Nossa área requer estudo e muito mais

Foi-se o tempo – ainda bem – em que bastava sair por aí com uma caixa de ferramentas e uma garrafa de fluido refrigerante nas mãos para alguém se dizer um profissional do nosso setor.

Eu sei que a gente critica muito os famosos “mexânicos”, mas você já imaginou como estariam as coisas se não fossem os cursos como os do Senai e de outras escolas sérias da área existentes Brasil afora?

Sem falar na demanda crescente por bons serviços de manutenção trazida pela evolução constante das indústrias do HVAC-R e da própria rede de distribuição desses equipamentos, cada vez mais sofisticados.

Por isso, além de estudar em algum lugar respeitável, como o da lista que eu colei mais abaixo, o refrigerista de verdade precisa ser um eterno curioso, entrando pra valer no mundo digital e pesquisando as principais novidades em tecnologia e do próprio mercado.

Igualmente importante, de acordo com especialistas em educação, é a leitura de revistas específicas do segmento, assim como livros relacionados a temas normalmente tratados em sala de aula, mas que sempre vale a pena ver de novo quando se está na vida prática. É o caso, por exemplo, de uma obra recém-lançada sobre tubulações de cobre que a gente indicou aqui mesmo no blog.

E aproveitando que você é um cara plugado, lembre-se de entrar nos bons grupos da nossa área, pois hoje existem várias opções interessantes para a troca de ideias, informações e até mesmo a busca por novos empregos ou clientes.

Bem, conforme eu prometi agora há pouco, aqui está uma lista que o interessado em ser nosso companheiro de trabalho precisa ter em sua cabeceira, a exemplo daqueles que já são e sempre buscam cursos de curta duração para se aprimorar em matérias específicas:

Fonte: Clube da Refrigeração

Futuro será promissor para quem estiver preparado

Você se lembra o que era necessário para um de nós trabalhar bem nos anos 1980? Bem, bastavam conhecimentos básicos de mecânica e elétrica, quase sempre obtidos no dia a dia.

Mas no começo deste século as coisas começaram a mudar, com a chegada dos sistemas eletrônicos e de automação integrados aos equipamentos de refrigeração e ar-condicionado.

Hoje, a palavra de ordem é a polivalência do profissional, compreendendo o desempenho de várias funções e tarefas mais complexas, como manusear os novos fluidos refrigerantes, desenvolvidos em nome da sustentabilidade do planeta.

Além dessa consciência ambiental, cabe ao novo refrigerista ser capaz de entender e interagir com a qualidade de vida nos ambientes interiores e os novos comportamentos do consumidor, principais responsáveis pelos projetos e lançamentos das fábricas.

Domínio de física, química e matemática e o desenvolvimento de talentos como organização, raciocínio lógico e habilidade manual são algumas das características desejáveis a quem trabalha na área, segundo o Guia Escolha Profissões – Indústria, do Senai.

E o futuro, o que nos reserva? Alguns estudiosos preveem o crescimento da refrigeração comercial e queda da doméstica, uma vez que o cliente final tende cada vez mais a trocar seu aparelho defeituoso do que consertá-lo.

Outra tendência é a incorporação aos sistemas de dispositivos para ampliar a precisão de testes e medições, assim como de alarmes para a indicação de problemas, o que vai requerer do profissional saber não apenas instalá-los, como também interpretar suas mensagens.

Por fim, uma grande mudança que já está em curso, o uso da internet para a obtenção de informação técnica de forma instantânea, tanto junto aos fabricantes quanto aos próprios colegas, por meio de celulares, tablets e notebooks.

Mas fique tranquilo, os esforços de quem se preparar bem e estudar sempre hão de ser recompensados. Estudiosos preveem que aqui se repita o acontecido em países da Europa e da América do Norte, onde os especialistas com nível elevado de conhecimento, capazes de entender as necessidades do cliente e encontrar soluções para elas, vêm conseguindo uma remuneração cada vez melhor.

De acordo, por exemplo, com o portal Careeroverview, um técnico em refrigeração nos Estados Unidos ganha, em média, US$ 19 por hora (quase R$ 50), o que representa cerca de US$ 40 mil anuais, ou seja, algo em torno de R$ 110 mil, pressupondo com isso uma renda mensal na casa dos R$ 9 mil.