Frigelar chega a Manaus

Os colegas de Manaus e região agora podem fazer o que eu sempre fiz: comprar na Frigelar todas as suas peças e equipamentos para refrigeração e ar-condicionado.

Desde o último dia 17 de agosto isto se tornou possível, graças à inauguração da primeira loja da rede na capital amazonense. Ela fica na Rua Pará, 640, e chega à cidade para fazer a diferença, com seus 1.800 m², 28 funcionários e cerca de 15 mil itens em estoque.

O leiaute otimizado convida o cliente a ficar mais perto das peças para poder testá-las. Tudo isso num ambiente espaçoso, confortável, climatizado, em local de fácil acesso e com estacionamento próprio, detalhes que se somam para tornar o momento da compra o mais aconchegante possível.

O gerente de lá se chama Hugo Medeiros da Silva, está no ramo há 29 anos e me disse que suas expectativas são as melhores possíveis, “pois estamos numa região de forte calor, onde o ar condicionado não é artigo de luxo, mas sim de primeira necessidade”.

Além disso, ele considera altamente positivo haver em sua cidade um polo industrial que sempre se renova e também um importante polo pesqueiro. O fato de a economia brasileira já dar alguns sinais de aquecimento também o anima.

“Nós estamos aqui para atender toda essa demanda. Temos grande expectativa de ser um sucesso, foi para isso que a gente chegou”, afirma Hugo, confiante.

Loja da Frigelar na capital amazonense está localizada na Rua Pará, 640

Cilindros, saiba como usá-los

Eles são nossos grandes companheiros, presentes em boa parte dos serviços executados no dia a dia. Mas, se usados indevidamente, os cilindros de fluidos refrigerantes podem ser responsáveis por serviços malfeitos e até mesmo acidentes.

Vamos, então, conferir alguns cuidados básicos existentes no seu manuseio.

A primeira coisa a ser lembrada é que os fluidos refrigerantes são líquidos e, como tal, podem se dilatar sob altas temperaturas, o que torna desaconselhável deixar os cilindros expostos ao sol, no interior de carros e em locais com temperatura superior a 50 ºC.

Na hora do envaze, eles não devem ser sobrecarregados, valendo como regra geral de segurança o preenchimento de no máximo 80% da capacidade indicada no rótulo do cilindro.

Para evitar falhas, enganos e contratempos, jamais misture diferentes tipos de fluidos refrigerantes num mesmo cilindro, muito menos utilize um recipiente rotulado com outra substância.

Evite ainda a prática de deslocar refrigerantes a baixas temperaturas de ebulição em cilindros previstos para conter refrigerantes a temperaturas mais altas.

Fique de olho, também, se o cilindro está livre de contaminação por óleo, ácido ou umidade, evitando assim problemas técnicos no equipamento que vai receber a carga. Aliás, vale aqui uma dica extra: mantendo fechada a válvula do cilindro vazio você impede a penetração de umidade.

Outra coisa muito importante é nunca reutilizar cilindros descartáveis, pois eles foram projetados para apenas um envaze e não possuem válvula de segurança.

Pronto, agora que você relembrou alguns dos principais cuidados envolvendo os cilindros de refrigerantes, é só sair em campo e realizar bons serviços utilizando melhor ainda esse nosso grande aliado.

Sub-resfriamento vale a pena

Eu sei que muitos colegas franzem a testa só de ouvir falar em sub-resfriamento. Mas não se trata de nenhum bicho de sete cabeças, não. E o que é melhor, se bem observada no dia a dia, essa prática pode deixar o cliente supersatisfeito com a eficiência alcançada em sua instalação.

Na verdade, sub-resfriamento é aquela condição obtida quando o fluido refrigerante está mais frio que a temperatura mínima (de saturação) necessária para evitar sua entrada em ebulição, ou seja, a mudança do estado líquido para o gasoso.

Trocando em miúdos, a quantidade de sub-resfriamento corresponde à diferença entre a temperatura de saturação e a temperatura real da linha de líquido.

Mas como executar ou aferir esse parâmetro? Bem, a melhor prática a adotar é sempre consultar o manual do fabricante do equipamento e seguir à risca o que lá estiver indicado.

Na média, porém, o sub-resfriamento ocorre entre 8 °C e 11 °C em sistemas de climatização, e entre 3 °C e 8 °C nos equipamentos refrigeradores.

Para realizar o serviço, você deve estar munido de manifold, termômetro de bulbo ou eletrônico com sensor de temperatura, filtro ou espuma isolante e tabela de conversão pressão-temperatura (P/T) do fluido refrigerante utilizado.

A título de exemplo, vamos imaginar um equipamento com R-22 em que o sub-resfriamento desejado estivesse entre 8 °C e 11 °C e que a pressão da linha de descarga (manômetro) acusasse 260 psig. Já a temperatura de condensação saturada estaria a 49 °C e a da linha de líquido a 45 °C. O sub-resfriamento seria de 4 °C, o que corresponde à subtração dessas duas temperaturas. Como a nossa meta estava entre 8 °C e 11 °C, seria necessário adicionar refrigerante para alcançar a carga desejada.

Complicado? Nem tanto, mas vale a pena o esforço. O correto sub-resfriamento aumenta a eficiência do sistema, pois quantidade de calor a ser removida por libra de refrigerante circulado é maior. Quer dizer, menos fluido é bombeado para manter a temperatura desejada, o que diminui o tempo de funcionamento do compressor.

Obrigado, Willis Carrier

Vale a pena conhecer um pouco melhor a história deste homem tão importante não só para nós, refrigeristas, como também para todos que utilizam o ar-condicionado no seu dia a dia.

Você sabia que a invenção de Willis Carrier começou a nascer em 1902, quando ele buscava uma solução para problemas de temperatura e umidade em lugares fechados?

Pois bem, o engenheiro esperava um trem em Pittsburgh, cidade da Pensilvânia até hoje conhecida como a mais chuvosa dos Estados Unidos.

Admirando aquele clima cheio de nevoeiro, ele perguntou a si mesmo: por que não empurrar o ar com água fria, fazer vapor e regular a quantidade de umidade do ambiente?

Essa ideia aparentemente simples e despretensiosa daria origem, em 17 de julho daquele mesmo ano, ao projeto do primeiro sistema de ar condicionado moderno. O equipamento foi instalado numa gráfica onde a umidade manchava o papel no verão.

Dessa forma, aos 25 anos de idade e apenas um ano depois de pegar o diploma da faculdade, Willis Carrier começava a colocar seu nome na lista dos grandes inventores do século 20, com nada menos que 80 patentes registradas.

Seu brilhantismo foi novamente demonstrado quando, em 1911, bolou a Fórmula Psicrométrica Racional, trabalho que acabaria se tornando a base de todos os cálculos fundamentais em condicionamento de ar.

Já a empresa com o seu nome, que até hoje é uma força mundial do setor, foi fundada juntamente com seis amigos no ano de 1915.

No começo, eles ainda cuidaram de sistemas para a indústria, mas em 1924 fizeram um monte de instalações para cinemas, levando, dois anos depois, o ar-condicionado também para as residências.

Até sua morte, em 1950, aos 73 anos de idade, a vida desse brilhante engenheiro foi uma vitória atrás da outra.

Por isso tudo vale a pena dar uma paradinha na próxima segunda-feira e render homenagem a alguém que, há 115 anos, revolucionou o tratamento do ar e abriu oportunidade de trabalho para tanta gente ao redor do mundo, mudando a indústria e a ciência para sempre.

Conhecimento, a principal ferramenta

Você sabe tanto quanto eu que trabalhar sempre bem equipado resulta em serviços mais eficientes e menos manutenções em garantia.

Multímetros e manômetros digitais e bons sistemas para a recolhimento e reciclagem de refrigerantes são exemplos de itens muito bem-vindos na maleta do bom profissional, assim como ferramentas manuais de primeira linha.

Enfim, hoje existe uma série de aparelhinhos maravilhosos para facilitar nossa vida, não é mesmo?

Veja o caso dos tablets e smartphones. Com eles, usamos a internet em campo para consultar manuais de fabricantes, emitir nota fiscal eletrônica, exportar relatórios e enviá-los por e-mail, além de ter acesso a muitas outras facilidades que estar on-line permite.

Numa pesquisa feita com colegas nossos lá nos EUA ficou demonstrado que outro grande sonho de consumo da galera é ter mais instrumentos eletrônicos de análise. A ideia é chegar ao local da obra e acessar arquivos com experiências anteriores para encontrar o diagnóstico certo logo de cara.

Igualmente desejada é a atualização tecnológica dos dispositivos já existentes. Os manômetros de porta dupla, por exemplo, além de verificar as leituras de delta T, no futuro deverão se integrar a todo o conjunto digital, já pensou?

No campo dos utensílios mais tradicionais, a pesquisa apontou necessidades como o surgimento de uma ferramenta melhor para reposicionar válvulas de acesso de refrigeração de ¼ de polegada (0,63 cm).

Mas para aproveitar bastante tantas novidades tecnológicas é fundamental a gente ser um profissional interessado, em busca constante de atualização e conhecimento.

Caso contrário, verdadeiras maravilhas tecnológicas correm o risco de ficar abandonadas no fundo da maleta, ou então serem simplesmente subutilizadas no dia a dia.


Quanto tempo leva a evacuação ideal do circuito frigorífico?

As técnicas modernas de evacuação têm o propósito de desgaseificar e desidratar o circuito frigorífico.

Portanto, o objetivo deste procedimento é remover as impurezas até chegar a um nível em que os gases não condensáveis e, acima de tudo, a umidade não alterem as propriedades químicas do fluido refrigerante e do óleo.

Mas, infelizmente, muitos colegas não dão a devida importância a esse processo primordial durante a instalação ou o reparo de equipamentos de climatização e refrigeração, como ar-condicionado e refrigerador. Como resultado, a eficiência e a vida útil dos sistemas são diretamente afetadas.

Ao entrar em contato com o óleo e o refrigerante, a umidade ajuda a formar os ácidos fluorídrico e clorídrico, que, por sua vez, podem causar danos permanentes ao sistema.

De qualquer forma, todo refrigerista que já tenha manuseado uma bomba de vácuo já perguntou ou já foi perguntado sobre quanto tempo demora a evacuação ideal de um circuito frigorífico.

Posso dizer que a duração dessa operação depende de muitos fatores, como o porte do sistema, o nível de contaminação, o diâmetro e o comprimento das mangueiras de vácuo, a presença de válvulas de serviço (Schrader), o ressecamento do óleo da bomba de vácuo e, por fim, a capacidade dessa ferramenta.

E mais importante que o tempo de uma evacuação é saber quando ela está totalmente completa.

A remoção do ar é um processo fácil, mas retirar a umidade de um circuito frigorífico é muito mais difícil e simplesmente leva mais tempo.

A umidade tem ligações moleculares fortes e não se solta facilmente das superfícies às quais se liga. É preciso energia térmica e tempo para essas ligações se romperem e um vácuo profundo para que a bomba consiga, finalmente, removê-la do sistema.

Bom vácuo deve ser realizado com bomba de duplo estágio

A moral da história é esta: uma evacuação adequada pode demorar 10 minutos, 10 horas ou 10 dias. Enfim, ela simplesmente leva o tempo que for necessário.

A evacuação também não pode ser acelerada ou forçada, porque as consequências disso são bem piores do que o tempo perdido no processo.

E a melhor e mais importante coisa para se lembrar é que a limpeza é essencial quando falamos da preparação e, finalmente, da evacuação em si.

Isso significa que é indispensável manter a tubulação do sistema limpa, a bomba de vácuo limpa, o óleo limpo e seguir os procedimentos de segurança recomendados. Aliás, isso nunca pode ser ignorado.

Bomba de vácuo e outras ferramentas

Segundo os documentos técnicos do Programa Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), um bom vácuo deve ser realizado com uma bomba de duplo estágio com válvula de balastro de gás e tamanho adequado ao volume do sistema de refrigeração.

O equipamento tem de possuir conexões macho para mangueiras de 1/4” e 3/8”, além de válvula solenoide no lado da sucção, a fim de evitar o retorno do ar para o circuito frigorífico, no caso de falta de energia elétrica durante a operação.

O conjunto manifold deve conter conexão de válvula para bomba de vácuo e, para limpar adequadamente o sistema, um vacuômetro preciso é um componente indispensável. Por isso, o modelo eletrônico é o único capaz de determinar quando a evacuação está completa.

Para fazer o procedimento, a bomba de vácuo deve ser conectada às válvulas de serviço de evacuação nos lados de alta e baixa pressão, após o teste de detecção de vazamentos e antes da carga de fluido refrigerante.

E não se esqueça, pessoal: é preciso atingir um vácuo de cerca de 500 mícrons com a bomba em operação. Depois de cinco minutos, com a bomba em repouso, o vácuo não deve ultrapassar os 1.500 mícrons.

Ficou com alguma dúvida? Pergunte ao Seu Paschoal aqui na área de comentários.

Evacuação inadequada reduz vida útil dos sistemas de refrigeração e ar condicionado

Tudo pronto para a 20ª Febrava

Fiquem atentos, colegas refrigeristas. A Febrava já abriu o credenciamento on-line para os visitantes.

A maior mostra da indústria latino-americana de climatização e refrigeração será realizada entre 12 e 15 de setembro, no São Paulo Expo.

Mais de 500 empresas já confirmaram participação no evento, incluindo a EOS Suportes. A expectativa da organização é receber 30 mil visitantes.

Este ano, a Febrava será promovida paralelamente à Equipotel, exposição do setor de hospitalidade e food service. Ou seja, quem quiser, poderá visitar dois os eventos.

Para se credenciar, é muito fácil. Basta clicar aqui, preencher o formulário e imprimir sua credencial.

Eu já fiz meu credenciamento, e você?


Seguindo de perto as tendências

Os refrigeristas precisam estar atentos para adaptar sua prestação de serviços à realidade do mercado.

Um bom exemplo dessa postura foi dado por Wellington Aparecido Bezerra, que começou a trabalhar com linha branca em 2005 e, nos últimos cinco anos, deu uma guinada na rota de sua empresa, a Samafrio, de São Bernardo do Campo (SP).

“A demanda por instalação de split aumentou muito, o que fez a gente se especializar nessa área, atendendo indústrias e residências em geral”, explica o empreendedor.

Segundo Wellington, a própria crise econômica trouxe um novo nicho a ser explorado, pois várias empresas remanejaram seus galpões e outras dependências, requerendo os serviços de desinstalação e instalação de ar-condicionado.

Outra tendência positiva, no seu entender, fica por conta da entrega de um grande número de empreendimentos imobiliários. “O pessoal vai mudar e precisa deixar toda a parte de infraestrutura pronta”, comemora.

Mas, além de reagir aos diferentes movimentos do mercado, esse cliente assíduo da Frigelar acha necessário driblar certas dificuldades para o sucesso no seu dia a dia.

Um deles é a falta de previsão, nos projetos arquitetônicos, do espaço dedicado à climatização.

“Os arquitetos pensam em tudo, mas nunca no ar-condicionado. Aí, na hora da instalação, é aquela briga, porque tem que ter a estética. É, realmente, um desafio”, lamenta.


Saiba a potência ideal do ar-condicionado

Você sabe indicar ao seu cliente a potência ideal do ar-condicionado, conforme as características do ambiente?

Pois bem, existe uma fórmula bastante simples para essa escolha tão importante para o sucesso de sua instalação. Você também pode usar a calculadora de BTUs de ar-condicionado.

Primeiramente, o total de metros quadrados do cômodo deve ser multiplicado por 600 BTUs, o mesmo se aplicando a cada pessoa adicional (a primeira não conta) que frequente o local.

Também deve-se considerar nesse cálculo a quantidade de equipamentos eletrônicos, somando os mesmos 600 BTUs por aparelho existente.

Imagine como exemplo uma sala de 15 metros quadrados, frequentada por 3 pessoas e onde funcionem 3 computadores.

O cálculo seria este: 600 x 15 (área) = 9.000 + 1.200 (2 pessoas, já que a primeira não conta) + 1.800 (computadores) = 12.000 BTUs.

Mas fique esperto, se bater sol diretamente no imóvel, use como referência 800 BTUs, e não 600 BTUs, em cada cálculo.

Lembre-se ainda que é uma péssima ideia indicar para os seus clientes aparelhos abaixo da potência correta.

Essa prática é famosa por aumentar os custos com manutenção e consumo de energia elétrica, uma vez que o aparelho vai funcionar o tempo todo com sua capacidade máxima para tentar chegar à temperatura desejada.


A essencial limpeza dos filtros

Limpar periodicamente os filtros do ar-condicionado é uma providência vital para o bom funcionamento do aparelho, economia de energia elétrica e, principalmente, manter a saúde dos frequentadores do ambiente.

Quando eles estão sujos o ar não circula como deveria, o que exige maior esforço do compressor para chegar à temperatura desejada. Além de aumentar a conta de luz, isto diminui a vida útil do condicionador.

Sem falar que toda a sujeira acumulada no filtro é transferida para o recinto, podendo resultar em doenças alérgicas e respiratórias.

Por tudo isso, sempre que terminar uma instalação você pode ensinar o cliente a realizar ele próprio essa tarefa bastante simples, mas de fundamental importância.

Vamos relembrar, então, como fazer essa limpeza?

Primeiramente, deve-se abrir com cuidado o painel frontal para ter acesso aos filtros de nylon.

Depois, segurar no puxador de cada um dos dois filtros e levantá-los um pouco, para desencaixá-los do suporte.

Vale lembrar: o aparelho deve ser mantido desligado durante toda a operação.

Se o modelo tiver filtro de carvão ativado (lado esquerdo) ou filtro Hepa (lado direito), eles devem ser retirados antes da limpeza dos filtros de nylon e ser higienizados com aspirador de pó, ou então ser substituídos.

Lembre-se, a limpeza desses filtros deve ser mensal e a troca é recomendável a cada quatro ou cinco meses.

Voltando aos filtros de nylon, após sua retirada eles devem ser lavados com água morna (nunca acima de 40 ºC) ou fria, sendo limpos com a ajuda de uma escova e sabão neutro, se necessário.

Finalmente, chega a hora de enxugá-los bem à sombra, com a reinstalação sendo feita no compartimento do condicionador.

Pronto, é só fechar o painel frontal e utilizar o ar-condicionado normalmente, agora com a certeza de que ele está funcionando melhor e preservando a saúde de todos à sua volta.