Finalmente, mercado aquecido

Mesmo com temperaturas mais amenas do que em anos anteriores, o verão começou bem para nós, refrigeristas.

Um dos motivos para isso é a Lei 13.589/2018, que tornou obrigatória a realização do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para o ar-condicionado de todos os edifícios de uso público e coletivo.

Quem está sentindo essa realidade de perto, por exemplo, são nossos colegas Sidnei da Silva e Jocimar Leite da Silva, que trabalham na Summer Cool Instalação e Manutenção de Ar.

Pelo menos três vezes por semana eles saem de sua empresa, no vizinho bairro do Carrão, em São Paulo, para comprar peças e materiais na Frigelar do Tatuapé, loja onde nos encontramos na semana passada e aproveitamos para colocar a conversa em dia.

Cliente fiel da Frigelar, Jocimar da Silva está ansioso para ganhar sua cervejeira na promoção Verão Frigelada, que vai sortear um aparelho entre os clientes de cada loja participante em 31 de março

Nesse bate-papo, fiquei sabendo que muitos usuários estão preocupados com a nova legislação e as pesadas multas previstas para os seus infratores.

Segundo Jocimar, isso tem gerado um certo excesso de zelo, como o do cliente que pediu um Relatório Técnico (RT) assinado por um engenheiro para apenas um ar-condicionado split de 9 mil BTU/h instalado, quer dizer, bem abaixo dos 60 mil BTU/h (5 TR) previstos pela legislação do PMOC.

Com 23 anos de experiência na área e diversos cursos realizados no Senai Ipiranga, Sidnei cita como outro caso do gênero o de um dentista que pediu um PMOC para as duas máquinas instaladas em seu consultório.

Para Jocimar, que está no setor desde 2001 e também passou fez diversos cursos na Escola Senai “Oscar Rodrigues Alves”, as coisas mudaram bastante no mercado, e hoje muitos pedreiros e eletricistas se aventuram a mexer com ar-condicionado.

Para o técnico Sidnei da Silva, as promoções da Frigelar são excelentes para os profissionais do setor

No entanto, para quem trabalha direito não falta serviço, como demonstra a agenda lotada dos dois neste verão, envolvendo a instalação e manutenção de splits e sistemas VRF.

E como parceiros da Frigelar, ambos também estão ansiosos em relação à promoção Verão Frigelada, que vai sortear uma cervejeira entre os clientes de cada loja participante, e ao Programa de Incentivo Fujitsu, que está bonificando os colegas que recomendam as condensadoras da marca japonesa aos consumidores.

“Para nós, estas promoções são excelentes. A Frigelar está de parabéns”, arremata Sidnei.

Conheça o último lançamento da Fujitsu

A Fujitsu, uma das marcas que a gente aprendeu a respeitar nesses anos todos de mercado, está lançando o Sistema Multiflexível de 45 mil BTU/h, equipamento multi-split indicado para projetos residenciais e comerciais envolvendo vários ambientes.

Segundo a fábrica japonesa, a novidade é compacta, o que permite sua instalação em pequenos espaços, porém sem prejuízo da alta eficiência proporcionada pelo compressor DC.

Também chama a atenção sua flexibilidade, já que é possível instalar de duas a seis unidades internas com uma única externa, permitindo a incrível marca de 148 possíveis combinações para atender os mais diversos projetos.

Na hora da instalação a vantagem é nossa, pois a evacuação do sistema pode ser feita com válvula centralizada, o que economiza bastante tempo nesse processo normalmente demorado. Outra facilidade é a dispensa de caixa de distribuição e tubo separador.

Completando os pontos fortes do sistema, todas as unidades internas são manejadas por um único controle remoto central, característica que vai facilitar bastante a vida dos usuários.

Bem, com tantas qualidades e diferenciais, só nos resta torcer para ter logo, logo o gostinho de instalar esta máquina.

Unidade condensadora do Sistema Multiflexível da Fujitsu

Quando usar lubrificantes sintéticos?

Depois de anos e anos aplicando os óleos minerais nos sistemas do refrigerador e ar-condicionado, é normal que alguns dos nossos colegas refrigeristas ainda tenham um certo receio de adotar a nova geração de lubrificantes.

Além disso, nem sempre o compressor do sistema permite a troca do óleo mineral para o sintético, sendo fundamental seguir a recomendação do fabricante para não perder a garantia, nem ter um desgaste excessivo de componentes.

Outro fiel da balança nessa escolha tão importante é a viscosidade do óleo, já que os padrões de trabalho de um compressor podem exigir mais ou menos atrito, dependendo do modelo.

Agora, quando todos os fatores são favoráveis ao uso do sintético, especialistas no assunto apontam uma série de vantagens nessa troca, incluindo menor custo de manutenção, maior vida útil do compressor, eficiência energética ampliada, melhor performance e maiores miscibilidade e solubilidade.

Primeiramente, vale lembrar que existem hoje no mercado quatro famílias principais de óleos com base sintética: alquilbenzeno (AB), polialquileno glicol (PAG), polialfaolefina (PAO) e poliol éster (POE).

Qual deles usar é uma decisão que depende do modelo de compressor e do fluido refrigerante utilizado no sistema.

O AB, por exemplo, aplica-se muito bem em instalações com clorofluorcarbonos (CFCs); hidroclorofluorcabonos (HCFCs); amônia R-717) e hidrocarbonetos (HCs). Seus benefícios compreendem altos índices de miscibilidade e estabilidade térmica; baixa formação de espuma e melhores oxibilidade e oxidação, assim como baixo ponto de floculação e melhor retorno de óleo.

O POE, por sua vez, é indicado para equipamentos que utilizam hidrofluorcarbonos (HFCs) como o R134a e o dióxido de carbono (R-744). A exemplo dos demais sintéticos, ele é química e termicamente estável, proporciona desempenho operacional mais limpo e proteção superior contra desgaste entre as superfícies de contato, o que prolonga a vida útil e a eficiência do sistema.

Já o PAG tem como destaque a alta miscibilidade com o R-134a, podendo também ser usado com o R-744. Em ambos os casos, apresenta lubricidade superior quando comparado a outros sintéticos e aos óleos minerais de uma forma geral, resultando em redução dos períodos de inatividade e custos de manutenção.

Pois bem, prometo ficar de olho nesse assunto e trazer pra vocês mais novidades da área, assim que a indústria de lubrificantes apresentar mais lançamentos.

PMOC agora é lei

Você viu? Todo edifício brasileiro, seja público ou privado, agora está obrigado a manter um Plano de Manutenção, Operação e Controle, o conhecido PMOC, aquela exigência criada em 1998 por uma portaria do Ministério da Saúde.

Só pra relembrar, tudo isso aconteceu porque um ministro chamado Sérgio Motta morreu naquele mesmo ano por problemas respiratórios que teriam sido agravados por contaminação de legionella proveniente do ar-condicionado em seu gabinete.

A legislação sancionada em 4 de janeiro último pelo presidente Michel Temer já está valendo para as instalações novas, ficando as demais sujeitas à mesma obrigatoriedade no prazo de seis meses.

Com essa medida, pretende-se assegurar a boa qualidade do ar interior considerando padrões de temperatura, umidade, velocidade do ar, taxa de renovação e grau de pureza.

Para checar esses parâmetros, a Lei 13.589/2018 diz que a gente vai continuar se baseando na Resolução 9/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e suas atualizações, bem como nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Uma coisa é certa: deve aumentar bastante a procura na área de manutenção preventiva e corretiva. Por isso é cada vez mais importante que nós, profissionais da área, estejamos bem preparados para aproveitar as novas oportunidades que vão surgir.

Conheça a norma internacional do nosso setor

Certamente, você já ouviu falar na ISO 9001, muito utilizada pelas empresas de serviço. Pois fique sabendo que existe uma norma feita sob medida pra nós, referente a manutenção e reparo de equipamentos de refrigeração. Estou falando da ISO 5149-1:2014, cujo tema é “Sistemas de Refrigeração e Bombas de Calor – requisitos ambientais e de segurança”.

Além de recomendações sobre a coisa certa a fazer em cada etapa do nosso trabalho, a norma fala sobre recuperação, reutilização e descarte correto de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleos lubrificantes, sistemas de refrigeração, peças e componentes.

No capítulo que define o perfil do refrigerista, ela diz que o profissional deve conhecer os requisitos de inspeção; dominar o funcionamento, a operação e o monitoramento dos sistemas; e saber o processo de troca de fluido refrigerante, observando sempre as boas práticas ecológicas e de segurança.

Outra recomendação da norma – publicada em substituição a uma de 1993 – é que todo sistema de refrigeração tenha um livro para o registro das manutenções e reparos realizados, incluindo cargas de fluido e a substituição de partes.

Finalmente, ela detalha o que fazer ao término da vida útil de todos os itens de um sistema de frio, para que eles sejam recuperados, reutilizados ou destinados conforme a regulamentação de cada país.

No caso dos fluidos refrigerantes, a ISO 5149-1:2014 frisa que profissionais como nós devem seguir os processos adequados de manuseio e armazenamento, bem como garantir os testes necessários antes de sua reutilização.

Novas oportunidades nos supermercados

O setor supermercadista continua em constante evolução, sendo um dos mais interessantes para o profissional da refrigeração.

Isso ocorre, primeiramente, pelo fato de um bom trabalho nessa área representar a redução do desperdício causado por produtos estragados nos pontos de venda.

Em segundo plano, vem a fidelização dos clientes desses estabelecimentos, pois itens de má qualidade nas gôndolas e expositores frigorificados são sinônimo de insatisfação, podendo também gerar problemas de saúde para o consumidor.

Finalmente, vem a questão da eficiência energética, pois equipamentos em mau estado de conservação e baixo desempenho aumentam bastante o consumo.

A necessidade de enfrentar desafios como esses traz, em contrapartida, um grande número de oportunidades para o refrigerista, tendo em vista a importância crescente do seu trabalho, sobretudo quando realizado da forma correta.

Além dos conhecimentos técnicos na área, o profissional precisa desenvolver novas habilidades para manter-se competitivo.

Segundo matéria publicada pelos nossos colegas do Clube da Refrigeração, da Embraco, são três os principais segmentos onde essa atualização é necessária:

Planejamento da manutenção preventiva – a eficiência neste campo é alcançada a partir da leitura dos manuais dos equipamentos, para que sejam verificadas as recomendações operacionais dos fabricantes;

Definição das ações a realizar – esse aspecto inclui itens como a aparência dos equipamentos, sistemas de vedação, condensador, evaporador e compressor;

Bom relacionamento – é importante combinar o bom conhecimento técnico à habilidade de desenvolver estratégias para conquistar a confiança do cliente, melhor forma de manter uma relação saudável e duradoura com ele.

Como você pôde ver, vale muito a pena a acompanhar a evolução vivida pelos supermercados e aumentar sua carteira de clientes nesse segmento cada vez mais promissor.

Saiba como concorrer a uma cervejeira

Uma boa notícia para quem não dispensa aquela cervejinha gelada nas horas de folga.

Passando pela loja da Frigelar onde costumo fazer minhas compras, fiquei sabendo que a rede está com mais uma promoção.

Desta vez o nome é a Verão Frigelada, que vai sortear uma cervejeira entre os clientes de cada loja participante.

E concorrer é muito fácil. A cada R$ 150,00 em notas fiscais registradas no site da promoção, um cupom virtual é gerado automaticamente para o refrigerista.

O resultado do sorteio será conhecido na extração da Loteria Federal de 31 de março.

Não perca tempo, meu amigo, pois quanto mais cupons você acumular, maiores serão as chances de ganhar esse presentão.

Eu já estou participando.

Boa sorte pra nós!

Frigelar e Fujitsu presenteiam instaladores

O ano nem bem começou e já tem promoção interessante pra gente participar.

Na Frigelar, por exemplo, cada compra de aparelho Fujitsu multi-split, cassete ou piso/teto cadastrado no Programa de Incentivo da rede está rendendo R$ 200,00 para o colega instalador que fez a indicação.

Avise isto ao seu cliente, pois cabe a ele informar, tanto nas lojas físicas quanto no atendimento de televendas, o nome ou o Código de Instalador de quem recomendou a escolha pela marca.

O melhor de tudo é que é fácil indicar um equipamento Fujitsu, verdadeira referência mundial em qualidade e design.

Para se ter uma ideia, foram eles que introduziram aqui no Brasil os sistemas de ar-condicionado inverter, que permitem até 40% de economia no consumo energético.

Outro ponto importante da atuação da Fujitsu no País é a atenção que ela dedica a nós, refrigeristas. Além de possuir um centro de treinamento na capital paulista, a empresa realizou, apenas no ano passado, 84 cursos gratuitos em 34 cidades brasileiras, qualificando quatro mil profissionais como você e eu.

Bem, voltando ao Programa de Incentivo, ele vai até o final de abril, ou até quando acabarem os estoques.

E tem mais uma coisa importante: a promoção é cumulativa. Ou seja, se o cliente fizer um compra de cinco condensadoras, por exemplo, o bônus para o instalador será de R$ 1.000,00.

Fale com o seu vendedor para ele explicar direitinho como o dinheiro será creditado em sua conta.

No site da promoção você encontra o regulamento completo e a lista dos aparelhos participantes.

Boa sorte!

Hidrocarbonetos com segurança

Como profissional consciente que é, você deve estar orientando seus clientes a utilizarem, na medida do possível, fluidos inofensivos à camada de ozônio e sem impacto sobre o efeito estufa nos seus sistemas de refrigerador e ar-condicionado.

Mas quando a opção recair sobre os hidrocarbonetos pentano (R-601) e isopentano (R-601a) é importante ter em mente a necessidade de cuidados especiais, pois, embora sejam recomendáveis do ponto de vista ecológico, esses refrigerantes são inflamáveis.

A primeira coisa a levar em conta ao trabalhar com eles é a existência de três ingredientes básicos para o início de um incêndio: um combustível na concentração certa, uma quantidade de oxigênio e uma fonte de ignição.

Neutralizar o risco apresentado pelo combustível requer o seu confinamento, seja num cilindro ou no próprio sistema de refrigeração, evitando-se que ele se espalhe por outras áreas, em caso de vazamento.

Quanto ao ar, embora ele seja um dos fatores da combustão, também funciona como dispersante do gás eventualmente liberado no ambiente, o que faz da boa ventilação outra forte aliada contra acidentes.

Por fim, as fontes de ignição devem ser eliminadas, com o exame detalhado de faíscas produzidas pelo sistema ou nas suas vizinhanças, o que inclui aparelhos elétricos, ferramentas de soldagem e corte, superfícies quentes, chamas abertas de equipamentos de aquecimento e materiais presentes em fumaças.

Pronto, agora você está mais inteirado sobre o assunto. Mas lembre-se: para qualquer alteração no projeto inicial e/ou substituição do fluido refrigerante original por outro de diferente classificação, é sempre recomendável consultar o fabricante do equipamento.

Mercado gigantesco

Você já parou para pensar no tamanho da nossa clientela potencial? Seria possível medir a capacidade brasileira de absorver a prestação de serviços preventivos e corretivos na área de refrigeração?

Olha, embora não haja números exatos para responder a essas perguntas, existem alguns indicadores que vale a pena levar em conta, como fizeram nossos colegas do Clube da Refrigeração, da Embraco, ao publicar matéria com o título Mercado amplo e promissor.

Segundo a reportagem, 97,8% dos lares nacionais possuem pelo menos um refrigerador, conforme dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este índice é 6,8% maior em relação ao de dez anos atrás e, transformado em números, representa 66,5 milhões de aparelhos em uso no País, sem contar os instalados em casas de veraneio, escritórios e pequenos comércios.

Já os freezers domésticos, segundo a mesma pesquisa, se encontram em 16,5% dos domicílios brasileiros, totalizando 11,5 milhões de unidades em pleno funcionamento.

Embora não haja um estudo semelhante focalizando a refrigeração comercial, é relativamente fácil saber o universo de estabelecimentos que utilizam expositores, ilhas, balcões, vending machines e outros itens do setor.

São nada menos que um milhão de restaurantes e lanchonetes; 89 mil supermercados, 63,2 mil padarias, mais de 50 mil açougues, 10 mil hotéis, oito mil fábricas de sorvetes e sorveterias e 6,8 mil hospitais, segundo associações representativas desses segmentos.

Números assim demonstram não haver motivo para desânimo e preocupação em momentos econômicos menos favoráveis.

Afinal, estamos num imenso país tropical, onde manter os alimentos na temperatura correta é questão de sobrevivência para uma quantidade expressiva de comerciantes, além de representar um assunto de saúde pública e impactar de forma positiva a prevenção de desperdícios.