Refrigeração comercial: quando o gelo vira um vilão dentro da câmara fria
Embora um produto “estupidamente gelado” passe a ideia de êxito do equipamento que o deixou nesse estado, a formação excessiva de gelo tem sido uma tradicional inimiga de todos os refrigeristas quando o assunto é câmaras frias. Saiba mais sobre a formação de gelo em câmaras frigoríficas:
Nas câmaras de temperatura positiva, gotas formadas no teto são causas frequentes de pinga-pinga sobre as embalagens e a consequente perda de produtos. Podem ainda provocar acidentes, ao manter o piso molhado e escorregadio.
Já nas câmaras de temperatura negativa, o gelo também chega aos aletados do evaporador, provocando um problema a mais: o inevitável aumento no número de degelos e, consequentemente, do consumo de energia elétrica. É uma dor de cabeça que vai contra todas as metas atuais de boa manutenção.
Quanto maior a instalação, mais grave tende a ser esse assunto. Imagine os grandes centros de distribuição, por exemplo, onde câmaras gigantescas nunca são desligadas. O gelo que ali se acumula pode até comprometer a estrutura do teto, colocando em risco a câmara, todo o seu conteúdo e as pessoas trabalhando dentro e ao seu redor.
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Formação de gelo na câmara fria: como evitar?
Uma série de medidas preventivas, colocadas em prática por empresas do setor experientes e confiáveis como a EOS, tem conseguido diminuir sensivelmente o número de situações desastrosas, causadas pela formação de gelo em câmaras frias.
A montagem de antecâmaras na entrada e na saída da câmara principal é uma dessas barreiras contra o fenômeno físico da condensação, ocorrido nas áreas limítrofes, entre frio e calor. O papel dessas antecâmaras é segurar a umidade do ar e resfriá-lo, antes de sua entrada na câmara, a cada novo abrir e fechar de portas. Quando isto não basta, existe ainda a opção adicional de recorrer à climatização e desumidificação com a ajuda de produtos químicos, como os discos de sílica gel.
Portas rápidas são igualmente bem-vindas, pois diminuem os períodos de abertura, principalmente com acionamento por aproximação, controle remoto ou botoeira, por exemplo. Mas lembre-se: elas não oferecem um isolamento eficaz, o que requer uma segunda porta, esta sim frigorífica, localizada logo após a área de carga e descarga, a fim de evitar a formação de gelo no interior da câmara e todos os problemas decorrentes disso.
Contudo, existe um fator fundamental, que vem antes até mesmo de todo avanço alcançado até aqui pela indústria de câmaras em nosso país: a conscientização dos responsáveis pela operação dessas áreas. As empresas fabricantes e usuárias, cada vez mais, esforçam-se para treinar o material humano envolvido na operação diária das câmaras frigoríficas.
Mesmo assim, sempre que possível, vale a pena lembrar o pessoal que trabalha na indústria, no varejo e nos centros de logística frigorificados, que manter a porta de uma câmara aberta por mais tempo que o necessário, por exemplo, também abre o caminho para grandes prejuízos em toda a cadeia do frio, chegando muitas vezes até a casa do consumidor. Boas práticas são benéficas e vantajosas para todos!
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