Acerte sempre a mão nas cargas de refrigerante
Observar as recomendações do fabricante é essencial, por mais experiente que seja o profissional
Parte da nossa rotina de trabalho o carregamento do sistema de refrigeração e ar-condicionado muitas vezes acaba sendo feito no “olhômetro”, tanta é a nossa prática. Contudo, mesmo com toda a experiência do mundo, essa não é a recomendação, tendo em vista a grande responsabilidade em nossas mãos. Nessa hora, nada de improvisação e muito menos de ativação do piloto automático.
As variedades de gás são tão diversificadas que, no dia a dia, até mesmo os refrigeristas mais experientes têm dúvidas sobre a quantidade a ser utilizada, até mesmo porque cada fluído possui uma pressão específica e pode ser aplicado em diversificados sistemas.
Responsável pelo processo de trocas térmicas, o fluído refrigerante pode permanecer inalterado dentro dos aparelhos, mas é muito comum, em razão das variações de temperatura internas ou externas, haver variações. Ou seja, é um equívoco colocar utilizar o mesmo padrão de pressão em todas as recargas.
Com relação ao volume, o ideal é o velho e bom nem mais, nem menos. Em condições normais, o excesso de carga de fluído refrigerante pode afetar o consumo de energia e degradar o desempenho do sistema, especialmente os de pequeno porte: a quantidade deve ser precisa, afinal, a expansão do gás pode trazer sobrecarga do aparelho e, consequentemente, acidentes.
Mas como proceder então? Zelo e cuidado nunca são demais, portanto, some à sua experiência as recomendações técnicas fornecidas pelo fabricante, antes do procedimento, observe sempre a etiqueta do produto que especifica o quanto de gás deve ser utilizado em gramas ou quilogramas.
A adoção de parâmetros de observação como corrente elétrica, superaquecimento e sub-resfriamento, pressão de sucção e de descarga, análise do visor de líquido e, certamente, a sempre utilização de uma balança de precisão, são igualmente bem-vindas e garantem a qualidade do nosso trabalho.
Cabe sempre ressaltar a validade indeterminada dos fluidos refrigerantes, eles não acabam e não precisam ser trocados com frequência em condições de instalação e manutenção adequadas.
A recarga deve ser feita em casos de vazamentos descobertos e reparados ao longo do sistema. Com a falta de gás causada por esses defeitos, o resultado fatalmente será o comprometimento do desempenho e o aumento do consumo energético do aparelho.
Por fim, hoje em dia é quase impossível falar em gases refrigerantes sem lembrar da preservação ambiental, outra grande responsabilidade que temos em nossa profissão, que exige de nós boas práticas e qualidade dos serviços prestados. Cabe aqui, então, lembrar o papel importante da divisão de meio ambiente da Frigelar, que oferece ao refrigerista treinamento e consultoria para gestão de sistemas de refrigeração e climatização.
Lá você tem todo o suporte e logística para atendimento às normas ISO 14000 e legislação CONAMA 267, inclusive orientação sobre a documentação exigidas no cumprimento das exigências fiscais. Desfrute de toda essa orientação e qualificação, elas foram idealizadas para a melhoria contínua do seu trabalho!