Evaporadora Despressurizada: Devo Instalar Normalmente? Saiba o Que Fazer

Se você é um técnico refrigerista experiente, já deve ter se deparado com o problema de uma evaporadora despressurizada em algum momento de sua carreira. Esse é um desafio comum, mas que requer atenção e conhecimento para ser solucionado da forma adequada. Mas afinal, o que o refrigerista deve fazer quando encontra uma evaporadora despressurizada?

Aqui no Blog do Seu Paschoal, vamos explorar em detalhes o que é uma evaporadora despressurizada, como diagnosticar o problema, suas causas mais comuns, testes de verificação e passos para instalação correta.

Introdução à Evaporadora Despressurizada

Quando nos deparamos com uma evaporadora despressurizada, é fundamental compreender a natureza desse problema e suas implicações. A evaporadora é uma parte essencial de um sistema de ar-condicionado, responsável por absorver o calor do ambiente, permitindo assim o resfriamento do espaço. Quando ela se encontra despressurizada, isso significa que a pressão do refrigerante em seu interior está abaixo do nível necessário para um funcionamento eficaz.

Mas por que isso ocorre? Existem várias razões que podem levar à despressurização da evaporadora, e é crucial entender que esse sintoma não necessariamente aponta para um defeito grave no sistema. Pode ser resultado de vazamentos de refrigerante, falhas na válvula de expansão, erros na instalação ou até mesmo uma recarga de refrigerante inadequada no passado.

A despressurização da evaporadora afeta diretamente o desempenho do sistema de ar-condicionado, resultando em uma menor capacidade de resfriamento e eficiência energética reduzida. Portanto, é imperativo que um técnico refrigerista compreenda a natureza desse problema para diagnosticá-lo e abordá-lo de maneira eficaz.

Diagnóstico Inicial

Ao encontrar uma evaporadora despressurizada, o passo inicial crucial é realizar um diagnóstico minucioso e abrangente. Isso não deve ser apressado, pois determinar as causas subjacentes da despressurização é essencial para uma solução precisa e econômica.

Comece examinando o sistema como um todo, desde a evaporadora até o compressor e a condensadora. O objetivo é identificar qualquer anormalidade que possa contribuir para a despressurização. Isso inclui inspecionar as conexões de tubulação e as juntas, verificar a integridade das serpentinas e analisar a integridade dos componentes, como a válvula de expansão e os filtros.

É importante lembrar que a despressurização pode ser um sintoma de problemas mais amplos, como vazamentos de refrigerante, falhas em outros componentes ou mesmo uma instalação inadequada. Portanto, não pule etapas no diagnóstico inicial.

Após uma inspeção visual detalhada, utilize ferramentas como manômetros de pressão e medidores de temperatura para avaliar o estado atual do sistema. Verifique se a pressão do refrigerante está abaixo do valor especificado pelo fabricante. Esses dados ajudarão a confirmar a despressurização e orientarão na identificação da causa raiz do problema.

Causas Comuns de Despressurização

Vamos agora explorar as causas mais comuns de despressurização da evaporadora:

Vazamentos de Refrigerante: Um vazamento de refrigerante é uma das principais razões por trás de uma evaporadora despressurizada. Pode ocorrer em conexões mal seladas, tubulações danificadas ou componentes defeituosos. Utilize um detector de vazamentos para localizar o ponto exato do problema.

Falhas na Válvula de Expansão: A válvula de expansão é responsável por controlar o fluxo do refrigerante para a evaporadora. Se estiver com defeito, pode causar uma despressurização. Verifique se a válvula está funcionando corretamente e se está configurada adequadamente.

Erros na Instalação: Uma instalação inadequada também pode levar à despressurização. Certifique-se de que todas as conexões elétricas e de refrigerante estejam corretas e bem apertadas. Uma instalação malfeita pode resultar em vazamentos de refrigerante.

Verificação de Defeitos

Depois de identificar a possível causa da despressurização, é importante realizar testes e verificações para determinar se a evaporadora está realmente com defeito ou se pode ser reparada. A utilização de manômetros de pressão e medidores de temperatura ajudará a avaliar o desempenho do sistema.

Recarga de Refrigerante

Caso o problema seja um vazamento de refrigerante, a recarga adequada é essencial. Certifique-se de utilizar o tipo correto de refrigerante de acordo com as especificações do fabricante. Lembre-se de que a recarga deve ser realizada com precisão, pois o excesso ou a falta de refrigerante afetará o desempenho do sistema.

Passo a Passo para Instalação

A instalação adequada de uma evaporadora de ar-condicionado é crucial para evitar problemas futuros. Aqui está um guia passo a passo:

Preparação da Área de Instalação: Certifique-se de que o local onde a evaporadora será instalada esteja limpo e livre de obstruções. Verifique também se a superfície é plana e estável.

Montagem da Evaporadora: Siga as instruções do fabricante para montar a evaporadora de forma adequada. Certifique-se de que todas as peças estejam encaixadas corretamente.

Conexões Elétricas e de Refrigerante: Faça todas as conexões elétricas e de refrigerante de acordo com as especificações do fabricante. Utilize ferramentas de aperto adequadas para garantir conexões herméticas.

Testes de Funcionamento: Após a instalação, realize testes de funcionamento para verificar se a evaporadora está operando corretamente. Verifique a temperatura do ar fornecido e a pressão do sistema.

Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é essencial para prolongar a vida útil da evaporadora e evitar problemas futuros. Recomenda-se a realização de limpezas regulares dos filtros e serpentinas, a inspeção de componentes elétricos e o teste de desempenho do sistema. Essas medidas ajudarão a identificar problemas antes que eles se agravem.

Ferramentas e Equipamentos Necessários

Todo técnico refrigerista deve estar equipado com as ferramentas e equipamentos necessários para lidar com evaporadoras despressurizadas e realizar instalações corretas. Alguns itens essenciais incluem:

  • Manômetros de pressão
  • Medidores de temperatura
  • Detector de vazamentos de refrigerante
  • Chave de fenda
  • Conjunto de ferramentas de aperto
  • Multímetro
  • Ferramentas de corte e dobra de tubulação

Normas de Segurança

Lembre-se sempre das normas de segurança ao lidar com refrigerantes e componentes elétricos. Utilize equipamentos de proteção individual, como luvas e óculos de segurança, e siga todas as diretrizes de segurança para evitar acidentes.

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Por fim, queremos enfatizar a importância de contar com produtos de qualidade para garantir o melhor trabalho e desempenho do sistema de ar-condicionado. A FRIGELAR é uma marca confiável e reconhecida no mercado de refrigeração, oferecendo uma ampla gama de ferramentas, equipamentos e peças de reposição. Recomendamos que você adquira produtos da FRIGELAR para garantir a excelência em seus projetos e reparos.

Portanto, uma evaporadora despressurizada pode ser um desafio, mas com o conhecimento adequado e as ferramentas corretas, um técnico refrigerista experiente pode diagnosticar e resolver o problema de forma eficaz. Lembre-se sempre da importância da manutenção preventiva e da qualidade dos produtos utilizados em seus projetos.

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Saiba por que usar condensadora e evaporadora de marcas diferentes em seu aparelho pode ser uma má ideia

Imagine que você tem um ar condicionado do tipo Split e por alguma razão, técnica, econômica ou vida útil, precisa substituir a evaporadora ou a condensadora do aparelho e se deparou com a possibilidade de usar marcas diferentes. Dúvida recorrente entre profissionais do setor, e dor de cabeça entre os clientes: utilizar condensadora e evaporadora de marcas diferentes dá problema?

Para nos esclarecer essa questão, falamos com o nosso colega, o professor Anderson Oliveira, fundador do canal INTAC, que nos traz algumas orientações: 

Primeiro, um dos principais pontos é saber se a unidade evaporadora, com relação à unidade condensadora, utiliza a tecnologia Inverter ou on-off (convencional). “Qualquer equipamento que é on-off, quando utilizado em sistemas Inverter, não irá funcionar adequadamente. Os sensores de temperatura não estarão todos em sintonia com a placa do módulo Inverter. Ou seja, a comunicação da modulação de compressor e motoventilador não acontece e muito menos a comunicação entre as unidades (evaporadora e condensadora) quando não se tem a mesma tecnologia”, esclarece.

E se de alguma forma ele venha a funcionar, deixará de ser um ar-condicionado Inverter. Isso ocorre porque o grande destaque de qualquer sistema Inverter é ter a modulação do deslocamento volumétrico do compressor e variação na velocidade do ventilador (interno e externo.

Mesma tecnologia, marcas diferentes

Sendo da mesma tecnologia e de marcas diferentes, os fabricantes tanto de sistemas on-off quanto Inverter, mantêm suas placas eletrônicas distintas. Assim, junto com elas, também valores de resistências ôhmicas dos sensores (evaporador, serpentina, ar externo e tubo de descarga). 

E o professor alerta: “os valores lidos nas temperaturas dos sensores e convertidos no cabo conhecido como SINAL, podem não ter os mesmos valores de variação de resistência ou tensão elétrica fornecidos à placa receptora ou placa principal (potência).”

Um ponto a ser analisado é o diagrama elétrico. “Similares em sistema on-off e em alguns Inverter, os diagramas elétricos nas menores capacidade (de 7.000 a 12.000 BTUs/h) necessitam atenção, visto que alguns fabricantes das capacidades de 12.000Btu/h alimentam os equipamentos pela evaporadora, enquanto outros alimentam o equipamento pela unidade condensadora. Isso poderia ocasionar a falta de cabos elétricos para fazer possíveis adaptações” explica Oliveira.

Outra dor de cabeça em usar marcas diferentes é que muitos Splits Inverter foram desenvolvidos com o dispositivo de expansão do tipo tubo capilar, enquanto outros já foram lançados com válvula de expansão eletrônica. “Nestes casos, haverá falhas em função da indisponibilidade nas comunicações de sensores e placas eletrônicas, o que afeta diretamente o controle e a modulação da Válvula de Expansão Eletrônica (V.E.E), deixando o sistema totalmente fora da sua originalidade”, garante.

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Outro ponto importante é observar o fluido refrigerante, já que nem todos os equipamentos utilizam o mesmo. O gás R410A é conhecido por ser ecologicamente correto, por ser atóxico, não inflamável e não agredir a Camada de Ozônio. Boa parte dos aparelhos utilizam esse fluido, especialmente os Inverter. 

No entanto, o fluido refrigerante é apenas a substância química responsável pelo transporte de calor entre as unidades internas e externas. Isso quer dizer que o aparelho pode receber o selo eco-friendly, mas isso não quer dizer que ele é necessariamente Inverter. “Pode acontecer de você se deparar com dois  equipamentos da mesma capacidade com o mesmo fluido refrigerante e na hora das ‘adaptações’ perceberá que um é Inverter e outro não”, reforça o professor. 

Então, não restam dúvidas. A recomendação é sempre buscar por marcas iguais, capacidades iguais e tecnologias iguais. Com isso, você terá garantia legal, atendimento pelo fabricante e o principal: responsabilidade técnica, garantindo a sua mão de obra qualificada ao consumidor que contratar seus serviços.

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Como é mesmo que funciona o ar-condicionado?

Começo de ano é sempre uma boa época pra gente fazer planos. Mas também podemos aproveitar esses momentos e revisitar assuntos importantes, que acabam ficando em segundo plano no corre-corre diário.

Foi numa hora dessas, por exemplo, que eu me vi debruçado sobre um artigo mostrando como a químico-física pode ser usada para explicar o funcionamento do ar-condicionado, a partir do ciclo de refrigeração por compressão de vapor.

Basicamente, o texto mostra que, uma vez comprimido pelo compressor, o fluido refrigerante move o calor de um lugar para o outro, ora em forma de gás, ora em forma de líquido.

Sem querer dar uma de professor Pardal, resolvi tocar hoje neste assunto, começando por lembrar que quando um líquido evapora, ele absorve calor, sendo que em seu estado original, as moléculas mantêm-se juntas por interações intermoleculares fracas. Algumas delas, porém, absorvem energia térmica suficiente, isto é, movem-se rápido a ponto de superar tais interações.

O trabalho básico de um ar condicionado, portanto, é usar a mudança constante do fluido refrigerante, do estado líquido para o gasoso, para mover o calor de um lugar (ambiente climatizado) para outro (lado externo).

Trocando em miúdos, os condicionadores de ar precisam executar duas tarefas: despejar o calor absorvido pelo refrigerante no lado de fora e, em seguida, condensar o refrigerante de volta em um líquido para que ele possa ser usado de novo.

Quem realiza essas tarefas no interior do sistema é o compressor, ao aumentar a pressão do refrigerante gasoso e condensá-lo em líquido novamente.

Já o calor perdido para o ar em torno do equipamento acaba sendo soprado para a parte externa por um ventilador.

À medida que o refrigerante se condensa, o ar condicionado retira a pressão com uma válvula de expansão, para que o refrigerante possa ferver novamente. Esse processo se repete até ser atingida a temperatura ajustada no termostato.

Por tudo isso, qualquer que seja o refrigerante indicado para um sistema, ele precisa ter baixo ponto de ebulição, pressão alterada facilmente, ser bom na condução de calor e absorvê-lo cada vez mais, enquanto vai aquecendo.

Claro, seu preço precisa ser acessível, deve ser encontrado em abundância no mercado, não ser inflamável nem tóxico e, principalmente, ser inofensivo à camada de ozônio e contribuir o mínimo possível para o aquecimento global.