Saiba como garantir o retorno de óleo para o compressor
Quem trabalha na área de refrigeração sabe que a quebra de componentes é um pesadelo que assombra muita gente. Por exemplo, imagine esse cenário hipotético:
O seu cliente refrigera cinco ou seis toneladas de carne bovina em uma sala fria. É uma operação de impacto, e a conservação dos produtos é indispensável para girar o dinheiro do negócio. Na madrugada de sábado, um vigia atrapalha o descanso do proprietário do empreendimento para comunicar um problema: o compressor do circuito quebrou. Para piorar, só foram perceber a falha horas depois. Já era tarde. O calor do verão havia comprometido a qualidade de uma das mais deliciosas picanhas da cidade.
Essa situação é um dos piores cenários para quem trabalha nesse ramo. O que você ainda pode não saber é que o transtorno, nesse caso, tem uma origem específica. Não é necessariamente uma questão de baixa qualidade da câmara fria. A experiência em campo mostra que a falta de óleo no recipiente metálico que protege o motor do compressor é a principal causa de paradas não planejadas e quebras. Isso porque o óleo tem a função de lubrificar as partes móveis do sistema de refrigeração para minimizar o efeito do atrito. Parte dele desapareceu? Problema na certa.
A seguir, o Blog do Seu Paschoal compartilha algumas medidas que permitem um retorno seguro do óleo lubrificante ao compressor de refrigeração. Mãos à obra!
Por que é preciso manter o compressor lubrificado
O compressor é um componente vital para a maioria dos segmentos industriais. Ele é responsável por criar diferença de pressão no circuito de refrigeração, circulando o fluido pelo sistema. Junto com outros componentes, tem a função de retirar o calor presente no interior do aparelho por meio da mudança de fase do refrigerante. Como resultado, promove o controle térmico de um determinado ambiente.
Como é formado por estruturas de metal, o compressor demanda a utilização de um óleo de alta qualidade para que o atrito entre as peças seja o menor possível. Além de lubrificar e limpar os componentes, o óleo lubrificante auxilia na partida do compressor. A troca da substância é fundamental para manter a saúde da unidade em dia.
Quando o óleo se torna um problema
Agora, como você sabe, os compressores exigem algum tipo de óleo para o bom funcionamento. Mas é importante que a substância retorne ao compressor pela sucção como se fosse parte do fluído. Não é nada bom quando ele desaparece. Deixando de lubrificar as partes móveis do sistema, o compressor perde tanto em rendimento, quanto em vida útil. Em casos mais sérios, o aparelho pode até quebrar em pedaços. Se a falta de óleo for mínima, o problema não é tão grande assim, pois o compressor ainda continua funcionando. Por outro lado, há um decréscimo de eficiência nos trocadores de calor, à medida que o óleo se espalha pelo circuito.
Mas esse é o caso mais otimista. Quando a substância lubrificante não chega até o cárter do motor, ocorrem paradas inesperadas e recorrentes no compressor. Isso se os mecanismos de proteção contra a falta de óleo forem de altíssima qualidade. Caso contrário, a fratura da unidade é inevitável. Em qualquer uma dessas circunstâncias, o sistema frigorífico estará comprometido em sua totalidade. Por isso, é importante contar com sifões instalados na descarga do evaporador e nas linhas de sucção ascendentes. Outra recomendação é manter a velocidade adequada de escoamento e jamais instalar reduções antes de sifões.
Como o separador de óleo pode ajudar
Em condições normais de funcionamento, todo compressor descarrega parte do seu óleo junto ao fluido comprimido. A velocidade de circulação do refrigerante na tubulação é importante para garantir o retorno do óleo ao compressor. Mas não dá para depender só disso. O mais indicado é acrescentar um novo elemento ao circuito de refrigeração. Estamos falando do separador de óleo.
A missão desse componente é reter o óleo que sai pela linha de descarga e fazer com que ele volte ao compressor por meio de uma linha de retorno. Dessa forma, a quantidade de lubrificante levada ao compressor se torna apropriada. O equipamento é obrigatório em sistemas com tubulação de sucção mais longa do que três metros. Sistemas frigoríficos com temperatura de evaporação abaixo de -10 °C, também, pedem o incremento. Em sistemas menores, a instalação da peça não é necessária, uma vez que já há pouco óleo percorrendo sua extensão.
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