Wind-Free, o novo conceito de split da Samsung

Eu passei um dia desses pela Frigelar e vi uma novidade que preciso compartilhar com vocês.

A Samsung lançou uma linha de splits chamada Wind-Free (sem vento, em tradução livre) que, como o próprio nome diz, não joga rajadas frias de ar diretamente sobre as pessoas, aumentando com isso a sensação de conforto térmico.

No modo resfriamento rápido, que chega a ser 72% mais econômico em comparação ao de modelos de ar-condicionado convencionais, é atingida o quanto antes a temperatura desejada e, depois disso, a climatização do ambiente passa a ser feita de forma suave, por meio de 21 mil microssaídas de ar.

Mas o Wind-Free tem outros recursos interessantes, como permitir ajuste remoto de set point e demais configurações via wi-fi, além do monitoramento de consumo energético e temperatura pelo smartphone, graças ao aplicativo gratuito Smart Home, que também diagnostica problemas.

Qualidade do ar foi igualmente levada em conta no desenvolvimento do produto. A funcionalidade Vírus Doctor reduz a presença de bactérias, fungos e ácaros, além de eliminar 99,9% dos vírus de gripe influenza A (H1N1) e influenza B (gripe comum), segundo testes realizados no Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP).

Não espere a unidade condensadora quebrar

A manutenção preventiva das unidades condensadoras de refrigeradores e freezers é a melhor forma de evitar a necessidade de vários reparos no futuro, opção mais cara no volume de horas trabalhadas e nas trocas de urgência envolvendo peças e componentes.

Nossos colegas do Clube da Refrigeração publicaram matéria bastante interessante sobre este assunto, explicando como prevenir problemas no condensador, no motor/ventilador e também no compressor da unidade.

Por ficar mais exposto, o condensador recebe uma série de impurezas do ambiente e isso prejudica o fluxo de ar.

Sua limpeza deve ser feita com água, pano ou ar comprimido, nunca com produtos químicos, principalmente à base de cloro.

Mas vale lembrar que nas cozinhas industriais e restaurantes os resíduos de óleo devem ser removidos com desengordurante apropriado.

No ventilador a sujeira também é sempre indesejável, pois aumenta o consumo de energia e compromete a vida útil de todo o conjunto, devendo ser removida com pano ou ar comprimido.

Se o equipamento tiver hélices de alumínio, verificar seu balanceamento também faz parte do serviço.

Com relação ao compressor, que é o coração do sistema, existem dois aspectos fundamentais a observar.

O primeiro deles é a tensão, que sempre deve estar próxima da nominal (127 V ou 220 V), sendo também importante analisar a corrente consumida e compará-la com a recomendada pelo manual do fabricante.

Constatado que está tudo bem na área elétrica, o passo seguinte é verificar se existem vibrações provocadas por fixações frouxas, nada que um bom reaperto não revolva. Isso é importante porque oscilações geram ruído excessivo, podendo ainda causar trincas nos pontos de brasagem que ligam o compressor ao restante do sistema.

Observando cuidados assim, fica mais fácil manter as unidades condensadoras funcionando sem a necessidade de intervenções corretivas, que além de mais caras, normalmente resultam em paradas operacionais não planejadas.

Quantos BTU/h deve ter minha máquina?

Boa parte do sucesso de uma instalação de ar-condicionado começa antes mesmo da obra, pois é fundamental escolher o tipo de equipamento mais adequado e a potência ideal, conforme as características do espaço onde a máquina vai operar.

Definido se o local merece um aparelho de janela ou alguma das várias modalidades de splits disponíveis no mercado, chega a hora de calcular quantas British Thermal Unit – a nossa conhecida BTU – serão necessárias para uma boa climatização.

A primeira coisa a fazer é medir o cômodo, pois cada metro quadrado corresponde a 600 BTU/h. O número de ocupantes também pesa nesse cálculo, sendo necessário acrescentar 420 BTU/h por pessoa a partir da terceira, já que até dois usuários nenhum acréscimo precisa ser feito.

Vamos tomar como exemplo uma sala de 15 m² ocupada por três pessoas. Neste caso, a conta a fazer seria 15 x 600 + 420, totalizando 9.420, ou seja, você poderia adquirir sem medo um aparelho de 9.500 BTU/h.

Mas existem outros fatores a considerar nesse momento tão decisivo para a futura satisfação do cliente.

Um deles é se o lugar da instalação recebe luz direta do sol da tarde na janela ou parede, situação que requer o cálculo usando como base 800 BTU/h por metro quadrado.

Deve-se igualmente levar em conta o número de aparelhos eletrônicos no ambiente, pois eles são fontes de calor consideráveis e também precisam entrar nessa conta.

Por fim, lembre-se de conferir o pé-direito da construção, pois os cálculos convencionais se baseiam num teto com até 2,5 m de altura. Acima disso, o negócio é arredondar a maior a potência do aparelho. Considerando o nosso último exemplo, certamente já se poderia pensar numa máquina de 12,5 mil BTU/h.

Conheça as novas ações do PBH

Um vídeo animado é a mais nova ferramenta utilizada pelo Ministério do Meio Ambiente e a agência alemã GIZ para divulgar as boas práticas na manutenção dos sistemas de refrigeração e ar condicionado.

Nele, um colega nosso explica para a sua cliente a importância de serem evitados vazamentos de R-22 durante a manutenção dos aparelhos, para não causar prejuízos à camada de ozônio e o agravamento do efeito estufa.

Em pouco mais de seis minutos, a produção também fala do Protocolo de Montreal, que acaba de completar 30 anos, e mostra como o Brasil está participando desse grande processo, ao lado de quase 200 países.

Vale a pena dar uma conferida nesta produção:

Qualificação profissional

E por falar neste assunto, você já está sabendo sobre os cursos do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH)?

Em sua segunda etapa, foi estabelecida a meta de treinar mais de nove mil técnicos Brasil afora, para que todos possam fazer a coisa certa neste campo, protegendo o meio ambiente e evitando prejuízos estimados em R$ 500 milhões anuais com as emissões dessas substâncias.

Por isso, a programação também inclui cursos sobre como aplicar com segurança e eficiência os fluidos alternativos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

Segundo o PBH, todos os alunos também receberão uma régua técnica, que fornece, de forma fácil, informações sobre fluidos frigoríficos (Celsius/Fahrenheit e bar/psi).

Os cursos começaram a ser realizados no fim de novembro e prosseguirão até 2020 em escolas parceiras nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

As primeiras turmas já estão sendo treinadas na escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, em São Paulo.

Para saber mais sobre esses cursos, fique atento às informações divulgadas no site do PBH.

Perseverança, a alma do negócio

Além de conhecer bastante a área técnica, todo o refrigerista que se preze precisa ser paciente e ter uma boa dose de persistência para testar vários pontos do sistema antes de chegar a um diagnóstico.

Um claro exemplo disso é quando a gente encontra uma câmara frigorífica formando excesso de gelo na parte anterior do evaporador e na tubulação traseira.

Em alguns casos, essa situação é tão crítica que chega a ser necessário desligar a máquina diariamente durante algumas horas, para fazer o desbloqueio.

Um bom começo é checar os ventiladores do evaporador e sua flecha de ar, assim como a resistência do degelo e os tempos do degelo e de parada para a drenagem da água.

Se a causa do problema não for nenhuma dessas, o negócio é ver se falta de fluido refrigerante no sistema, pois quando isso acontece o evaporador não é coberto por igual pelo gelo, formando um bloco que vai crescendo em sua entrada.

Mas também pode ser uma questão de superaquecimento incorreto, o que se descobre com uma medição pra checar se a carga está correta.

Ah, lembre-se também de verificar o ajuste da válvula de expansão e a atuação do degelo, bem como os sensores e as programações de set-point ou degelo, sendo muitas vezes necessário trocar o controlador.

Bem, fazendo todas essas checagens é praticamente impossível não localizar o motivo do excesso de gelo na evaporadora da câmara frigorífica, que após o seu trabalho, feito com muita paciência e foco, certamente voltará ao funcionar normalmente.

Acerte no óleo lubrificante

Com a grande variedade de fluidos refrigerantes hoje disponíveis no mercado, é importante saber o óleo lubrificante indicado para cada um, a fim de evitar problemas como a formação de ácidos, corrosão, lubrificação insuficiente e carbonização do óleo.

No caso dos HCFCs (R-22, R-401A/B, R-402A/B, R-403B, R-408A/B e R-409A/B), deve-se usar apenas óleo mineral (OM) ou alquilbezeno (AB).

Se o fluido do sistema for um HFC (R-134a, R-404A, R-407A/C/F, R-410A e R-507A), a indicação é o uso do sintético poliol éster (POE).

Já em se tratando de HFCs aplicados em retrofits substituindo HCFCs (R-417A, R-422A/D, R-424A, R-427A, R-428A, R-434A, R-437A, R-438A), pode-se adotar tanto o óleo mineral quando o alquilbenzeno e o poliol éster.

Em compensação, num sistema com CO2 (R-744), as opções são os sintéticos poliol éster e polialquileno glicol (PAG).

Finalmente, os hidrocarbonetos R-290 e R-600a aceitam óleo mineral, alquilbenzeno e poliol éster.

Vale lembrar que o óleo a ser usado com amônia (R-717) depende do sistema, devendo ser estudado caso a caso.

Bem, agora que você já conhece melhor os óleos indicados para cada diferente refrigerante, vale a pena saber um pouco mais sobre carga e viscosidade.

No primeiro caso, o grande cuidado a tomar se refere à quantidade, que não pode ser maior nem menor que a especificada, pois o excesso causa problemas em vários componentes, gasto adicional de energia e desgastes, estes últimos também ocorrendo quando há falta de óleo no sistema.

Com relação à viscosidade, ela é indicada pelo número que acompanha a categoria do lubrificante. Um produto ISO 22 é menos viscoso que um de ISO 32, por exemplo.

Normalmente, os óleos com maior viscosidade oferecem uma ótima lubrificação, mas gastam mais energia por provocar uma resistência maior, sendo mais indicados para equipamentos que possuem mais folga entre as partes.

As novas gerações de compressores, de alta performance, utilizam óleos com viscosidade cada vez menor, pois são os que apresentam os melhores resultados em lubrificação e eficiência energética.

Além disso, o uso do lubrificante correto, segundo especialistas da área, pode gerar uma economia de até 5% no consumo de energia elétrica.

E nunca se esqueça: em caso de dúvida sobre qual óleo deve ser usado num determinado circuito frigorífico, consulte o fabricante do compressor.

Aproveite a Black EOS

Todos querem tirar uma casquinha da Black Friday. Seguindo a onda da campanha, empresas dos mais variados segmentos anunciam hoje ofertas especiais. E quem ganha é o consumidor.

Na Frigelar, por exemplo, diversas ferramentas da EOS estão com descontos imperdíveis. Nas lojas dos estados cujo ICMS é 4%, a bomba de vácuo 5.0 CFM (bivolt, 60 hz, estágio simples, modelo VE145ND) está saindo por R$ 298,96, por exemplo.

Clique aqui e veja as ofertas válidas somente hoje – ou enquanto durarem os estoques – nas lojas da Frigelar. Bom, se eu fosse você, não perderia esta oportunidade.

Como substituir o R-22?

Talvez esta seja a pergunta mais ouvida no nosso setor, e não faltam bom motivos para que isto ocorra. Afinal, os HCFCs estão em baixa no mundo todo, por serem substâncias que destroem a camada de ozônio e contribuem para chamado efeito estufa. Com isso, o produto já escasseia, tornando-se mais caro a cada dia.

Para você ter uma ideia, desde 2004 o R-22 está proibido nos equipamentos novos produzidos na Europa, uma tendência que aos poucos vai se espalhar pelo resto do planeta.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o País já cortou em 34% o uso desses compostos nocivos desde a implantação do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), em 2011. Até 2030, os consumidores vão abrir mão de 97,5% do consumo de HCFCs.

E você, meu amigo, já está se preparando para essa mudança? Certamente muita coisa vai acontecer antes do prazo final, e até lá o mercado deve estar adaptado, por exemplo, usando cada vez mais outros refrigerantes.

Uma providência que nós, refrigeristas, podemos tomar desde já é saber quais são as principais opções para substituir o R-22 em equipamentos de refrigeração comercial leve, por exemplo.

R-422D, fluido refrigerante desenvolvido para retrofit drop-in do R-22 em sistemas de ar condicionado

Os retrofits mais comuns neste campo envolvem, atualmente, a utilização do R-407F e do R-448A para refrigeração comercial, e do R-422D para retrofit drop-in em sistemas de ar-condicionado. Este último refrigerante trata-se de uma mistura de dois HFCs (R-125 e R-134a) e um HC (R-600a) que, ao funcionar de forma muito semelhante ao R-22, permite o uso dos mesmos compressores, kit elétrico e óleo lubrificante.

Existe, porém, um ponto importante a ser considerado: o uso do R-422D reduz ligeiramente a capacidade de refrigeração, dependendo da aplicação. Em compensação, por possuir menor temperatura de descarga que o R-22, aumenta a vida útil do compressor, consumindo menos potência.

No mais, as mudanças são mínimas, envolvendo uma possível redução da temperatura de evaporação no tubo capilar; ajustes no número de voltas na válvula de expansão e uma carga aproximada de 5% menor, em relação à necessária numa instalação com R-22.

Bem, agora você conhece melhor o R-422D. Aos poucos eu vou comentar aqui sobre outras alternativas para substituição dos HCFCs, uma mudança que já está mexendo com o nosso dia a dia.

Fluido refrigerante R-407F substitui R-22 em sistemas de refrigeração comercial

Recolha fluido refrigerante bem equipado

Existem pelo menos três bons motivos para você fazer o recolhimento de fluido refrigerante com todas as ferramentas e instrumentos necessários: realizar um trabalho de boa qualidade, preservar o meio ambiente e resguardar sua própria integridade física.

Portanto, nunca é demais relembrar o kit básico a ser usado nessa operação, a começar pelos equipamentos de proteção individual, os famosos EPIs. Neste caso, estamos falando de óculos, luvas, calça longa e blusa de manga comprida.

Em se tratando de fluido refrigerante inflamável, é importante também usar jaleco antichamas. E se for trabalhar com substância tóxica, como a amônia, roupas e máscaras especiais são fundamentais, além de muito treinamento e capacitação profissional.

Agora, vamos à lista de ferramentas essenciais para a realização deste serviço: bomba de vácuo, manômetro, máquina recolhedora/recicladora, garrafa, detector de fluidos refrigerantes, balança, bomba injetora de óleo, adaptadores de 1/4 e 5/16, saca pino, vacuômetro, equipamento de solda, kit redutor de pressão para nitrogênio e garrafa de nitrogênio.

Embora alguns desses itens já estejam disponíveis no mercado em versão digital, os aparelhos analógicos são igualmente válidos.

Ah, e não se esqueça de levar sempre com você o mais importante, que é a consciência ecológica para jamais liberar na atmosfera substâncias nocivas à camada de ozônio ou que contribuam para o aumento do efeito estufa, como o R-22, o R-134a e outros fluidos refrigerantes à base de hidroclorofluorcabonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs).

Por isso, antes fazer a carga de refrigerante, é sempre fundamental verificar se há vazamentos na tubulação ou em outras partes do sistema de refrigeração. Se houver pontos de escape, eles devem ser soldados ou selados com algum tapa fugas de qualidade.

Bem, agora que você está atualizado acerca destas ferramentas apropriadas, só resta lhe desejar bom trabalho.

E se você quiser saber mais sobre este assunto, recomendo a leitura do artigo “Procedimento de carga de refrigerantes”, do coordenador de engenharia de aplicação da Heatcraft, Alonso Amor, no Portal Resfriando.

Aqui também no meu blog tem vários artigos sobre este tema. Até mais!

Saiba como fazer o óleo retornar para o compressor corretamente

Em um ciclo de refrigeração, o óleo tem a função de lubrificar as partes móveis do compressor, garantindo o seu bom funcionamento.

Contudo, como estas partes móveis também entram em contato com o fluido refrigerante, é natural que o óleo percorra toda a tubulação do sistema, junto com o fluido. O importante é que esse óleo retorne ao compressor pela sucção, ou seja, como se fosse parte do fluido.

A função do separador é segurar o excesso de óleo que sai do compressor, para retorná-lo na sucção ou no seu cárter, dependendo do modelo. Assim, o sistema pode operar com uma quantidade menor de óleo, pois somente uma pequena parcela irá percorrer todo o ciclo.

O separador de óleo normalmente não é utilizado em sistemas de pequeno porte, com tubulações curtas, já que a quantidade de óleo que irá percorrer o ciclo é pequena, inviabilizando o investimento neste componente.

Instalação de sifão na descarga do evaporador (linha de sucção) facilita retorno de óleo para o compressor

Para garantir o retorno de óleo pelo ciclo, deve-se atentar para dois detalhes da tubulação.

O primeiro deles é a instalação de sifão na descarga do evaporador (linha de sucção). Quando o sistema é desligado, para degelo ou pump down, o óleo tende a escoar para o fundo da tubulação, podendo inundar parte do evaporador, caso não haja um sifão na sua tubulação de saída. Quando o sistema retoma seu funcionamento, parte da serpentina permanece inundada, prejudicando o seu desempenho.

O segundo cuidado é a instalação de sifão em linhas de sucção ascendentes. Caso o evaporador esteja em um nível mais baixo que o compressor, deve-se instalar um sifão a cada quatro metros de altura. Isso cria uma “escada” para o óleo, facilitando o seu retorno para o compressor e evitando que inunde o evaporador em uma parada.

Você pode pesquisar mais a respeito no local onde peguei essa dica, no Portal Resfriando, da Heatcraft.