

Já a regeneração é feita apenas em centrais credenciadas pelo plano nacional de eliminação de gases que afetam a camada ozônio, pois este é o processo mais elaborado do tratamento de fluidos refrigerantes contaminados, resultando num grau de pureza igual ao da substância virgem.

Isto acontece porque o fluido tem suas partículas filtradas, com a retirada da umidade e acidez, separação de gases não condensáveis e óleo. O resultado de todo esse processo, que sempre precisa ser testado em laboratório, é um nível de pureza de 99,8%.

Bem, agora que você também se reciclou, mãos à obra para ajudar na preservação do nosso planeta.

Fluidos naturais requerem atenção redobrada

Com a substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, refrigerante que destrói a camada de ozônio e ainda colabora para o aquecimento global, você já deve ter notado que estão cada vez mais presentes no mercado fluidos naturais como o dióxido de carbono (CO2), a amônia (NH3) e os hidrocarbonetos (HCs).

Essas substâncias não afetam a camada de ozônio e causam baixíssimo ou nenhum impacto climático, o que tem ampliado seu uso no mercado.

Até aí, tudo bem, mas certos fluidos naturais têm diferentes graus de inflamabilidade e toxidade, o que requer cuidados especiais durante sua armazenagem, manuseio e transporte.

O dióxido de carbono, por exemplo, é fornecido em cilindros de 25 kg a 45 kg, sendo que maiores quantidades podem ser adquiridas em minitanques equipados com bombas de líquido para serem conectados diretamente ao sistema. Nesses casos, é muito importante observar que a pressão do equipamento esteja menor em relação à do tanque.

Em se tratando da amônia, ela deve ser devidamente armazenada e transportada até o seu destino final, havendo no mercado cilindros de vários tamanhos e até grandes tanques fornecidos em caminhões.

Dentre os recipientes adequados para o seu armazenamento em estado líquido estão as garrafas de aço, cromo, teflon, PVC e ferro, podendo também a substância ser estocada em cilindros constituídos por cromo-níquel, aço-cromo e outras ligas metálicas.

Baixo impacto ambiental favorece uso de hidrocarbonetos e outras substâncias naturais como fluidos refrigerantes

Já os hidrocarbonetos, na sua grande maioria, são vendidos em cilindros descartáveis semelhantes aos de fluidos frigoríficos sintéticos, porém variando entre 5 kg e 6,5 kg. Existem ainda embalagens pequenas descartáveis de até 1 kg.

Na hora de comprar fluidos naturais também é importante você verificar se o grau de pureza é menor que 5 partes por milhão (ppm) de H2O, evitando com isso qualquer risco de reação química entre o fluido frigorífico e o lubrificante.

Por falar em compressor, a maioria dos fabricantes da área recomenda um conteúdo de umidade misturado ao óleo variando entre 30 ppm e 50 ppm de H2O para evitar as reações químicas e degradação do equipamento.

Cuidados especiais também são necessários em relação à armazenagem dos fluidos naturais, que deve ser feita, de preferência, em área coberta, seca, ventilada, com piso impermeável e afastada de materiais incompatíveis.

Por fim, vale lembrar que qualquer tipo de refrigerante, seja ele natural ou sintético, deve sempre ser adquirido de empresa idônea e ser de procedência legal.

Aliás, sempre tenha em mente que fluidos de origem duvidosa representam um alto risco, tanto para o usuário quanto para o equipamento refrigerador. Além disso, se houver qualquer violação da etiqueta do produto, fique esperto e não o utilize.

Tanque de amônia em fábrica de gelo: fluido refrigerante tóxico demanda cuidados especiais em relação aos procedimentos de segurança

Cilindros, saiba como usá-los

Eles são nossos grandes companheiros, presentes em boa parte dos serviços executados no dia a dia. Mas, se usados indevidamente, os cilindros de fluidos refrigerantes podem ser responsáveis por serviços malfeitos e até mesmo acidentes.

Vamos, então, conferir alguns cuidados básicos existentes no seu manuseio.

A primeira coisa a ser lembrada é que os fluidos refrigerantes são líquidos e, como tal, podem se dilatar sob altas temperaturas, o que torna desaconselhável deixar os cilindros expostos ao sol, no interior de carros e em locais com temperatura superior a 50 ºC.

Na hora do envaze, eles não devem ser sobrecarregados, valendo como regra geral de segurança o preenchimento de no máximo 80% da capacidade indicada no rótulo do cilindro.

Para evitar falhas, enganos e contratempos, jamais misture diferentes tipos de fluidos refrigerantes num mesmo cilindro, muito menos utilize um recipiente rotulado com outra substância.

Evite ainda a prática de deslocar refrigerantes a baixas temperaturas de ebulição em cilindros previstos para conter refrigerantes a temperaturas mais altas.

Fique de olho, também, se o cilindro está livre de contaminação por óleo, ácido ou umidade, evitando assim problemas técnicos no equipamento que vai receber a carga. Aliás, vale aqui uma dica extra: mantendo fechada a válvula do cilindro vazio você impede a penetração de umidade.

Outra coisa muito importante é nunca reutilizar cilindros descartáveis, pois eles foram projetados para apenas um envaze e não possuem válvula de segurança.

Pronto, agora que você relembrou alguns dos principais cuidados envolvendo os cilindros de refrigerantes, é só sair em campo e realizar bons serviços utilizando melhor ainda esse nosso grande aliado.