Testes de vazamento em câmaras frias: como fazer?

Você que é técnico refrigerista provavelmente conhece os perigos dos vazamentos de fluidos refrigerantes. A dispersão pode provocar uma série de perdas econômicas, além de danos ambientais responsáveis pela aceleração do aquecimento global. A boa notícia é que a manutenção preventiva ajuda a evitar a maior parte dessas complicações. Mas antes de entender o que fazer para impedir a evasão da substância, é preciso compreender a raiz do problema.

Por isso, o Blog do Seu Paschoal elenca a seguir algumas das razões que levam à perda de fluidos refrigerantes em câmaras frigoríficas. Na sequência, explicamos como solucioná-los. Fique ligado!

Conheça os principais indícios

Não é fácil diagnosticar vazamentos em sistemas de grande porte. A carga total é maior do que a verificada em aparelhos domésticos. Por isso, esse tipo de sistema demanda a máxima atenção dos proprietários e, claro, a atuação dos profissionais de refrigeração. Afinal, a saúde financeira do negócio pode estar em jogo.

Aqui, é preciso considerar o custo do produto para reposição, o pagamento pelo serviço e o prejuízo causado pela desativação temporária da câmara. A resposta para prevenir problemas é a manutenção periódica do equipamento. Tal atividade requer o conhecimento acerca dos principais sinais que podem sugerir o escoamento de fluido. Veja três exemplos:

  • Baixa performance do aparelho;
  • Aparecimento de umidade no compressor;
  • Presença de óleo ao redor de uma conexão.

O que explica o problema

Não existe uma única razão para o aparecimento de vazamentos. A origem do problema pode estar associada à utilização de instrumentos perfurantes para a retirada do acúmulo de gelo — uma prática perigosa para a saúde do evaporador. Também pode envolver o excesso de vibração ou desgaste de componentes, o que provoca microtrincas difíceis de serem observadas a olho nu. Outra possibilidade é a manipulação intensa do equipamento, muito comum nas operações comerciais de supermercados.

Como detectar vazamentos

Por conta da dificuldade de localizar fendas e rachaduras, a principal recomendação — mais uma vez — é a adoção de medidas preventivas. A maior parte dos vazamentos de fluidos ocorre nas seguintes peças e componentes:

  • Junções e conexões ao longo da tubulação (como porcas e flanges, assim como pontos de fixação);
  • Pontos de solda (devido ao uso de material inadequado para a solda do metal da tubulação);
  • Pontos de curvatura da tubulação (a tubulação fica mais fina no local da dobra, o que pode gerar pequenas fissuras quando o equipamento sofre choques mecânicos);
  • Evaporadores;
  • Condensadores.

Também é importante verificar se não há nenhuma válvula Schrader conectada ao sistema de refrigeração. Conservar o fluido nas atividades de manutenção e reparo — como a troca do compressor — é outra recomendação importante para evitar a perda da substância química.

Espaço de câmaras frigoríficas.

Métodos de reconhecimento

Existem procedimentos que detectam até mesmo as mais pequenas fugas nos sistemas de refrigeração. Combinando técnicas e ferramentas, consegue-se proporcionar uma melhor performance, ampliando, também, a vida útil do aparelho. Saiba o que fazer para garantir uma maior proteção à câmara fria do seu cliente:

  • Teste das bolhas: é o mais tradicional e utilizado método para apontar vazamentos de fluidos refrigerantes. Embora não envolva nenhuma tecnologia avançada, a técnica costuma dar conta do recado. Especialmente quando não estamos lidando com micro-vazamentos. Basta adicionar um pouco de água e sabão na área suspeita. Se formar bolhas, há vazamento.
  • Teste de imersão: esse procedimento é bem parecido com o teste das bolhas. O experimento consiste na submersão em água do componente com possibilidade de vazão. Novamente, a formação de bolhas indica a existência de fissuras ou trincas. Mais uma maneira simples de detectar problemas, a fim de minimizar as chances de complicações maiores no futuro.
  • Corantes fluorescentes: a utilização de compostos químicos visíveis apenas com luz ultravioleta (UV) indica a existência de problemas que resultam em vazamentos. Em geral, os corantes fluorescentes são misturados ao óleo lubrificante no momento da manutenção do sistema. O escoamento é identificado quando o corante “escapa” do circuito — um fenômeno observável somente com o auxílio da radiação UV.
  • Detectores eletrônicos: esses dispositivos contam com sensores acoplados e normalmente possuem um display de LED. Trata-se de um método mais moderno para a detecção de vazamentos de gases refrigerantes. Os equipamentos de medição são altamente confiáveis e facilitam bastante as atividades diárias do refrigerista. Existem detectores de CFCs, HCFCs e HFCs que permitem a identificação elementos específicos, como flúor, cloro, bromo e iodo. Versões menos sofisticadas não diferenciam a natureza da emissão ou do vapor presente, mas resolvem o problema.

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Saiba como garantir o retorno de óleo para o compressor

Quem trabalha na área de refrigeração sabe que a quebra de componentes é um pesadelo que assombra muita gente. Por exemplo, imagine esse cenário hipotético:

O seu cliente refrigera cinco ou seis toneladas de carne bovina em uma sala fria. É uma operação de impacto, e a conservação dos produtos é indispensável para girar o dinheiro do negócio. Na madrugada de sábado, um vigia atrapalha o descanso do proprietário do empreendimento para comunicar um problema: o compressor do circuito quebrou. Para piorar, só foram perceber a falha horas depois. Já era tarde. O calor do verão havia comprometido a qualidade de uma das mais deliciosas picanhas da cidade.

Essa situação é um dos piores cenários para quem trabalha nesse ramo. O que você ainda pode não saber é que o transtorno, nesse caso, tem uma origem específica. Não é necessariamente uma questão de baixa qualidade da câmara fria. A experiência em campo mostra que a falta de óleo no recipiente metálico que protege o motor do compressor é a principal causa de paradas não planejadas e quebras. Isso porque o óleo tem a função de lubrificar as partes móveis do sistema de refrigeração para minimizar o efeito do atrito. Parte dele desapareceu? Problema na certa.

A seguir, o Blog do Seu Paschoal compartilha algumas medidas que permitem um retorno seguro do óleo lubrificante ao compressor de refrigeração. Mãos à obra!

Por que é preciso manter o compressor lubrificado

O compressor é um componente vital para a maioria dos segmentos industriais. Ele é responsável por criar diferença de pressão no circuito de refrigeração, circulando o fluido pelo sistema. Junto com outros componentes, tem a função de retirar o calor presente no interior do aparelho por meio da mudança de fase do refrigerante. Como resultado, promove o controle térmico de um determinado ambiente.

Como é formado por estruturas de metal, o compressor demanda a utilização de um óleo de alta qualidade para que o atrito entre as peças seja o menor possível. Além de lubrificar e limpar os componentes, o óleo lubrificante auxilia na partida do compressor. A troca da substância é fundamental para manter a saúde da unidade em dia.

Quando o óleo se torna um problema

Agora, como você sabe, os compressores exigem algum tipo de óleo para o bom funcionamento. Mas é importante que a substância retorne ao compressor pela sucção como se fosse parte do fluído. Não é nada bom quando ele desaparece. Deixando de lubrificar as partes móveis do sistema, o compressor perde tanto em rendimento, quanto em vida útil. Em casos mais sérios, o aparelho pode até quebrar em pedaços. Se a falta de óleo for mínima, o problema não é tão grande assim, pois o compressor ainda continua funcionando. Por outro lado, há um decréscimo de eficiência nos trocadores de calor, à medida que o óleo se espalha pelo circuito.

Mas esse é o caso mais otimista. Quando a substância lubrificante não chega até o cárter do motor, ocorrem paradas inesperadas e recorrentes no compressor. Isso se os mecanismos de proteção contra a falta de óleo forem de altíssima qualidade. Caso contrário, a fratura da unidade é inevitável. Em qualquer uma dessas circunstâncias, o sistema frigorífico estará comprometido em sua totalidade. Por isso, é importante contar com sifões instalados na descarga do evaporador e nas linhas de sucção ascendentes. Outra recomendação é manter a velocidade adequada de escoamento e jamais instalar reduções antes de sifões.

Como o separador de óleo pode ajudar

Em condições normais de funcionamento, todo compressor descarrega parte do seu óleo junto ao fluido comprimido. A velocidade de circulação do refrigerante na tubulação é importante para garantir o retorno do óleo ao compressor. Mas não dá para depender só disso. O mais indicado é acrescentar um novo elemento ao circuito de refrigeração. Estamos falando do separador de óleo.

A missão desse componente é reter o óleo que sai pela linha de descarga e fazer com que ele volte ao compressor por meio de uma linha de retorno. Dessa forma, a quantidade de lubrificante levada ao compressor se torna apropriada. O equipamento é obrigatório em sistemas com tubulação de sucção mais longa do que três metros. Sistemas frigoríficos com temperatura de evaporação abaixo de -10 °C, também, pedem o incremento. Em sistemas menores, a instalação da peça não é necessária, uma vez que já há pouco óleo percorrendo sua extensão.

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