Ashrae aprova Solstice N41

A Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar-Condicionado (Ashrae, na sigla em inglês) homologou o Solstice N41 (R-466A), o primeiro substituto não inflamável (A1) para o R-410A.

Um dos grandes diferenciais competitivos do produto desenvolvido pela Honeywell é o seu potencial de aquecimento global (GWP) 65% menor que o do seu antecessor.

A indústria química norte-americana, cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, anunciou o desenvolvimento do R-466A em junho do ano passado, o que despertou enorme interesse da indústria de ar condicionado em todo o mundo.

Após testes iniciais de desempenho feitos com o fluido frigorífico em um sistema com fluxo de refrigerante variável (VRF), a Toshiba Carrier descreveu o R-466A como “promissor”.

Segundo o fabricante, a eficiência e a capacidade de resfriamento e aquecimento dos sistemas VRF usando o Solstice N41 são muito semelhantes a dos sistemas que usam R-410A.

Os testes apontaram que seu desempenho climático durante o ciclo de vida, incluindo as emissões diretas e indiretas, mostra que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do uso do R-466A são 30% menores do que as do R-410A.

Ademais, as pressões de trabalho do Solstice N41 são ligeiramente inferiores às do R-410A, o que reduz a necessidade de redesenho do sistema e, consequentemente, o custo de conversão para a indústria.

Os fluidos aprovados anteriormente para substituir o R-410A, como o R-32 e o R-454B, são gases levemente inflamáveis (A2L). Como tal, são adequados apenas para sistemas residenciais e unidades comerciais menores, e não permitidos em sistemas VRF de carga maior. O Solstice N41 ainda tem um GWP de 733, índice semelhante ao das alternativas A2L.

Para a Honeywell, o fluorquímico tem tudo para se tornar o próximo grande avanço global na área de refrigerantes. “Desenvolvemos o Solstice N41 para enfrentar os muitos desafios regulatórios e de segurança do setor”, diz George Koutsaftes, presidente da divisão de materiais avançados da companhia.

Afinal de contas, suas “propriedades o tornam uma tecnologia inovadora para a indústria”, acrescenta o executivo.

De acordo com a Honeywell, o Solstice N41, assim como o R-410A, é composto pelos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-32 e R-125, mas com adição de um novo componente – um agente supressor de fogo conhecido como trifluoroiodometano (CF3I). É essa substância que proporciona ao novo fluido frigorífico seu GWP mais baixo e assegura a sua não inflamabilidade.

Honeywell amplia oferta de HFO na Europa

A Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, anunciou que fez um acordo comercial com uma grande empresa global para ampliar a oferta do Solstice N40 (R-448A) na União Europeia (UE).

O objetivo é atender à crescente demanda pela substância à base de hidrofluorolefina (HFO), devido às regulamentações ambientais do bloco econômico e à necessidade de elevar a eficiência energética dos sistemas refrigeradores e ar-condicionado.

“Identificamos o R-448A como um produto que complementaria nosso portfólio e daria aos nossos clientes uma opção que atende às necessidades do mercado europeu”, disse o distribuidor.

O Solstice N40 é um refrigerante atóxico e não-inflamável (A1) de menor potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) desenvolvido para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A em sistemas de refrigeração instalados em supermercados, permitindo uma redução de até de 16% no consumo de energia.

Segundo a Honeywell, o R-448A pode ser usado em novas instalações e na modernização de sistemas existentes que operam com fluidos frigoríficos de alto GWP.

“O Solstice N40 permite que os supermercados e outros clientes dos segmentos de refrigeração comercial e industrial reduzam emissões de carbono e consumo de energia, ao mesmo tempo em que os ajuda a cumprir aos rigorosos requisitos legais acerca dos gases fluorados com efeito estufa”, disse Julien Soulet, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell na Europa, Oriente Médio e África.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar

Segundo o executivo, o Solstice N40 já é uma das principais alternativas de menor impacto climático para supermercados. “A expansão da rede de distribuição da Honeywell na Europa tornará o produto mais acessível aos clientes, ajudando a acelerar a adoção de refrigerantes ambientalmente amigáveis e energeticamente eficientes”, acrescentou.

Para quem não sabe, a Honeywell é líder mundial no desenvolvimento, fabricação e fornecimento de refrigerantes vendidos globalmente com as marcas Solstice e Genetron para uma ampla variedade de aplicações.

Recentemente, a multinacional e seus fornecedores concluíram um programa de investimento de US$ 900 milhões em pesquisa, desenvolvimento e ampliação de capacidade de produção de HFOs.

Acidentes por inalação: mais frequentes do que se imagina, mas quase sempre evitáveis

Embora muitos colegas acreditem que os maiores riscos enfrentados em nossa lida diária sejam as quedas e os choques elétricos, a exposição a substâncias químicas no ar e o consequente sufocamento ainda preocupam bastante.

Os refrigerantes químicos gasosos pressurizados, por exemplo, fazem parte do nosso trabalho e devem ser tratados sempre com atenção especial, já que não é apenas o lado ambiental do seu uso a ameaça trazida aos seres humanos, conforme demonstram estatísticas do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.

De acordo com aquele órgão, 38 técnicos do setor de climatização e refrigeração perderam a vida entre 2010 e 2015 por terem ficado expostos a substâncias ou ambientes nocivos.

Embora a maioria dos refrigerantes seja atóxica, sua presença em espaços apertados, com ventilação deficiente, pode deslocar o oxigênio e tornar o ar irrespirável.

Um caso típico é o do nitrogênio, que, mesmo respondendo por 78% da composição da nossa atmosfera, pode se tornar excessivo se vazar num tanque pressurizado.

Pelo fato de ser incolor e inodoro, o problema não é percebido sem instrumentos, podendo baixar a concentração de oxigênio, causa frequente de desmaios e danos irreversíveis no cérebro.

Outro tipo de asfixia relativamente comum é o provocado por gases mais pesados que o ar, como o dióxido de carbono e grande parte dos próprios refrigerantes.

Ao se misturar com o ar, eles o jogam para a parte superior do ambiente, causando um efeito semelhante ao provocado pela mistura entre água e óleo.

Finalmente, há o perigo típico de ambientes industriais onde o tratamento do ar se destina a ventilar gases tóxicos como o cloro e também o subproduto da mistura de líquidos utilizados na limpeza que contenham em sua fórmula amônia e alvejantes.

Tão perigoso quanto esses gases é o fosgênio gerado durante a brasagem de certos metais e também num antigo teste de vazamento para sistemas com R-12 e R-22.

Bem, você deve estar se perguntando sobre as formas de evitar graves problemas como os descritos aqui. Uma delas, sem dúvida, é melhorar a qualidade da atmosfera nos ambientes fechados, bombeando para lá o ar externo.

O outro é usar sempre ferramentas de trabalho adequadas, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), detectores de monóxido de carbono, medidores do nível de oxigênio e até mesmo kits de respiração para os locais mais arriscados.

Já os recipientes (cilindros de serviço para recolhimento, carga, transporte) e o manuseio de fluido frigorífico devem atender às normas ABNT NBR 13598/2011 (Vasos de Pressão para Refrigeração), ABNT NBR 15960/2011 (Fluidos frigoríficos – Recolhimento, reciclagem e regeneração – 3Rs) e DOT 4BA (norma que informa tipo, capacidade e pressão de trabalho dos cilindros).

E lembre-se, jamais vale a pena colocar a sua segurança em jogo, por mais que se precise de um determinado serviço ou emprego, pois em alguns segundos respirando mal, você pode ter danos irreparáveis nos seus pulmões, olhos e cérebro

Emenda de Kigali: agora é pra valer

Sabia que entrou oficialmente em vigor, em janeiro, a tão falada Emenda de Kigali? Pois bem, trata-se de um complemento do Protocolo de Montreal, aquele que a gente ouviu falar tanto quando a prioridade internacional, sob o ponto de vista do meio ambiente, era eliminar os clorofluorcarbonos (CFCs) destruidores da camada de ozônio, nosso escudo invisível contra os raios UV.

Agora, a bola da vez nesse campo é substituir os fluidos refrigerantes com grande potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) por outros como as hidrofluorolefinas (HFOs).

Nessa mesma sintonia com a Emenda de Kigali, os principais fabricantes mundiais de equipamentos para refrigeradores e ar-condicionado – a grande maioria muito conhecida por aqui – está apressando o passo no desenvolvimento de máquinas compatíveis esses novos fluidos. Nomes famosos como Emerson, Tecumseh e Danfoss têm dado exemplos repetidos dessa postura.

Na ponta dos usuários, os supermercados demonstram grande preocupação com o assunto. Tanto é que mais de 20 mil deles mundo afora já adotaram o Solstice N40 (R-448A), da Honeywell, no lugar do R-404A.

O R-448A também pode ser usado na substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, substância nociva à camada de ozônio e que também afeta o clima do planeta, devido ao seu GWP.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar

O Solstice N40 é uma mistura composta pelos hidrofluorcabonos (HFCs) R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das HFOs R-1234yf (20%) e R-1234ze (7%).

Além de ser atóxica, não inflamável e possuir GWP 65% menor que o do R-404A, a substância normalmente não exige alterações de componentes nos sistemas de refrigeração comercial durante o retrofit, e isso indica excelentes condições de crescimento também no próprio país.

Caso tenha alguma dúvida técnica ou comercial sobre o Solstice N40, consulte o pessoal Frigelar onde você costuma fazer suas compras, pois as lojas da rede estão comercializando os fluidos refrigerantes da Honeywell com exclusividade no Brasil.

Homologação do R-466A entra em fase final na Ashrae

O R-466A, uma mistura desenvolvida pela Honeywell para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-410A em novos equipamentos, acaba de ser classificada como atóxica e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado, a famosa Ashrae.

Com isso, o processo de aprovação da nova substância entrou em sua fase final e deve ser concluído nos próximos meses pelo comitê de designação e classificação de segurança da principal entidade técnica mundial do HVAC-R.

Segundo a indústria química norte-americana, cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, o produto será introduzido no mercado a partir do segundo semestre deste ano e comercializado sob a marca Solstice N41.

Devido ao seu potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) de apenas 733, o R-466A despertou grande interesse quando a Honeywell anunciou seu desenvolvimento, em junho do ano passado.

A Toshiba Carrier, por exemplo, descreveu como “promissor” o Solstice N41, após a realização de testes iniciais de desempenho feitos com o produto em sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF).

De acordo com a Honeywell, o R-466A é composto pelos HFCs R-32 e R-125 e 39,5% de CF3I, um supressor de fogo também conhecido como trifluoroiodometano. É o CF3I que proporciona ao novo fluido frigorífico seu GWP mais baixo e assegura a sua não inflamabilidade.

Para garantir o sucesso comercial da nova substância, a Honeywell trabalhou em conjunto com mais de 15 fabricantes globais de compressores e componentes de refrigeração durante seu desenvolvimento, nos últimos dois anos.

As equipes de tecnologia da empresa baseadas em Buffalo, nos EUA, conduziram testes de compatibilidade relevantes. Além disso, resultados consistentes foram relatados pelas indústrias.

Inclusive, um dos compressores utilizados em resfriadores de líquido e sistemas de ar-condicionado residencial ultrapassou cinco mil horas de operação, dizem fontes ligadas à Honeywell.

Os ensaios também demostraram que o R-466A corresponde ao R-410A em termos de eficiência, tanto em aquecimento quanto em resfriamento. Em alguns casos, o Solstice N41 até chega a proporcionar um aumento de 5% na performance do sistema.

Além de sua não inflamabilidade, o R-466A não possui altas temperaturas de descarga, como seu principal rival, o R-32, um fluido refrigerante atóxico classificado como levemente inflamável (A2L) pela Ashrae.

Embora o CF3I seja prejudicial à ozonosfera, seu potencial de destruição de ozônio (ODP) é extremamente insignificante e, portanto, o R-466A não enfrenta nenhum tipo de restrição por parte do Protocolo de Montreal, conforme destaca a Honeywell.

Baixo custo de conversão

O principal objetivo a ser alcançado pela Honeywell durante o desenvolvimento do Solstice N41 foi replicar nele as características do R-410A, a fim de poupar os fabricantes de equipamentos de investir no redesenho de seus produtos.

Por isso, a empresa afirma que sua adoção quase não acarretará custos de conversão para os fabricantes, uma vez que componentes do mesmo tamanho feitos para sistemas com R-410A podem ser usados nas máquinas desenvolvidas para operar com R-466A.

Apesar de sua estreita similaridade com o R-410A, o Solstice N41 não é nenhuma solução milagrosa para retrofits em sistemas existentes. Na melhor das hipóteses, a unidade condensadora precisará ser substituída.

Gostou da novidade, refrigerista? Então, deixe abaixo sua opinião sobre as mudanças que vêm ocorrendo no mercado mundial de fluidos refrigerantes.

Teste comprova eficiência do Solstice N41 em sistemas VRF

Vou contar para vocês mais uma grande novidade. É o seguinte, pessoal: a Toshiba Carrier descreveu como “promissor” o Solstice N41 (R-466A), o novo substituto não inflamável da Honeywell para o R-410A, após o teste inicial de desempenho feito com o fluido frigorífico em um sistema de ar-condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês).

As descobertas foram apresentadas em um simpósio sobre novos refrigerantes organizado pela associação de fabricantes japoneses (JRAIA), em Kobe, em dezembro passado.

A Honeywell anunciou o desenvolvimento do R-466A em junho do ano passado, o que despertou um enorme interesse dos fabricantes de equipamentos, devido ao seu menor potencial de aquecimento global (GWP) e nenhum grau de toxicidade e inflamabilidade (A1).

As soluções desenvolvidas anteriormente para substituir o R-410A, como o R-32 e o R-454B, são gases levemente inflamáveis (A2L) adequados para sistemas residenciais e unidades comerciais menores, mas não aceitáveis para sistemas VRF de carga maior. O Solstice N41 ainda tem um GWP de 733, índice semelhante ao das alternativas A2L.

Embora a indústria de ar-condicionado não tenha divulgado detalhes acerca do teste no comunicado que fez à imprensa, a eficiência e a capacidade de resfriamento e aquecimento dos sistemas VRF usando o Solstice N41 são “muito similares” àquelas que usam o R-410A, segundo a Honeywell.

As pressões de trabalho do Solstice N41 também são ligeiramente inferiores às do R-410A. Seu desempenho climático durante seu ciclo de vida, ao incluir emissões diretas e indiretas de CO2, mostra que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes do uso do R-466A são 30% menores do que as do R-410A.

“Para atender às exigências legais de redução de HFCs adotadas recentemente pelo Japão, em função da ratificação da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, estamos buscando ativamente um substituto de próxima geração para o R-410A que seja energeticamente eficiente e seguro para nossos clientes e para o meio ambiente”, disse a Toshiba Carrier.

“Após o promissor teste inicial de desempenho, estamos entusiasmados em ver se o Solstice N41 pode ser uma alternativa segura para R-410A, o que poderia contribuir para o cumprimento das metas de redução de HFCs no Japão. Temos nos envolvido em testes de confiabilidade para lidar com o refrigerante recém-desenvolvido em sistemas VRF”, enfatizou a empresa.

“A Toshiba Carrier obteve, nos testes iniciais, uma grande prova de que o Solstice N41 está preparado para resolver um problema importante, tornando-se o próximo padrão global de refrigerantes”, afirmou Sanjeev Rastogi, vice-presidente e gerente geral de produtos fluorados da Honeywell.

“O que inventamos e atingimos com o Solstice N41 pode ser um verdadeiro avanço, pois ele fornece à indústria uma solução quase pronta que mantém os níveis de segurança em toda a cadeia de valor, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios ambientais significativos”, acrescentou o executivo.

A Honeywell, indústria química norte-americana cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, espera a aprovação completa da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) este mês, para disponibilizar o Solstice N41 aos fabricantes de equipamentos em meados deste ano.

Ar automotivo, prepare-se para o novo fluido

Os colegas que trabalham na climatização automotiva, segmento que não para de crescer no Brasil, precisam ficar atentos com relação a uma mudança que começou em 2011, na Europa, e logo estará na vida de todos.

Quem alerta é o instrutor de formação profissional da Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, Geraldo Arantes Filho, que atua há mais de 25 anos como docente da instituição e é coautor do livro Climatização Automotiva, da Editora Sesi Senai-SP.

Segundo o especialista, naquele ano, os carros começaram a ser fabricados utilizando a hidrofluorolefina (HFO) R-1234yf em substituição ao hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, por ser uma substância menos impactante no aquecimento global.

Agora, sete anos depois, boa parte daquela frota está prestes a entrar em manutenção, o que requer preparo especial por parte dos profissionais e oficinas especializadas na área.

Para quem trabalha por conta própria, um cuidado adicional recomendado envolve a aquisição de novos engates rápidos para as mangueiras, que passaram a ser totalmente diferentes.

A recicladora também mudou, pois agora requer um sistema interno de ventilação, devido ao fato de o HFO-1234yf possuir baixa inflamabilidade, conforme a classificação de segurança Ashrae 32-94 e ISO 817:2014.

Outra mudança envolve a pressão de trabalho, podendo variar de 36 a 46 psi, sendo superior à alcançada pelo R-134a. “Na prática, o sistema de climatização deverá resfriar mais rápido, mesmo o carro estando sob sol forte”, explica o professor Geraldo.

Quanto ao óleo, ele lembra que o ideal é usar o lubrificante adequado, que pode ser aplicado tanto em sistemas com o R-134a, quanto nos que já utilizam o novo refrigerante.

A grande mensagem que fica é a necessidade urgente de atualização empresarial e profissional, “pois começarão a entrar serviços especializados, com carros mais novos, e quem estiver sem ferramental adequado não vai conseguir atender a esse público”, arremata.

Fluidos refrigerantes de baixo GWP substituem R-134a

Você já notou que a cada dia aparecem no mercado novos fluidos refrigerantes?

Isso acontece porque prosseguem os esforços da indústria mundial do setor em busca de substâncias com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).

Dentre as últimas novidades do gênero, estão as hidrofluorolefinas (HFOs), como o R-1234yf e o R-1234ze(E), que possuem GWP inferior a 1, ou seja, eles são menos nocivos ao clima do planeta que o dióxido de carbono, cujo GWP é igual a 1.

Enfim, as HFOs são uma nova gama de refrigerantes que prometem ser parte da solução para evitar o aumento da temperatura da Terra.

De acordo com especialistas, a estrutura química destas HFOs puras projetadas para substituir o hidrofluorcarbano (HFC) R-134a em novos equipamentos contém uma dupla ligação entre os átomos de carbono.

Por essa razão, as moléculas desta quarta geração de fluidos refrigerantes sintéticos têm vida curtíssima na atmosfera, uma característica que reduz, consideravelmente, seu impacto climático.

Molécula de HFO não destrói a camada de ozônio e possui baixo potencial de aquecimento global (GWP); dupla ligação entre átomos de carbono reduz, consideravelmente, tempo de vida da substância na atmosfera

Ambos ainda possuem propriedades termodinâmicas similares às do HFC e estão classificados pela Ashrae como levemente inflamáveis (A2L).

Uma característica exclusiva do R-1234ze(E) é a inexistência de mistura inflamável com o ar abaixo de 30°C de temperatura ambiente. Por isso, este refrigerante não é inflamável quando manuseado ou armazenado.

Segundo a Honeywell, o R-1234ze(E) necessita de 10 vezes mais concentração e 250.000 mais energia do que hidrocarbonetos para se tornar inflamável, mas somente acima de 30°C.

HFO-1234ze(E) possui GWP inferior a 1, ou seja, este fluido refrigerante fabricado pela Honeywell é menos nocivo ao clima do planeja que o dióxido de carbono, cujo GWP é igual a 1

No caso da ocorrência de uma chama com o R-1234ze(E), o efeito dela seria extremamente leve, uma vez que seu calor de combustão seria muito baixo, cinco vezes menor do que o do propano. Sua velocidade de queima ultrabaixa, portanto, não seria suficiente para propagar um incêndio.

O R-1234yf e o R-1234ze(E) também se tornaram componentes de substâncias alternativas aos fluidos de alto impacto climático utilizados atualmente em sistemas de refrigeração comercial, como o R-448A, que foi desenvolvido para substituir o HCFC-22 e o HFC-404A, e o R-450A, que foi desenvolvido para substituir o HFC-134a.

Inclusive, estas novas misturas de refrigerante já foram homologadas pelos principais fabricantes de compressores do mundo. Portanto, resultados assim colocam as HFOs no topo da lista dos fluidos alternativos e, certamente, novos produtos do gênero logo, logo devem fazer parte da nossa rotina. Vamos aguardar.

R-448A, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell e comercializado como Solstice N40, substitui R-22 e R-404A em sistemas de refrigeração comercial