Software facilita dia a dia dos refrigeristas

Toda a facilidade trazida pela informática às mais diversas áreas da vida moderna também tem operado verdadeiras maravilhas no nosso setor.

Manter o controle a distância de um sistema de refrigeração, ar-condicionado ou aquecimento, por exemplo, tornou-se muito mais fácil e barato do que se poderia imaginar tempos atrás.

Isso ocorre porque empresas como a Full Gauge Controls, de Canoas (RS), disponibilizam gratuitamente aos seus clientes o gerenciamento das instalações via internet.

Com recursos assim, é possível avaliar, configurar e armazenar continuamente, por computador ou celular, de qualquer parte do mundo, dados sobre temperatura, pressão, umidade, tempo e voltagem, ou seja, parâmetros fundamentais de um sistema, cujo pronto conhecimento permite intervenções técnicas mais seguras e em tempo real.

E o que é melhor, em sua versão PRO, o software Sitrad pode ser utilizado facilmente até mesmo por quem não tenha maiores conhecimentos em informática, permitindo acessar remotamente desde redes de supermercados, frigoríficos e restaurantes até hotéis, hospitais, laboratórios ou residências, dentre outros locais.

Bem, passe por lá e baixe você mesmo o programa para conhecer de perto todos os seus detalhes. O endereço é www.sitrad.com.br. A solução da Full Gauge Controls também pode ser encontrada nas 22 lojas da Frigelar espalhadas pelo País.

Superaquecimento, um cálculo fundamental

Nós, refrigeristas, sabemos o quanto é o importante apurar o superaquecimento de um sistema, pois deste cálculo depende não só o bom funcionamento, como também a vida útil do compressor.

Por isso, sempre vale a pena relembrar o que é esse conceito e como colocá-lo em prática no dia a dia.

Primeiramente, superaquecimento é a quantidade de calor absorvida pelo fluido até a sua saturação. Em outras palavras, conhecer esse parâmetro significa saber exatamente o quanto de calor o fluido absorveu no evaporador, transformando-se em vapor e voltando ao compressor.

Se esse vapor retorna muito quente, o compressor corre o risco de travamento, devido à carbonização do óleo.

Mas como fazer essa medição? Bem, a primeira providência é estar equipado com manifold, termômetro de contato ou eletrônico, fita ou espuma isolante e tabela de relação pressão x temperatura de saturação do refrigerante utilizado no sistema.

Depois, coloque o sensor de temperatura em contato com a tubulação de sucção a 150 mm da entrada da unidade condensadora. A superfície deve estar limpa e a medição ser feita na parte superior do tubo, para evitar leituras falsas. Lembre-se: precisa recobrir o sensor com espuma ou fita para isolá-lo da temperatura ambiente.

O passo seguinte é instalar o manifold na tubulação de sucção e, com as condições de funcionamento estabilizadas, ler a pressão, obtendo a temperatura de evaporação saturada na tabela do respectivo fluido refrigerante.

Na sequência, leia a temperatura de sucção, faça várias leituras e calcule a sua média, que será o valor a ser considerado.

Agora é só subtrair a temperatura de evaporação saturada da temperatura de sucção para achar o superaquecimento, que se estiver entre 5ºC e 7°C, de acordo com os parâmetros da Norma ARI 210, significa uma correta carga de refrigerante.

Caso o superaquecimento esteja abaixo dessa faixa, é preciso retirar refrigerante do sistema do refrigerador, ou freezer. Se, ao contrário, estiver acima, é necessário completá-lo.

Pronto, espero ter ajudado os colegas a relembrar essa operação relativamente simples, mas que é tão importante para a qualidade do nosso trabalho.

Carga de refrigerante, uma operação delicada

Nossa última postagem sobre carga de fluido refrigerante recebeu mensagens de vários colegas lembrando erros graves que devem ser evitados nesta área. Por exemplo, reaproveitar o gás restante no sistema, deixar de verificar fugas, usar fluidos de má procedência e fazer vácuo sem vacuômetro ou usando uma bomba sem manutenção.

Pois bem, vamos relembrar hoje as boas práticas desse momento crítico de uma instalação, quando o compressor será ligado pela primeira vez, ou então voltará a funcionar, após uma manutenção.

A primeira coisa a pensar é na sua própria integridade ao realizar este trabalho, o que só pode ser garantido com o uso dos devidos equipamentos de proteção individual (EPIs), isto é, óculos de segurança e luvas.

Vamos agora separar as ferramentas apropriadas para essa operação: manifold, conjunto de mangueiras, chave de serviço, chave inglesa e balança.

Observados esses pontos fundamentais, chega a hora de verificar se o sistema se encontra em vácuo, ou seja, sem qualquer vestígio de umidade.

Para começar o serviço, o manifold deve ser conectado nos diferentes pontos do sistema (baixa pressão, alta pressão e recipiente de fluido), com a mangueira de abastecimento permitindo a passagem de refrigerante líquido pela linha de alta pressão.

A carga deve ser feita até que o sistema não admita mais fluido, respeitando sempre a quantidade estabelecida pelo fabricante, quando esse dado for conhecido.

Caso seja preciso introduzir mais refrigerante, uma vez ligado o sistema de refrigeração e verificado o seu funcionamento, isto deve ser feito pela linha de sucção até o completo abastecimento, igualmente observando os parâmetros de fábrica.

Finalmente, como saber se a carga de refrigerante está correta? Bem, os sinais clássicos disto são o visor de refrigerante cheio e com fluxo constante; a pressão de descarga dentro de valores padrões para a temperatura ambiente; a corrente do compressor com valores coerentes aos informados pelo fabricante e o sub-resfriamento do sistema acusando entre 3 e 8 °K.

Como está seu cadastro no Ibama?

O calor está chegando e você deve estar se preparando de todas as formas para aproveitar a melhor época do ano em volume de serviço.

Não se esqueça, então, de colocar entre as prioridades uma checada no seu Cadastro Técnico Federal, aquele controle pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para saber a quantas anda o consumo de substâncias como os gases refrigerantes, que são monitorados.

Nossa atividade pertence ao “Código 21-3 – Outros Serviços – Utilização de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal – Gás do ar condicionado”.

A grande maioria das revendas do nosso setor só está vendendo gás para profissional cadastrado no portal do Ibama, com renovação a cada três meses, como manda a lei.

Se você ainda não se cadastrou ou quer renovar o seu registro, faça o seguinte:

 

  • Para começar, instale o navegador Mozilla Firefox no seu computador, pois o formulário fica mais fácil de ser preenchido com ele, conforme explica o próprio Ibama em sua página;
  • Depois, entre neste link: https://servicos.ibama.gov.br/ctf/cadastroInicialPessoaFisica.php. Se aparecer uma mensagem informando que a página é insegura, clique sobre “Avançado”. Em seguida, vai surgir na parte de baixo uma caixa de diálogo para você adicionar o endereço da página à lista de exceção. Basta fazer isso para entrar sem problema;
  • Daí em diante, é só colocar as informações solicitadas, pois são dados que você conhece melhor que ninguém.

 

Mais uma dica: crie um histórico de seu consumo de fluido refrigerante mês a mês, guardando numa pasta as notas fiscais de suas compras, pois a cada renovação do cadastro essa informação será pedida.

Terminais para atualização do cadastro do Ibama podem ser encontrados nas lojas da Frigelar

Ferramentas estão cada vez mais inteligentes

O que seria de nós sem as nossas ferramentas? Como prestar um bom serviço longe dessas velhas companheiras de todas as horas? Pois bem, por mais que reconheçamos isto, é preciso aceitar: elas não são mais as mesmas.

A grande transformação dessa área surgiu porque as opções de conectividade e recursos remotos se tornaram verdadeiras obsessões para nós, usuários, levando os fabricantes a desenvolver instrumentos com uma capacidade de diagnóstico cada vez maior em praticamente todas as demandas do setor.

Afinal, as equipes de gerenciamento de manutenção precisam trabalhar com muito mais informações sobre os equipamentos de HVAC-R, não só para corrigir eventuais problemas, como também armazenar os dados e formar o histórico atualizado do seu funcionamento.

Nas ferramentas de serviço, por exemplo, tem sido frequente a instalação de sensores sem fio que se sincronizam com aplicativos de dispositivos móveis, permitindo que os usuários leiam as pressões e temperaturas de um sistema em tempo real, sem o uso de mangueiras ou manômetros.

Quer dizer, conectados a um smartphone ou tablet, permitem monitorar o desempenho do sistema em qualquer lugar ao alcance do bluetooth, fornecendo imediatamente a leitura de parâmetros como superaquecimento e sub-resfriamento, com a vantagem de permitir gravação, salvamento e compartilhamento desses números, que também podem ser utilizados como provas de trabalho.

As chaves de torneamento igualmente estão bastante mudadas, para satisfazer às exigências de um mundo marcado pela alta tecnologia. Em sua versão digital, essa conhecida ferramenta exibe o valor do torque enquanto você faz o aperto, com um led luminoso e um sinal acústico aumentando à medida que se aproxima o valor programado.

Os medidores de vácuo também estão diferentes, pois além de ler várias unidades (microns, milibar, Torr e Pascal), possuem sinais de áudio e visuais indicando quando o nível alvo é alcançado.

Por meio de um aplicativo, pode-se conectar a um dispositivo inteligente, permitindo medir, monitorar, diagnosticar, testar, verificar, armazenar e compartilhar todos os aspectos da evacuação de um sistema.

As ferramentas utilizadas para a instalação de tubulações PEX, por sua vez, ganharam novos atributos. Alimentadas por bateria, as novas versões podem conectar acessórios de anel de cobre e sistemas PureFlow com apenas uma mão, pois são leves e compactas, permitindo conexões bem feitas em espaços apertados.

Outra rotina do nosso cotidiano que tende a ficar bem mais fácil são as medições de corrente para detectar se um problema técnico decorre do mau funcionamento do sistema ou da fonte de energia.

Isso ocorre porque os monitores de potência trifásica já começam a ser produzidos com registro online em tempo real, permitindo o rápido diagnóstico de falhas que antes consumiam muitas horas de investigação.

Por esses e muitos outros exemplos, fica claro que o refrigerista tem hoje à sua disposição uma gama de recursos inimaginável há alguns anos.

Mas a boa utilização desses instrumentos continua dependendo de sua disposição de estudar sempre e ser um profissional realmente bem preparado, já que o conhecimento sempre foi e vai continuar sendo a melhor ferramenta.

Carga de fluido refrigerante: saiba como fazê-la corretamente

Carregar o sistema de refrigeração é uma das rotinas mais frequentes do nosso trabalho e também de grande responsabilidade, principalmente quando a gente pensa nos danos causados pela liberação na atmosfera de substâncias nocivas ao clima do planeta.

Um bom serviço neste campo começa sempre pela verificação das mangueiras, que não devem conter gases incondensáveis ou outro fluido frigorífico, sendo recomendável a evacuação nesses casos.

Depois chega a hora de adicionar o fluido ao sistema, o que pode ser feito de duas maneiras: em estado líquido no tanque ou linha de líquido, após o sistema ter sido evacuado e antes de ser ligado, ou em estado de vapor na linha de sucção, com o sistema funcionando e a carga sendo completada.

Todos os blends, como os fluidos da família R-400, devem ser carregados na forma líquida, para que a proporção depositada no sistema esteja correta. Na forma gasosa, a substância tem peso diferente e acaba saindo desbalanceada.

Outro cuidado essencial é definir a quantidade correta de fluido frigorífico a adicionar, seguindo para isso critérios como o peso ou volume, quando a carga necessária é conhecida; além da análise do visor de líquido, de acordo com a pressão do sistema.

Em qualquer dessas hipóteses, o ideal é ter acesso à folha de dados do equipamento, na qual se encontram os parâmetros de operação, que deverão ser comparados com os valores reais de funcionamento.

Bem, agora que já carregamos nosso sistema, as mangueiras devem ser removidas com uma perda mínima de fluido frigorífico, com a quantidade residual, sempre em estado de vapor, sendo enviada para as linhas de sucção.

Para finalizar a tarefa, lembre-se de colocar uma etiqueta no refrigerador ou freezer,  informando o nome da empresa responsável pelo serviço, tipo, quantidade de fluido utilizado e realize teste de vazamento nas conexões por onde o sistema foi carregado.

Algumas dicas para o trabalho ecologicamente correto

Eu estava navegando pelo site do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) e vi por lá um material que achei interessante compartilhar com você. São algumas “regras de ouro” para a manutenção de sistemas de refrigeração e ar-condicionado.

O PBH, só pra lembrar, é uma iniciativa coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com a GIZ, agência de cooperação técnica da Alemanha, visando promover uma série de ações para banir do planeta, gradativamente, substâncias capazes de destruir a camada de ozônio.

Pois bem, vamos às dicas:

– Sempre aplique as boas práticas e trabalhe com segurança, recusando serviços que não possam ser prestados dessa forma;

– Recolha sempre o fluido frigorífico antes de reparar ou desativar um sistema;

– Recicle os fluidos frigoríficos sempre que possível, jamais liberando-os na atmosfera;

– Fluidos frigoríficos contaminados devem ser armazenados de forma segura e, posteriormente, encaminhados para a destruição;

– Nunca utilize substâncias que destroem a camada de ozônio ou fluidos frigoríficos com alto potencial de aquecimento global como solvente de limpeza de sistemas RAC;

– Vazamentos devem ser identificados um a um e reparados antes que o sistema receba uma nova carga de fluido frigorífico;

– Não quebre o vácuo do fluido frigorífico para múltiplos processos de evacuação, utilizando sempre nitrogênio seco para este procedimento;

– Melhore as técnicas relacionadas ao manuseio de fluidos frigoríficos, não purgando com eles, por exemplo, as mangueiras de refrigeração;

– Esvazie o cilindro de fluido frigorífico antes de descartá-lo;

– Não adicione fluido frigorífico ao equipamento sem saber os parâmetros para o seu funcionamento e a quantidade já contida em seu interior;

– Nunca utilize um cilindro de recolhimento sem identificação clara sobre o conteúdo e a finalidade de uso, nem misture diferentes tipos de fluido em um único cilindro de recolhimento;

Fluidos refrigerantes nunca devem ser lançados na atmosfera

– Mantenha os parâmetros de operação do sistema, tais como pressões, temperaturas, corrente elétrica e rendimento, conforme recomendado pelo fabricante, garantindo melhora na eficiência energética e aumento de sua vida útil;

– Preserve o histórico dos serviços de manutenção no livro de registro;

– Não trabalhe com ferramentas e equipamentos danificados ou defeituosos, tampouco utilize mangueiras de transferência de fluido frigorífico maiores que o necessário.

Pronto, agora fica mais fácil fazer a coisa certa em benefício não só do seu trabalho diário, mas, e principalmente, de toda a humanidade.

Frigelar vai sortear oficina completa para refrigeristas

Já pensou em ganhar de uma vez só todos os instrumentos e ferramentas mais importantes para o seu trabalho? Pois isso vai ser possível, graças à promoção Oficina Completa Frigelar, que começou em 15/9.

A premiação funciona assim: a cada R$ 150,00 em compras de peças de refrigeração nas lojas da rede participantes da promoção dão direito a um cupom.

Veja mais detalhes de como participar e troque suas notas fiscais por cupons no site www.promocaofrigelar.com.br.

Confira agora a lista completa dos prêmios: alicate amperímetro, flangeador simples, cortador, escareador, curvador ¼ x 7/8 (conjunto), vacuômetro, bomba de vácuo 5 CFM duplo estágio, furadeira de impacto, turbo torch/maçarico EOS; molas ¼, 3/8, ½, 5/8, serra copo, parafusadeira Bosch 12v, carga torch, manifold R22, termômetro digital simples LCD, pente, balança digital não programável 100 Kg, maleta ferramenta Irwin/Spazio, manifold R-410A, recolhedora de gás, capacímetro.

Bem, agora é com você. Boa sorte!!!!!!

Freezer ou câmara fria: qual é a melhor opção?

É importante levar em conta uma série de variáveis antes de indicar ao seu cliente a escolha com melhor relação custo-benefício.

Claro que se o volume de produtos a armazenar for pequeno não se deve pensar em câmaras, até mesmo em função do investimento inicial bem maior para adquiri-las.

Porém, quando existe uma quantidade razoável a estocar, possuir uma ou mais câmaras frigoríficas é sinônimo de organização, higiene e economia, tanto de energia elétrica quanto de espaço.

Um dia desses, por exemplo, eu estava fazendo compras na Frigelar e fiquei muito impressionado ao ver algumas câmaras frigoríficas que estavam expostas por lá.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a maior capacidade de armazenamento com uma menor ocupação de área. Quer dizer, num espaço inferior a seis metros quadrados elas permitem armazenar oito metros cúbicos, ou seja, o equivalente a 16 freezers, que precisariam de 22 metros quadrados para ser instalados.

Mas as vantagens não param por aí. O consumo de energia elétrica aumenta em proporção inferior e pode cair mais que a metade com a utilização da câmara em sua capacidade máxima.

Por fim, com esse tipo de equipamento sempre fica mais fácil manter os produtos organizados, em boas condições de higiene e manuseio, cumprindo à risca as exigências da Vigilância Sanitária.

Bem, espero que agora fique mais fácil orientar aquele cliente em busca da melhor solução para o seu negócio. Para receber mais informações sobre câmaras frigoríficas, clique aqui.

Conheça as vantagens do sub-resfriamento e superaquecimento

Imagine uma situação bastante comum do nosso dia a dia. Você vai realizar uma ordem de serviço, tira algumas leituras de uma unidade condensadora e descobre que a pressão de sucção está baixa. O que você faz?

Eu sei que na maioria dos casos a resposta vai ser: “adiciono mais refrigerante”. Mas, antes de começar a colocar mais fluido, não seria uma boa ideia confirmar se a baixa quantidade de fluido é mesmo o problema?

Para fazer o diagnóstico correto é preciso considerar as três principais causas deste tipo de problema e conferir o sub-resfriamento e o superaquecimento do sistema. Então vejamos:

CAUSA Nº 1: Calor insuficiente enviado ao evaporador

Isso pode ser provocado por baixo fluxo de ar (filtro sujo, tubulação limitada ou com tamanho inferior ao ideal, acúmulo de poeira e impurezas na ventoinha), além de sujeira ou uma obstrução na bobina do evaporador.

Bom, a análise do superaquecimento indicará se a baixa sucção é causada por calor insuficiente enviado ao evaporador. Para checar o superaquecimento, prenda um termômetro na linha de sucção com a finalidade de medir a temperatura do cano. Não utilize um termômetro infravermelho para esta tarefa. Então, meça a pressão de sucção e verifique a temperatura correspondente no gráfico de temperatura/pressão. Por fim, subtraia os dois valores para chegar ao superaquecimento.

Por exemplo, uma pressão de sucção de 68 psi em um sistema com R-22 é convertido para 40 °F (4,5 ºC). Digamos que a temperatura da linha de sucção seja de 50 °F (10 ºC). Ao subtrairmos os dois números temos 10 ºF (5,5 ºC) de superaquecimento. Essa diferença para a maioria dos sistemas deve ser de aproximadamente 5,5ºC medido no evaporador; e de 11 ºC a 14 ºC perto do compressor.

Se a pressão de sucção for de 45 psi (que é convertido para 22 ºF ou -5,5 ºC na tabela), e a temperatura de sucção for de 32 ºF (0 ºC) o sistema ainda possui 10 ºF ou 5,5 ºC de superaquecimento. O fato de essas leituras serem normais indica que a baixa pressão de sucção não é causada por baixo volume de refrigerante, mas sim calor insuficiente enviado para o evaporador.

CAUSA Nº2: Aparelho de medição com defeito, obstruído ou abaixo do tamanho recomendado

Digamos que um sistema tenha 45 psi de pressão de sucção (convertido para 22 ºF ou -5,5 ºC) e 68 ºF (20 ºC) de temperatura na linha de sucção, o superaquecimento é de 46 ºF (25,5 ºC). Isso indica baixa quantidade de refrigerante no evaporador. Porém, antes de adicionar mais refrigerante, confira o sub-resfriamento para ter certeza de que o problema não é causado por um aparelho de medição defeituoso, obstruído ou abaixo do tamanho recomendado.

Enquanto o superaquecimento indica a quantidade de refrigerante que está no evaporador (o superaquecimento alto indica insuficiência, e o baixo é sinal de excesso), o sub-resfriamento mostra a quantidade de refrigerante no condensador.

O sub-resfriamento em sistemas que utilizam uma válvula de expansão termostática (VET) deve ser de aproximadamente 10 ºF (5,5 ºC) a 18 ºF (10ºC). Um sub-resfriamento mais alto indica excesso de refrigerante se acumulando no condensador.

Em sistemas VET com superaquecimento elevado, certifique-se de verificar o sub-resfriamento, conforme o refrigerante é adicionado. Se o superaquecimento não muda e o sub-resfriamento aumenta, o problema é com o dispositivo de medição. No caso de uma VET, é provável que a cabeça precise ser substituída.

Para averiguar o sub-resfriamento, posicione um termômetro na linha de líquido perto do condensador. Pegue a pressão da cabeça e verifique a temperatura correspondente na tabela. Subtraia os dois valores para chegar ao sub-resfriamento.

Por exemplo, 275 psi de pressão na cabeça em um sistema com R-22 tem uma temperatura correspondente de 124 ºF (51 ºC). A temperatura na linha de líquido é de 88 ºF (31 ºC). A diferença dos dois valores é de 36 ºF (20 ºC). Superaquecimento e sub-resfriamento elevados indicam um problema com o instrumento de medição.

Lembre-se sempre que o sub-resfriamento não aumenta nos sistemas com linha receptora líquida, uma vez que o líquido extra vai encher o receptor em vez de reforçar o condensador.

Receptores são raros em aparelhos de ar-condicionado, mas muito comuns em pequenos sistemas de refrigeradores como freezers em formato câmara fria. Se um sistema com receptor tem superaquecimento elevado e o visor da linha de líquido está cheio (sem bolhas), cheque o aparelho de medição.

Se o visor apresenta bolhas, o sistema pode estar com quantidade insuficiente de refrigerante, ou o filtro secador da linha de líquido pode estar obstruído.

CAUSA Nº 3: Quantidade insuficiente de refrigerante

De fato, há alguns casos em que a baixa pressão de sucção é causada por volume baixo de refrigerante. Se o superaquecimento é alto e o sub-resfriamento é baixo, a quantidade de refrigerante provavelmente será baixa. Apenas tenha em mente duas coisas: primeiro, encontre e conserte o vazamento. Segundo, monitore ambos – o superaquecimento e o sub-resfriamento – à medida que você acrescenta refrigerante, para evitar o excesso de carga.

Observados todos esses cuidados, parabéns! Seu sistema foi diagnosticado corretamente e tem tudo para voltar a funcionar muito bem.