“Clientes não me faltam”

Com a experiência de quem há 10 anos repara e instala equipamentos de refrigeração comercial e doméstica, Gilberto do Nascimento é o tipo do profissional que nunca fica parado.

Ele atua em toda a cidade de São Paulo e é presença diária na Frigelar da Alameda Glete, onde se abastece dos muitos materiais e componentes que necessita para dar conta de tantas chamadas técnicas.

Fica fácil entender a razão desse sucesso. “Trabalho diariamente das 7h00 às 23h00, e também tenho como hábito atender da melhor forma possível. Só assim dá para continuar contando com a indicação boca a boca como principal forma de conquistar novos clientes”, diz ele, lembrando que nem cartão de visita está mais distribuindo.

No seu entender, é um grande erro o refrigerista pensar que se fizer um reparo muito bem-feito vai demorar para retornar ao local. “Prefiro não voltar nunca, mas ter a possibilidade de ser indicado por alguém que tenha ficado muito satisfeito”, acrescenta.

Para ilustrar essa situação, o colega conta um caso acontecido no mesmo dia do nosso bate-papo. “Hoje eu instalei um compressor numa peixaria de Santo Amaro por indicação de uma cliente da Avenida Morumbi para quem fiz a mesma coisa seis meses atrás”.

Na contramão de condutas assim, ele lamenta ainda haver quem deponha contra si e a própria profissão ao executar soldas malfeitas, deixar de fazer o vácuo no sistema e instalar os equipamentos de qualquer jeito.

Refrigeradores e freezers frost free, por exemplo, têm boa parte dos problemas causada por pequenas pedras de gelo impedindo a circulação do frio.

“Em vez de colocar cada vez mais fluido refrigerante, precisa fazer uma boa limpeza no sistema com gás 141b e, aí sim, dar uma carga normal”, recomenda.

Na refrigeração comercial, sua outra especialidade, Gilberto aponta uma antiga questão cultural, a colocação dos condensadores sobre os equipamentos.

“Quando você entra em uma cozinha de restaurante dá de cara com aquela expositora de quatro portas e o motor lá em cima, perto do teto, justamente o lugar mais quente”, lamenta.

E para concluir, ele deixa um último recado: “Tem que fazer o serviço para ficar bom, nunca meia-boca. É assim que funciona”.

Oficina Completa: refrigeristas continuam se inscrevendo

Aumenta a cada dia o número de profissionais se candidatando à promoção da Frigelar que vai sortear, pela extração da loteria federal de 18 de novembro, um conjunto completo de ferramentas e instrumentos.

Para participar, basta trocar cada R$ 150,00 de notas fiscais em compras por um cupom numerado no site www.promocaofrigelar.com.br  onde também se encontram mais detalhes sobre o regulamento.

Eu dei uma passada dia desses pela loja da Alameda Glete e conversei a respeito com alguns colegas.

Para José Américo da Silva Filho, por exemplo, o prêmio viria a calhar, já que há cerca de um ano e meio ele teve seu carro roubado com todas as ferramentas dentro.

“Até agora ainda não consegui comprar o jogo completo e o que já comprei é de segunda linha”, afirma o profissional, que há quase 20 anos atua no ramo.

“Vou participar, com certeza. Os itens são muito úteis e de boas marcas”, garante Henrique Lacerda, profissional há 10 anos na área.

“Alguns aparelhos eu já tenho, mas vi na lista outros muito melhores que os meus”, acrescentou. Chamaram a sua atenção, especialmente, a balança, o manifold e a bomba, “fácil de levar para quem trabalha com moto, como eu, e os dobradores, que eu não tenho”.

Outro profissional contando com a sorte é o jovem Felipe Silvério, que agora se diz mais motivado a comprar na Frigelar. “É tudo muito útil, pois às vezes a gente não tem todas essas ferramentas”, diz ele, dando como exemplo, no seu caso, a recolhedora de gás.

Com 28 anos de idade, Felipe atua profissionalmente há cinco, embora desde a infância acompanhe o ofício do pai, atuando com refrigeração, ar-condicionado e lavadoras.

“Todas as ferramentas do kit são interessantes, mas eu gostei em especial da bomba de vácuo”, afirma Audilásio Antonio Ribeiro da Cunha, refrigerista com mais de 50 anos de experiência nas áreas de refrigeração e ar condicionado.

Só relembrando, aqui está a lista completa dos prêmios: alicate amperímetro, flangeador simples, cortador, escareador, curvador ¼ x 7/8 (conjunto), vacuômetro, bomba de vácuo 5 CFM duplo estágio, furadeira de impacto, turbo torch/maçarico EOS; molas ¼, 3/8, ½, 5/8, serra copo, parafusadeira Bosch 12v, carga torch, manifold R22, termômetro digital simples LCD, pente, balança digital não programável 100 Kg, maleta ferramenta Irwin/Spazio, manifold R-410A, recolhedora de gás, capacímetro.

Boa sorte!!!

Seguindo de perto as tendências

Os refrigeristas precisam estar atentos para adaptar sua prestação de serviços à realidade do mercado.

Um bom exemplo dessa postura foi dado por Wellington Aparecido Bezerra, que começou a trabalhar com linha branca em 2005 e, nos últimos cinco anos, deu uma guinada na rota de sua empresa, a Samafrio, de São Bernardo do Campo (SP).

“A demanda por instalação de split aumentou muito, o que fez a gente se especializar nessa área, atendendo indústrias e residências em geral”, explica o empreendedor.

Segundo Wellington, a própria crise econômica trouxe um novo nicho a ser explorado, pois várias empresas remanejaram seus galpões e outras dependências, requerendo os serviços de desinstalação e instalação de ar-condicionado.

Outra tendência positiva, no seu entender, fica por conta da entrega de um grande número de empreendimentos imobiliários. “O pessoal vai mudar e precisa deixar toda a parte de infraestrutura pronta”, comemora.

Mas, além de reagir aos diferentes movimentos do mercado, esse cliente assíduo da Frigelar acha necessário driblar certas dificuldades para o sucesso no seu dia a dia.

Um deles é a falta de previsão, nos projetos arquitetônicos, do espaço dedicado à climatização.

“Os arquitetos pensam em tudo, mas nunca no ar-condicionado. Aí, na hora da instalação, é aquela briga, porque tem que ter a estética. É, realmente, um desafio”, lamenta.


Todos ganham com serviço bem-feito

Cliente assíduo da Frigelar, Diego Delgado é um especialista convicto em refrigeração doméstica e comercial, áreas em que atua há três anos, após passar mais de 20 trabalhando em outros segmentos da manutenção.

“Escolhi as geladeiras e os balcões refrigerados porque são produtos sem os quais o cliente não fica. Por isso, sempre tem serviço nessa área”, afirma ele, ao explicar sua opção profissional.

Segundo Delgado, boa parte do mercado atual é composto por clientes que acabaram se decepcionando com aquele “técnico da família”, que há 30 anos atende a casa, mas nem sempre tratou de se atualizar.

“Hoje em dia os equipamentos, principalmente de refrigeração, estão muito avançados, tem muita tecnologia eletrônica e sem o mínimo de conhecimento fica impossível fazer o conserto”, observa.

No segmento de ar-condicionado, no qual até aqui Diego optou por não atuar, ele identifica problemas provocados pela existência de técnicos mal preparados, muitos deles pedreiros e eletricistas, “e todo mundo consulta o You Tube, onde tem um monte de aulas fajutas”.

Outro ponto que chama sua atenção nessa área é a pressa com que os serviços são prestados por muitos refrigeristas.

“Com a crise, muita gente tenta fazer duas instalações por dia para ganhar mais. Mas um trabalho bem-feito ocupa período integral e, muitas vezes, se estende pelo dia seguinte”, constata.

Por essas e outras, ele aconselha que um trabalho seja concluído da melhor forma possível, independentemente do tempo necessário.

“Pode demorar uma hora, meia hora, um dia, mas faça bem-feito, porque o seu ganho está no serviço executado da forma correta, e se você tiver de voltar para refazer, vai tomar prejuízo na certa”, arremata.