Superaquecimento, um cálculo fundamental

Nós, refrigeristas, sabemos o quanto é o importante apurar o superaquecimento de um sistema, pois deste cálculo depende não só o bom funcionamento, como também a vida útil do compressor.

Por isso, sempre vale a pena relembrar o que é esse conceito e como colocá-lo em prática no dia a dia.

Primeiramente, superaquecimento é a quantidade de calor absorvida pelo fluido até a sua saturação. Em outras palavras, conhecer esse parâmetro significa saber exatamente o quanto de calor o fluido absorveu no evaporador, transformando-se em vapor e voltando ao compressor.

Se esse vapor retorna muito quente, o compressor corre o risco de travamento, devido à carbonização do óleo.

Mas como fazer essa medição? Bem, a primeira providência é estar equipado com manifold, termômetro de contato ou eletrônico, fita ou espuma isolante e tabela de relação pressão x temperatura de saturação do refrigerante utilizado no sistema.

Depois, coloque o sensor de temperatura em contato com a tubulação de sucção a 150 mm da entrada da unidade condensadora. A superfície deve estar limpa e a medição ser feita na parte superior do tubo, para evitar leituras falsas. Lembre-se: precisa recobrir o sensor com espuma ou fita para isolá-lo da temperatura ambiente.

O passo seguinte é instalar o manifold na tubulação de sucção e, com as condições de funcionamento estabilizadas, ler a pressão, obtendo a temperatura de evaporação saturada na tabela do respectivo fluido refrigerante.

Na sequência, leia a temperatura de sucção, faça várias leituras e calcule a sua média, que será o valor a ser considerado.

Agora é só subtrair a temperatura de evaporação saturada da temperatura de sucção para achar o superaquecimento, que se estiver entre 5ºC e 7°C, de acordo com os parâmetros da Norma ARI 210, significa uma correta carga de refrigerante.

Caso o superaquecimento esteja abaixo dessa faixa, é preciso retirar refrigerante do sistema do refrigerador, ou freezer. Se, ao contrário, estiver acima, é necessário completá-lo.

Pronto, espero ter ajudado os colegas a relembrar essa operação relativamente simples, mas que é tão importante para a qualidade do nosso trabalho.

Carga de refrigerante, uma operação delicada

Nossa última postagem sobre carga de fluido refrigerante recebeu mensagens de vários colegas lembrando erros graves que devem ser evitados nesta área. Por exemplo, reaproveitar o gás restante no sistema, deixar de verificar fugas, usar fluidos de má procedência e fazer vácuo sem vacuômetro ou usando uma bomba sem manutenção.

Pois bem, vamos relembrar hoje as boas práticas desse momento crítico de uma instalação, quando o compressor será ligado pela primeira vez, ou então voltará a funcionar, após uma manutenção.

A primeira coisa a pensar é na sua própria integridade ao realizar este trabalho, o que só pode ser garantido com o uso dos devidos equipamentos de proteção individual (EPIs), isto é, óculos de segurança e luvas.

Vamos agora separar as ferramentas apropriadas para essa operação: manifold, conjunto de mangueiras, chave de serviço, chave inglesa e balança.

Observados esses pontos fundamentais, chega a hora de verificar se o sistema se encontra em vácuo, ou seja, sem qualquer vestígio de umidade.

Para começar o serviço, o manifold deve ser conectado nos diferentes pontos do sistema (baixa pressão, alta pressão e recipiente de fluido), com a mangueira de abastecimento permitindo a passagem de refrigerante líquido pela linha de alta pressão.

A carga deve ser feita até que o sistema não admita mais fluido, respeitando sempre a quantidade estabelecida pelo fabricante, quando esse dado for conhecido.

Caso seja preciso introduzir mais refrigerante, uma vez ligado o sistema de refrigeração e verificado o seu funcionamento, isto deve ser feito pela linha de sucção até o completo abastecimento, igualmente observando os parâmetros de fábrica.

Finalmente, como saber se a carga de refrigerante está correta? Bem, os sinais clássicos disto são o visor de refrigerante cheio e com fluxo constante; a pressão de descarga dentro de valores padrões para a temperatura ambiente; a corrente do compressor com valores coerentes aos informados pelo fabricante e o sub-resfriamento do sistema acusando entre 3 e 8 °K.

Como está seu cadastro no Ibama?

O calor está chegando e você deve estar se preparando de todas as formas para aproveitar a melhor época do ano em volume de serviço.

Não se esqueça, então, de colocar entre as prioridades uma checada no seu Cadastro Técnico Federal, aquele controle pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para saber a quantas anda o consumo de substâncias como os gases refrigerantes, que são monitorados.

Nossa atividade pertence ao “Código 21-3 – Outros Serviços – Utilização de substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal – Gás do ar condicionado”.

A grande maioria das revendas do nosso setor só está vendendo gás para profissional cadastrado no portal do Ibama, com renovação a cada três meses, como manda a lei.

Se você ainda não se cadastrou ou quer renovar o seu registro, faça o seguinte:

 

  • Para começar, instale o navegador Mozilla Firefox no seu computador, pois o formulário fica mais fácil de ser preenchido com ele, conforme explica o próprio Ibama em sua página;
  • Depois, entre neste link: https://servicos.ibama.gov.br/ctf/cadastroInicialPessoaFisica.php. Se aparecer uma mensagem informando que a página é insegura, clique sobre “Avançado”. Em seguida, vai surgir na parte de baixo uma caixa de diálogo para você adicionar o endereço da página à lista de exceção. Basta fazer isso para entrar sem problema;
  • Daí em diante, é só colocar as informações solicitadas, pois são dados que você conhece melhor que ninguém.

 

Mais uma dica: crie um histórico de seu consumo de fluido refrigerante mês a mês, guardando numa pasta as notas fiscais de suas compras, pois a cada renovação do cadastro essa informação será pedida.

Terminais para atualização do cadastro do Ibama podem ser encontrados nas lojas da Frigelar

Ferramentas estão cada vez mais inteligentes

O que seria de nós sem as nossas ferramentas? Como prestar um bom serviço longe dessas velhas companheiras de todas as horas? Pois bem, por mais que reconheçamos isto, é preciso aceitar: elas não são mais as mesmas.

A grande transformação dessa área surgiu porque as opções de conectividade e recursos remotos se tornaram verdadeiras obsessões para nós, usuários, levando os fabricantes a desenvolver instrumentos com uma capacidade de diagnóstico cada vez maior em praticamente todas as demandas do setor.

Afinal, as equipes de gerenciamento de manutenção precisam trabalhar com muito mais informações sobre os equipamentos de HVAC-R, não só para corrigir eventuais problemas, como também armazenar os dados e formar o histórico atualizado do seu funcionamento.

Nas ferramentas de serviço, por exemplo, tem sido frequente a instalação de sensores sem fio que se sincronizam com aplicativos de dispositivos móveis, permitindo que os usuários leiam as pressões e temperaturas de um sistema em tempo real, sem o uso de mangueiras ou manômetros.

Quer dizer, conectados a um smartphone ou tablet, permitem monitorar o desempenho do sistema em qualquer lugar ao alcance do bluetooth, fornecendo imediatamente a leitura de parâmetros como superaquecimento e sub-resfriamento, com a vantagem de permitir gravação, salvamento e compartilhamento desses números, que também podem ser utilizados como provas de trabalho.

As chaves de torneamento igualmente estão bastante mudadas, para satisfazer às exigências de um mundo marcado pela alta tecnologia. Em sua versão digital, essa conhecida ferramenta exibe o valor do torque enquanto você faz o aperto, com um led luminoso e um sinal acústico aumentando à medida que se aproxima o valor programado.

Os medidores de vácuo também estão diferentes, pois além de ler várias unidades (microns, milibar, Torr e Pascal), possuem sinais de áudio e visuais indicando quando o nível alvo é alcançado.

Por meio de um aplicativo, pode-se conectar a um dispositivo inteligente, permitindo medir, monitorar, diagnosticar, testar, verificar, armazenar e compartilhar todos os aspectos da evacuação de um sistema.

As ferramentas utilizadas para a instalação de tubulações PEX, por sua vez, ganharam novos atributos. Alimentadas por bateria, as novas versões podem conectar acessórios de anel de cobre e sistemas PureFlow com apenas uma mão, pois são leves e compactas, permitindo conexões bem feitas em espaços apertados.

Outra rotina do nosso cotidiano que tende a ficar bem mais fácil são as medições de corrente para detectar se um problema técnico decorre do mau funcionamento do sistema ou da fonte de energia.

Isso ocorre porque os monitores de potência trifásica já começam a ser produzidos com registro online em tempo real, permitindo o rápido diagnóstico de falhas que antes consumiam muitas horas de investigação.

Por esses e muitos outros exemplos, fica claro que o refrigerista tem hoje à sua disposição uma gama de recursos inimaginável há alguns anos.

Mas a boa utilização desses instrumentos continua dependendo de sua disposição de estudar sempre e ser um profissional realmente bem preparado, já que o conhecimento sempre foi e vai continuar sendo a melhor ferramenta.

Como evitar vazamentos nos splits

A grande maioria dos vazamentos de fluidos refrigerantes nos ares-condicionados splits ocorre no momento da instalação, o que requer de nós, profissionais do setor, a máxima atenção possível nesta etapa tão importante para o bom o bom funcionamento do sistema.

Então, vamos começar relembrando os componentes com maiores chances de vazamento: válvulas de serviço, válvulas Schrader, linha de sucção, linha de expansão e trocadores de calor.

Dois outros pontos do sistema também costumam vazar, a tubulação aletada dos condensadores e a interligação entre as unidades externas e internas, neste caso nas ligações por conexão mecânica (flange) ou brasada (solda).

Agora, a grande questão é saber as causas desses vazamentos e evitar que eles aconteçam no nosso dia a dia.

Um dos vilões mais conhecidos da área é a falta de técnicas apropriadas de brasagem, quer dizer, preparação da tubulação mal feita ou inexistente; uso de liga errada; aquecimento desuniforme da junta; aplicação da temperatura indevida; e falta de uso de fluxo para solda.

O ajuste inadequado das conexões rosqueadas também é uma causa bem frequente de vazamento, já que essa operação deve ser sempre precisa, com aperto nem acima nem abaixo do ideal.

Igualmente importante é evitar a falta de tampões e selos nas hastes das válvulas e núcleos Schrader, além de usar suportes adequados para fixar a unidade condensadora sem o risco de vibrações.

Outra providência importante é aplicar apenas produtos de limpeza compatíveis com os materiais dos componentes do sistema, a fim de evitar corrosão. E não se esqueça: tubulação de alumínio é mais propensa a vazamentos, visto que é mais frágil.

E lembre-se: sempre vale a pena dedicar atenção especial às tubulações. Elas precisam receber o suporte apropriado e estar bem localizadas, para que não cedam nas curvas nem sofram estresse capaz de causar vazamentos.

Frigelar vai sortear oficina completa para refrigeristas

Já pensou em ganhar de uma vez só todos os instrumentos e ferramentas mais importantes para o seu trabalho? Pois isso vai ser possível, graças à promoção Oficina Completa Frigelar, que começou em 15/9.

A premiação funciona assim: a cada R$ 150,00 em compras de peças de refrigeração nas lojas da rede participantes da promoção dão direito a um cupom.

Veja mais detalhes de como participar e troque suas notas fiscais por cupons no site www.promocaofrigelar.com.br.

Confira agora a lista completa dos prêmios: alicate amperímetro, flangeador simples, cortador, escareador, curvador ¼ x 7/8 (conjunto), vacuômetro, bomba de vácuo 5 CFM duplo estágio, furadeira de impacto, turbo torch/maçarico EOS; molas ¼, 3/8, ½, 5/8, serra copo, parafusadeira Bosch 12v, carga torch, manifold R22, termômetro digital simples LCD, pente, balança digital não programável 100 Kg, maleta ferramenta Irwin/Spazio, manifold R-410A, recolhedora de gás, capacímetro.

Bem, agora é com você. Boa sorte!!!!!!

Profissional se atualiza sobre suportes na Febrava

Se você pretende ir à Febrava, é bom preparar antes um roteiro dos estandes que não podem deixar de ser visitados, em cada área fundamental do nosso trabalho.

Para ficar por dentro das últimas novidades em suportes para unidades condensadoras e evaporadoras, por exemplo, é obrigatório dar uma passada pelo estande I-90. É lá que está a EOS, empresa do grupo Frigelar que desenvolve suportes de todos os tipos, com diferentes modelos de ar-condicionado para cada aplicação.

Ao visitá-la no maior evento do HVAC-R na América Latina, você vai ficar sabendo, por exemplo, que os suportes expostos a sol e chuva recebem na fábrica pintura eletrostática poliéster, ao contrário do normalmente encontrado no mercado com pintura híbrida, indicada apenas para os interiores.

Tem ainda os suportes galvanizados a fogo, cujo tratamento a zinco impede o ataque da corrosão ao aço carbono, que é a alma do suporte, garantindo com isso vida útil superior.

Estande da EOS Suportes na Febrava 2017

Já para as regiões litorâneas o material usado é o aço inox 304, que por conter baixíssimo teor de carbono em sua liga, jamais enferrujará. Os parafusos, porcas e arruelas para fixação das condensadoras são do mesmo material.

A espessura das chapas é outro ponto que vale a pena analisar na hora de comprar suportes. Para se ter uma ideia da importância que isso tem, o suporte para uma máquina de 12 mil BTU/h, que pesa em torno de 35 quilos, no teste do Inmetro feito pela EOS resistiu a 250 quilos, uma sobra de capacidade para deixar qualquer instalador mais do que tranquilo.

Embalagem também faz a diferença neste campo. Afinal, quem é que não gosta de acondicionar os equipamentos para o transporte de forma confortável e protegido de danos na pintura? É pensando nisso que o pessoal da EOS embala seus produtos em caixas mais encorpadas, de papelão duplo.

Bem, o negócio é você ir ao São Paulo Expo e ver de perto tudo isso e muito mais.

Suportes para ar-condicionado da marca EOS são um dos destaques da 20ª Febrava

EOS Suportes apresenta portfólio na Febrava

A 20ª edição do evento mais importante da indústria latino-americana de climatização e refrigeração contará com a presença da EOS Suportes.

A mostra, que será realizada de 12 a 15 de setembro no São Paulo Expo, deverá receber mais de 30 mil visitantes, entre refrigeristas, comerciantes, distribuidores, projetistas e outros profissionais e empresários do setor.

Lá, todos poderão realizar negócios, aprimorar conhecimentos e ver as últimas inovações e tendências tecnológicas do setor.

O estande da EOS Suportes estará localizado na Rua I-90 do mais moderno pavilhão de exposições da capital paulista. Eu já me credenciei para visitar a Febrava, e você?

Conheça as vantagens do sub-resfriamento e superaquecimento

Imagine uma situação bastante comum do nosso dia a dia. Você vai realizar uma ordem de serviço, tira algumas leituras de uma unidade condensadora e descobre que a pressão de sucção está baixa. O que você faz?

Eu sei que na maioria dos casos a resposta vai ser: “adiciono mais refrigerante”. Mas, antes de começar a colocar mais fluido, não seria uma boa ideia confirmar se a baixa quantidade de fluido é mesmo o problema?

Para fazer o diagnóstico correto é preciso considerar as três principais causas deste tipo de problema e conferir o sub-resfriamento e o superaquecimento do sistema. Então vejamos:

CAUSA Nº 1: Calor insuficiente enviado ao evaporador

Isso pode ser provocado por baixo fluxo de ar (filtro sujo, tubulação limitada ou com tamanho inferior ao ideal, acúmulo de poeira e impurezas na ventoinha), além de sujeira ou uma obstrução na bobina do evaporador.

Bom, a análise do superaquecimento indicará se a baixa sucção é causada por calor insuficiente enviado ao evaporador. Para checar o superaquecimento, prenda um termômetro na linha de sucção com a finalidade de medir a temperatura do cano. Não utilize um termômetro infravermelho para esta tarefa. Então, meça a pressão de sucção e verifique a temperatura correspondente no gráfico de temperatura/pressão. Por fim, subtraia os dois valores para chegar ao superaquecimento.

Por exemplo, uma pressão de sucção de 68 psi em um sistema com R-22 é convertido para 40 °F (4,5 ºC). Digamos que a temperatura da linha de sucção seja de 50 °F (10 ºC). Ao subtrairmos os dois números temos 10 ºF (5,5 ºC) de superaquecimento. Essa diferença para a maioria dos sistemas deve ser de aproximadamente 5,5ºC medido no evaporador; e de 11 ºC a 14 ºC perto do compressor.

Se a pressão de sucção for de 45 psi (que é convertido para 22 ºF ou -5,5 ºC na tabela), e a temperatura de sucção for de 32 ºF (0 ºC) o sistema ainda possui 10 ºF ou 5,5 ºC de superaquecimento. O fato de essas leituras serem normais indica que a baixa pressão de sucção não é causada por baixo volume de refrigerante, mas sim calor insuficiente enviado para o evaporador.

CAUSA Nº2: Aparelho de medição com defeito, obstruído ou abaixo do tamanho recomendado

Digamos que um sistema tenha 45 psi de pressão de sucção (convertido para 22 ºF ou -5,5 ºC) e 68 ºF (20 ºC) de temperatura na linha de sucção, o superaquecimento é de 46 ºF (25,5 ºC). Isso indica baixa quantidade de refrigerante no evaporador. Porém, antes de adicionar mais refrigerante, confira o sub-resfriamento para ter certeza de que o problema não é causado por um aparelho de medição defeituoso, obstruído ou abaixo do tamanho recomendado.

Enquanto o superaquecimento indica a quantidade de refrigerante que está no evaporador (o superaquecimento alto indica insuficiência, e o baixo é sinal de excesso), o sub-resfriamento mostra a quantidade de refrigerante no condensador.

O sub-resfriamento em sistemas que utilizam uma válvula de expansão termostática (VET) deve ser de aproximadamente 10 ºF (5,5 ºC) a 18 ºF (10ºC). Um sub-resfriamento mais alto indica excesso de refrigerante se acumulando no condensador.

Em sistemas VET com superaquecimento elevado, certifique-se de verificar o sub-resfriamento, conforme o refrigerante é adicionado. Se o superaquecimento não muda e o sub-resfriamento aumenta, o problema é com o dispositivo de medição. No caso de uma VET, é provável que a cabeça precise ser substituída.

Para averiguar o sub-resfriamento, posicione um termômetro na linha de líquido perto do condensador. Pegue a pressão da cabeça e verifique a temperatura correspondente na tabela. Subtraia os dois valores para chegar ao sub-resfriamento.

Por exemplo, 275 psi de pressão na cabeça em um sistema com R-22 tem uma temperatura correspondente de 124 ºF (51 ºC). A temperatura na linha de líquido é de 88 ºF (31 ºC). A diferença dos dois valores é de 36 ºF (20 ºC). Superaquecimento e sub-resfriamento elevados indicam um problema com o instrumento de medição.

Lembre-se sempre que o sub-resfriamento não aumenta nos sistemas com linha receptora líquida, uma vez que o líquido extra vai encher o receptor em vez de reforçar o condensador.

Receptores são raros em aparelhos de ar-condicionado, mas muito comuns em pequenos sistemas de refrigeradores como freezers em formato câmara fria. Se um sistema com receptor tem superaquecimento elevado e o visor da linha de líquido está cheio (sem bolhas), cheque o aparelho de medição.

Se o visor apresenta bolhas, o sistema pode estar com quantidade insuficiente de refrigerante, ou o filtro secador da linha de líquido pode estar obstruído.

CAUSA Nº 3: Quantidade insuficiente de refrigerante

De fato, há alguns casos em que a baixa pressão de sucção é causada por volume baixo de refrigerante. Se o superaquecimento é alto e o sub-resfriamento é baixo, a quantidade de refrigerante provavelmente será baixa. Apenas tenha em mente duas coisas: primeiro, encontre e conserte o vazamento. Segundo, monitore ambos – o superaquecimento e o sub-resfriamento – à medida que você acrescenta refrigerante, para evitar o excesso de carga.

Observados todos esses cuidados, parabéns! Seu sistema foi diagnosticado corretamente e tem tudo para voltar a funcionar muito bem.

Dutos não param de evoluir

Como você sabe, os dutos são uma parte vital das instalações de HVAC e sempre vale a pena a gente relembrar sua evolução e as várias modalidades hoje existentes.

Eles servem, basicamente, para conduzir o ar-condicionado aos ambientes, levá-lo de volta ao sistema e transportá-lo para fora (exaustão).

Sua evolução, ao longo do tempo, ocorreu com o surgimento de novos materiais e também pelo fato de passar a receber revestimento isolante para reduzir a transferência de calor.

Com relação aos vários tipos existentes, um dos mais utilizados nos dias de hoje é o duto flexível. Formado por dois tubos concêntricos de alumínio e poliéster, seu isolamento térmico é feito por uma camada de lã de vidro ou lã de fibra de vidro.

Tem também os dutos metálicos, feitos de chapa galvanizada, aço inoxidável, cobre ou alumínio, que são cortados e moldados de acordo com as dimensões desejadas e, por serem bons condutores térmicos, igualmente requerem isolamento.

Dutos metálicos podem ser moldados de acordo com as dimensões desejadas

Por falar em fibra de vidro, este é outro material de que os dutos são feitos. Neste caso, por meio de placas de alta densidade cortadas e dobradas até se chegar à forma compatível com o projeto do sistema.

A face externa dessa modalidade de duto leva uma folha de alumínio reforçada para atuar como barreira de vapor, podendo a interna receber o mesmo tipo de revestimento ou então uma camada de tecido, dependendo dos requisitos da instalação.

Por fim, temos os dutos feitos de plástico ou espuma. Eles recebem cortes e dobras até chegar à forma transversal do sistema, com as faces interna e externa geralmente revestidas de alumínio.