Nova condensadora Danfoss combina alta eficiência e praticidade

Imagine uma unidade condensadora semi-hermética para supermercados, centros de distribuição e indústrias alimentícias com manuseio e transporte simplificados. E claro, que também seja fácil de reparar, por não haver obstrução física entre seus diferentes componentes.

Pois bem, a Danfoss também imaginou, e acaba de colocar no mercado a mistura disso tudo, a nova condensadora Optyma, dotada de trocador de calor microcanal e compressores GEA Bock, podendo ser adquirida nas versões com ou sem gerenciamento de óleo.

O conjunto inclui ainda tanque de líquido, filtro secador, visor de líquido, caixa elétrica, válvulas de sucção e líquido, pressostato, cartucho na descarga e ajustável na sucção e estrutura de tubulação em cobre com antivibração, para evitar que oscilações excessivas afetem o sistema, sobretudo o trocador de calor.

Com ampla faixa de aplicação em temperaturas médias e baixas, por meio dos refrigerantes R-404A, R-507 e R-22, o lançamento da indústria dinamarquesa reduz os custos ao otimizar o espaço de armazenamento.

Além disso, segundo a Danfoss, a baixa complexidade de códigos do produto permite sua rápida seleção, bem como a alta disponibilidade em estoque, o mesmo acontecendo com as peças de reposição.

Finalmente, devido ao tanque de líquido superdimensionado, a unidade Optyma Semi-Hermética pode ser instalada a uma distância de até 40 metros do evaporador, sem a necessidade de elementos de controle adicionais, o que amplia as possibilidades de aplicação, e com uma capacidade de resfriamento praticamente ilimitada.

Se você gostou dessas novidades, consulte um especialista da Frigelar em qualquer uma das lojas da rede. Caso prefira, ligue para a central de atendimento 4007-2808 nas capitais, ou então 0800-008-8999, se morar em outras cidades

Supermercados se reinventam

Para aproveitar melhor as novas oportunidades e saber, por exemplo, em quais ferramentas e cursos de especialização investir, o profissional da nossa área precisa estar sempre atento às mudanças que ocorrem ao seu redor.

No setor de supermercados, por exemplo, têm prevalecido pelo menos três tendências principais, que vale a pena a gente acompanhar de perto.

A primeira delas começou já há algum tempo, quando as grandes redes do varejo resolveram apostar nas lojas menores, de bairro, em sintonia com a pressa e a busca do consumidor por comodidade.

O reflexo disso na refrigeração comercial é a necessidade de sistemas cada vez mais compactos, com os compressores incorporados aos equipamentos, e também mais silenciosos, devido à localização dos estabelecimentos em regiões populosas.

A segunda mudança claramente percebida é a utilização de fluidos refrigerantes alternativos ao R-22, principalmente o propano (R-290) para os sistemas compactos, e o CO2, no caso de instalações maiores, com casa de máquina e refrigeração remota.

Chama a atenção, finalmente, a importância que todas as modalidades de supermercados têm dado à redução no consumo de energia, em virtude do constante aumento das tarifas.

A consequência dessa terceira prioridade é a aplicação cada vez mais frequente de soluções que modulem os sistemas de refrigeração, com destaque para os inversores de frequência e os controles de capacidade nos compressores semi-herméticos.

Bem, agora que você já está mais atualizado sobre esse segmento tão expressivo, o negócio é ficar atento às muitas possibilidades de trabalho trazidas por ele, sobretudo para quem estiver bem preparado.

Novas oportunidades nos supermercados

O setor supermercadista continua em constante evolução, sendo um dos mais interessantes para o profissional da refrigeração.

Isso ocorre, primeiramente, pelo fato de um bom trabalho nessa área representar a redução do desperdício causado por produtos estragados nos pontos de venda.

Em segundo plano, vem a fidelização dos clientes desses estabelecimentos, pois itens de má qualidade nas gôndolas e expositores frigorificados são sinônimo de insatisfação, podendo também gerar problemas de saúde para o consumidor.

Finalmente, vem a questão da eficiência energética, pois equipamentos em mau estado de conservação e baixo desempenho aumentam bastante o consumo.

A necessidade de enfrentar desafios como esses traz, em contrapartida, um grande número de oportunidades para o refrigerista, tendo em vista a importância crescente do seu trabalho, sobretudo quando realizado da forma correta.

Além dos conhecimentos técnicos na área, o profissional precisa desenvolver novas habilidades para manter-se competitivo.

Segundo matéria publicada pelos nossos colegas do Clube da Refrigeração, da Embraco, são três os principais segmentos onde essa atualização é necessária:

Planejamento da manutenção preventiva – a eficiência neste campo é alcançada a partir da leitura dos manuais dos equipamentos, para que sejam verificadas as recomendações operacionais dos fabricantes;

Definição das ações a realizar – esse aspecto inclui itens como a aparência dos equipamentos, sistemas de vedação, condensador, evaporador e compressor;

Bom relacionamento – é importante combinar o bom conhecimento técnico à habilidade de desenvolver estratégias para conquistar a confiança do cliente, melhor forma de manter uma relação saudável e duradoura com ele.

Como você pôde ver, vale muito a pena a acompanhar a evolução vivida pelos supermercados e aumentar sua carteira de clientes nesse segmento cada vez mais promissor.

Dióxido de carbono, uma tendência nos supermercados

Você já deve ter reparado que os clientes de refrigeração comercial têm valorizado muito as configurações compactas, sem a necessidade de casas de máquina para abrigar o coração do sistema.

Neste cenário, os compressores incorporados aos equipamentos de frio, como ar-condicionados e refrigeradores, vêm fazendo sucesso, o mesmo acontecendo com o uso do propano (R2-90), ficando o CO₂ como tendência para casas de máquinas e refrigeração remota.

Eu li no Clube da Refrigeração, da Embraco, uma matéria muito interessante sobre como funcionam esses refrigerantes e as instalações que o recebem, e vou resumir aqui pra você.

Antes de tudo, vale lembrar que existem dois tipos de sistemas, os 100% com CO₂ e os híbridos.

Como o nome já diz, os primeiros só utilizam CO₂ e são mais comuns em países com temperatura ambiente abaixo de 21°C, sendo também chamados de sistemas transcríticos.

Os híbridos, por sua vez, utilizam o CO₂ na baixa temperatura (congelados), e fluidos como o R-290, R-134a, R-404A e R-717 fazendo a condensação na média temperatura. Normalmente os sistemas em cascata utilizam esse método.

No caso do sistema transcrítico, ocorre um resfriamento do fluido no gás cooler, já que as temperaturas superam as marcas críticas do CO₂, e as

pressões de trabalho podem chegar a 90 bar ou 1.305 psig na alta pressão.

O fluido refrigerante se armazena no tanque de líquido, sendo depois distribuído para os sistemas de baixa e média temperaturas, sempre pela parte de baixo do tanque, de tal forma que só vá líquido para o sistema.

Na média temperatura, o fluido sai do tanque, passa pela válvula de expansão e pelo evaporador, sendo logo succionado pelos compressores de média temperatura.

No sistema de baixa temperatura o refrigerante segue o mesmo caminho, mas antes é succionado pelos compressores de baixa temperatura, que fazem a pressão baixar para as condições de congelados, fechando-se o circuito quando o fluido é enviado para a sucção dos compressores de média temperatura.

Em se tratando de um sistema híbrido, também conhecido como subcrítico ou cascata, aplica-se o CO₂ no circuito de baixa temperatura e outro fluido no de alta.

Assim, a condensação do CO₂ ocorre com a evaporação do outro fluido, o que eleva o Coeficiente de Performance (COP) do ciclo.

Em outras palavras, o sistema de média temperatura tem um evaporador que é o condensador do sistema de baixa temperatura com CO₂, função normalmente exercida por um trocador a placas.

Uma das vantagens desse sistema é que suas condições de pressão se assemelham às do R-410A e ele pode operar em qualquer tipo de clima, inclusive com temperaturas acima de 21°C.

Bem, espero ter ajudado a explicar esse assunto que tende a ser cada vez mais frequente no nosso dia a dia. O negócio é conhecer a fundo as novidades que estão chegando ao mercado para poder sair na frente e oferecer aos nossos clientes aquilo que eles estão procurando.