Renovação de ar reduz risco de contágio de covid-19

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) publicou uma diretriz técnica para reduzir o risco de transmissão do novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2) em ambientes climatizados.

Apesar de ainda não haver evidências científicas de que esse vírus possa se espalhar por equipamentos de ventilação ou ar condicionado, o documento lembra que “partículas abaixo de um micrometro (1 µm) tendem a ficar em suspensão no ar por tempo suficiente para serem capturadas e transportadas por sistemas de AVAC-R”.

Elaborada pelo Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores, a recomendação normativa da entidade (Renabrava) também define “ações complementares de outras disciplinas que se relacionam com os sistemas de AVAC-R, mas que são de responsabilidade do usuário e que são necessárias para assegurar o escoamento do ar e a redução esperada da concentração de contaminantes”.

“As ações especificadas nesta recomendação normativa (RN) não são por si só suficientes para diminuir o risco de contaminação por via aérea. São complementares a outras ações sanitárias determinadas por organismos reguladores, autoridades públicas locais e procedimentos corporativos de contingência para uso e limpeza dos ambientes”, informa o documento.

Especificamente, a RN da Abrava se aplica a sistemas de ar condicionado central de expansão indireta (água gelada e fan-coils com renovação de ar) e sistemas de expansão direta (self-contained, split system ou VRF com renovação de ar).

“Instalações sem renovação de ar não atendem às normas técnicas vigentes.” Portanto, “a aplicação das ações recomendadas nesta RN pressupõe que a instalação está em condição adequada de manutenção e operação, de acordo com o PMOC – Plano de Operação, Manutenção e Controle”.

“Embora as ações recomendadas neste documento também contribuam para a purga de outros contaminantes em suspensão no ar, o caráter excepcional das ações propostas tem o objetivo de auxiliar as autoridades públicas e empresas na contenção da pandemia causada pelo Sars-CoV-2”, acrescenta.

“Não é possível saber a taxa de emanação de contaminantes (partículas/h) gerado por pessoas assintomáticas dentro de um ambiente interno. No entanto, os sistemas de AVAC-R são versáteis, pois podem ser ajustados para a operação em modo de ventilação. Nesta condição de operação (modo ventilação) é possível aumentar significativamente a renovação de ar dos ambientes”, explica.

Para saber mais, faça o download da Renabrava 9 – Renovação de ar em sistemas AVAC-R para reduzir o risco de contaminação de pessoas com o vírus Sars-CoV-2.