Se teve uma categoria profissional afetada diretamente pelo desastre que matou dez meninos no centro de treinamento das equipes de base do Flamengo, essa categoria foi a nossa.
Antes de se pensar na qualidade dos aparelhos de ar-condicionado, dos painéis isolantes ou da própria energia elétrica que abastece o local, vem logo à mente de todos a questão da mão de obra empregada.
Cá entre nós, sabemos muito bem de nossa responsabilidade para que um incêndio seja uma das últimas possibilidades em qualquer tipo de ambiente climatizado.
- Acidentes por inalação, mais frequentes do que se imagina, mas quase sempre evitáveis
- Ruídos do ar-condicionado podem ser eliminados pela boa manutenção
- Teste comprova eficiência do Solstice N41 em sistemas VRF
Mas o momento é bastante propício pra gente relembrar alguns cuidados essenciais a serem tomados num campo tão polêmico e delicado como este.
Tudo começa na hora da instalação, quando é fundamental examinar itens como fiação, tensão, potência dos aparelhos e perfil da rede elétrica existente. A espessura e o tamanho dos fios, por exemplo, devem variar de acordo com a capacidade do modelo instalado, sendo recomendável a instalação de disjuntores individuais e sempre na amperagem correta.
Depois, no dia a dia da operação, o recomendável é que se faça manutenção periodicamente, única forma de detectar problemas capazes de provocar um futuro curto-circuito, como é o caso do desgaste prematuro da proteção interna que todo aparelho possui contra esse tipo de acidente.
Além de serem óbvios e conhecidos há muito tempo, cuidados assim fazem parte da Lei 13.589/2018, que determina a obrigatoriedade do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em todos os prédios públicos e privados onde haja a partir de 60 mil BTU/h instalados.