Supermercados aceleram adoção de HFO

Você sabia que a Honeywell estima que mais de 20 mil supermercados já adotaram o Solstice N40 (R-448A) mundo afora?

Para quem ainda não conhece esse fluido refrigerante, ele é uma mistura composta pelos hidrofluorcabonos (HFCs) R-32 (26%), R-125 (26%) e R-134a (21%), com adição das hidrofluorolefinas (HFOs) R-1234yf (20%) e R-1234ze (7%).

O Solstice N40 foi desenvolvido para substituir o R-22 e o R-404A em sistemas de refrigeração comercial, e é classificado como não tóxico e não inflamável (A1) pela Ashrae, uma das mais importantes entidades técnicas do setor.

Segundo a companhia norte-americana, o potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) dessa nova substância é de cerca de 1.300, valor 65% menor que o GWP do R-404A, por exemplo.

Além das vantagens ambientais, esse novo fluido refrigerante não exige, normalmente, alterações de componentes nos sistemas de refrigeração durante o retrofit, o que vai favorecer sua adoção aqui no Brasil também.

E ninguém precisa ficar preocupado com essa transição tecnológica, pois os técnicos especializados da Honeywell, indústria cujos fluidos refrigerantes são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar, sempre trabalham com os clientes para garantir que as configurações dos equipamentos sejam otimizadas, a fim de assegurar a melhor performance possível.

Em caso de qualquer dúvida técnica ou comercial sobre o Solstice N40, você também pode consultar especialistas nas lojas da Frigelar.

Solstice N40, fluido refrigerante à base de HFO desenvolvido pela Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos exclusivamente pela Frigelar no Brasil

Ar automotivo, prepare-se para o novo fluido

Os colegas que trabalham na climatização automotiva, segmento que não para de crescer no Brasil, precisam ficar atentos com relação a uma mudança que começou em 2011, na Europa, e logo estará na vida de todos.

Quem alerta é o instrutor de formação profissional da Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, Geraldo Arantes Filho, que atua há mais de 25 anos como docente da instituição e é coautor do livro Climatização Automotiva, da Editora Sesi Senai-SP.

Segundo o especialista, naquele ano, os carros começaram a ser fabricados utilizando a hidrofluorolefina (HFO) R-1234yf em substituição ao hidrofluorcarbono (HFC) R-134a, por ser uma substância menos impactante no aquecimento global.

Agora, sete anos depois, boa parte daquela frota está prestes a entrar em manutenção, o que requer preparo especial por parte dos profissionais e oficinas especializadas na área.

Para quem trabalha por conta própria, um cuidado adicional recomendado envolve a aquisição de novos engates rápidos para as mangueiras, que passaram a ser totalmente diferentes.

A recicladora também mudou, pois agora requer um sistema interno de ventilação, devido ao fato de o HFO-1234yf possuir baixa inflamabilidade, conforme a classificação de segurança Ashrae 32-94 e ISO 817:2014.

Outra mudança envolve a pressão de trabalho, podendo variar de 36 a 46 psi, sendo superior à alcançada pelo R-134a. “Na prática, o sistema de climatização deverá resfriar mais rápido, mesmo o carro estando sob sol forte”, explica o professor Geraldo.

Quanto ao óleo, ele lembra que o ideal é usar o lubrificante adequado, que pode ser aplicado tanto em sistemas com o R-134a, quanto nos que já utilizam o novo refrigerante.

A grande mensagem que fica é a necessidade urgente de atualização empresarial e profissional, “pois começarão a entrar serviços especializados, com carros mais novos, e quem estiver sem ferramental adequado não vai conseguir atender a esse público”, arremata.

Retrofit de R-600a para R-134a requer certos cuidados

Ao decidir colocar o fluido refrigerante R-134a no lugar do isobutano (R-600a) num sistema de refrigeração, deve-se ter em mente que a diferença básica está no lubrificante a ser utilizado.

Enquanto o R-600a funciona bem com óleo mineral, o R-134a trabalha com o sintético poliol éster (POE), que não tem a mesma facilidade de diluir graxas e outros resíduos.

Quando a mistura entre fluido e óleo se aquece, essas substâncias – agora indesejáveis – passam normalmente pelo sistema, mas, ao esfriar, acabam se depositando nas paredes internas, provocando com isso obstruções nos capilares, quando não no próprio evaporador.

O resultado dessa situação é parecido com os entupimentos causados pela umidade, ou seja, diminuição da capacidade de refrigeração do refrigerador.

Como, então, evitar esse efeito colateral no seu retrofit?

Pois bem, considerando que o R-134a tem densidade maior que o R-600a, os capilares passam do diâmetro 0,28 para 0,31.

Outra providência necessária é uma boa limpeza do condensador, o mesmo se aplicando com o evaporador, a linha de sucção e o próprio capilar.

Uma vez observados esses cuidados, vá em frente, pois certamente seu cliente ficará satisfeito com a qualidade do seu serviço.

E lembre-se sempre: em caso de qualquer dúvida em relação a esse tipo de retrofit, consulte o fabricante do compressor.