Recolha fluido refrigerante bem equipado

Existem pelo menos três bons motivos para você fazer o recolhimento de fluido refrigerante com todas as ferramentas e instrumentos necessários: realizar um trabalho de boa qualidade, preservar o meio ambiente e resguardar sua própria integridade física.

Portanto, nunca é demais relembrar o kit básico a ser usado nessa operação, a começar pelos equipamentos de proteção individual, os famosos EPIs. Neste caso, estamos falando de óculos, luvas, calça longa e blusa de manga comprida.

Em se tratando de fluido refrigerante inflamável, é importante também usar jaleco antichamas. E se for trabalhar com substância tóxica, como a amônia, roupas e máscaras especiais são fundamentais, além de muito treinamento e capacitação profissional.

Agora, vamos à lista de ferramentas essenciais para a realização deste serviço: bomba de vácuo, manômetro, máquina recolhedora/recicladora, garrafa, detector de fluidos refrigerantes, balança, bomba injetora de óleo, adaptadores de 1/4 e 5/16, saca pino, vacuômetro, equipamento de solda, kit redutor de pressão para nitrogênio e garrafa de nitrogênio.

Embora alguns desses itens já estejam disponíveis no mercado em versão digital, os aparelhos analógicos são igualmente válidos.

Ah, e não se esqueça de levar sempre com você o mais importante, que é a consciência ecológica para jamais liberar na atmosfera substâncias nocivas à camada de ozônio ou que contribuam para o aumento do efeito estufa, como o R-22, o R-134a e outros fluidos refrigerantes à base de hidroclorofluorcabonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs).

Por isso, antes fazer a carga de refrigerante, é sempre fundamental verificar se há vazamentos na tubulação ou em outras partes do sistema de refrigeração. Se houver pontos de escape, eles devem ser soldados ou selados com algum tapa fugas de qualidade.

Bem, agora que você está atualizado acerca destas ferramentas apropriadas, só resta lhe desejar bom trabalho.

E se você quiser saber mais sobre este assunto, recomendo a leitura do artigo “Procedimento de carga de refrigerantes”, do coordenador de engenharia de aplicação da Heatcraft, Alonso Amor, no Portal Resfriando.

Aqui também no meu blog tem vários artigos sobre este tema. Até mais!

Saiba como fazer o óleo retornar para o compressor corretamente

Em um ciclo de refrigeração, o óleo tem a função de lubrificar as partes móveis do compressor, garantindo o seu bom funcionamento.

Contudo, como estas partes móveis também entram em contato com o fluido refrigerante, é natural que o óleo percorra toda a tubulação do sistema, junto com o fluido. O importante é que esse óleo retorne ao compressor pela sucção, ou seja, como se fosse parte do fluido.

A função do separador é segurar o excesso de óleo que sai do compressor, para retorná-lo na sucção ou no seu cárter, dependendo do modelo. Assim, o sistema pode operar com uma quantidade menor de óleo, pois somente uma pequena parcela irá percorrer todo o ciclo.

O separador de óleo normalmente não é utilizado em sistemas de pequeno porte, com tubulações curtas, já que a quantidade de óleo que irá percorrer o ciclo é pequena, inviabilizando o investimento neste componente.

Instalação de sifão na descarga do evaporador (linha de sucção) facilita retorno de óleo para o compressor

Para garantir o retorno de óleo pelo ciclo, deve-se atentar para dois detalhes da tubulação.

O primeiro deles é a instalação de sifão na descarga do evaporador (linha de sucção). Quando o sistema é desligado, para degelo ou pump down, o óleo tende a escoar para o fundo da tubulação, podendo inundar parte do evaporador, caso não haja um sifão na sua tubulação de saída. Quando o sistema retoma seu funcionamento, parte da serpentina permanece inundada, prejudicando o seu desempenho.

O segundo cuidado é a instalação de sifão em linhas de sucção ascendentes. Caso o evaporador esteja em um nível mais baixo que o compressor, deve-se instalar um sifão a cada quatro metros de altura. Isso cria uma “escada” para o óleo, facilitando o seu retorno para o compressor e evitando que inunde o evaporador em uma parada.

Você pode pesquisar mais a respeito no local onde peguei essa dica, no Portal Resfriando, da Heatcraft.

EOS Suportes apresenta portfólio na Febrava

A 20ª edição do evento mais importante da indústria latino-americana de climatização e refrigeração contará com a presença da EOS Suportes.

A mostra, que será realizada de 12 a 15 de setembro no São Paulo Expo, deverá receber mais de 30 mil visitantes, entre refrigeristas, comerciantes, distribuidores, projetistas e outros profissionais e empresários do setor.

Lá, todos poderão realizar negócios, aprimorar conhecimentos e ver as últimas inovações e tendências tecnológicas do setor.

O estande da EOS Suportes estará localizado na Rua I-90 do mais moderno pavilhão de exposições da capital paulista. Eu já me credenciei para visitar a Febrava, e você?

Fluidos naturais requerem atenção redobrada

Com a substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, refrigerante que destrói a camada de ozônio e ainda colabora para o aquecimento global, você já deve ter notado que estão cada vez mais presentes no mercado fluidos naturais como o dióxido de carbono (CO2), a amônia (NH3) e os hidrocarbonetos (HCs).

Essas substâncias não afetam a camada de ozônio e causam baixíssimo ou nenhum impacto climático, o que tem ampliado seu uso no mercado.

Até aí, tudo bem, mas certos fluidos naturais têm diferentes graus de inflamabilidade e toxidade, o que requer cuidados especiais durante sua armazenagem, manuseio e transporte.

O dióxido de carbono, por exemplo, é fornecido em cilindros de 25 kg a 45 kg, sendo que maiores quantidades podem ser adquiridas em minitanques equipados com bombas de líquido para serem conectados diretamente ao sistema. Nesses casos, é muito importante observar que a pressão do equipamento esteja menor em relação à do tanque.

Em se tratando da amônia, ela deve ser devidamente armazenada e transportada até o seu destino final, havendo no mercado cilindros de vários tamanhos e até grandes tanques fornecidos em caminhões.

Dentre os recipientes adequados para o seu armazenamento em estado líquido estão as garrafas de aço, cromo, teflon, PVC e ferro, podendo também a substância ser estocada em cilindros constituídos por cromo-níquel, aço-cromo e outras ligas metálicas.

Baixo impacto ambiental favorece uso de hidrocarbonetos e outras substâncias naturais como fluidos refrigerantes

Já os hidrocarbonetos, na sua grande maioria, são vendidos em cilindros descartáveis semelhantes aos de fluidos frigoríficos sintéticos, porém variando entre 5 kg e 6,5 kg. Existem ainda embalagens pequenas descartáveis de até 1 kg.

Na hora de comprar fluidos naturais também é importante você verificar se o grau de pureza é menor que 5 partes por milhão (ppm) de H2O, evitando com isso qualquer risco de reação química entre o fluido frigorífico e o lubrificante.

Por falar em compressor, a maioria dos fabricantes da área recomenda um conteúdo de umidade misturado ao óleo variando entre 30 ppm e 50 ppm de H2O para evitar as reações químicas e degradação do equipamento.

Cuidados especiais também são necessários em relação à armazenagem dos fluidos naturais, que deve ser feita, de preferência, em área coberta, seca, ventilada, com piso impermeável e afastada de materiais incompatíveis.

Por fim, vale lembrar que qualquer tipo de refrigerante, seja ele natural ou sintético, deve sempre ser adquirido de empresa idônea e ser de procedência legal.

Aliás, sempre tenha em mente que fluidos de origem duvidosa representam um alto risco, tanto para o usuário quanto para o equipamento refrigerador. Além disso, se houver qualquer violação da etiqueta do produto, fique esperto e não o utilize.

Tanque de amônia em fábrica de gelo: fluido refrigerante tóxico demanda cuidados especiais em relação aos procedimentos de segurança

Qual é a vida útil de um sistema de refrigeração?

Quando devemos indicar a um cliente que repare uma instalação antiga ou a substitua por uma nova? Dar a melhor orientação num momento assim requer de nós, refrigeristas, uma análise cuidadosa, que quase sempre resulta em decisão crucial.

O dilema ocorre porque, ao mesmo tempo em que avanços na tecnologia têm estendido o ciclo de vida de praticamente todos os produtos industriais, surge a necessidade de trocar os equipamentos com maior frequência, a fim de tirar proveito das opções mais eficientes lançadas no mercado.

À medida que a eficiência aumenta, os custos operacionais diminuem e os usuários percebem a vantagem de investir em novos sistemas de refrigeração e climatização, em vez de restaurar os antigos.

Contudo, isso não significa que se deva aposentar prematuramente uma instalação com muito tempo de bons serviços pela frente, seja climatizando o ambiente ou mantendo produtos perecíveis na temperatura correta.

Na verdade, existem vários aspectos envolvidos na previsão de quanto tempo um sistema deva durar, dentre eles as horas de funcionamento por dia, proximidade com contaminantes corrosivos, condições em que o equipamento é mantido e se foram feitos grandes reparos ou atualizações. Considerando a combinação de todos esses fatores, geralmente há uma expectativa de vida entre 10 e 30 anos, sendo 20 anos a média.

Também deve ser levado em conta o tipo de equipamento em questão. Por exemplo, os sistemas de ar-condicionado possuem partes expostas a sol e chuva, o que reduz sua expectativa de vida para 15 anos.

Da mesma forma, o comportamento do usuário tem participação decisiva na vida útil dos sistemas frigoríficos. É o caso, por exemplo, daqueles clientes que abrem com frequência exagerada a porta de uma unidade de refrigeração, provocando problemas recorrentes com o termostato.

Há ainda questões ambientais, como a maresia nas regiões litorâneas, ou a quantidade de compostos orgânicos voláteis (COV) introduzidos no ar interno por ambientadores, produtos de higiene pessoal e limpeza, dentre outros.

Seja qual for o caso, nem sempre o usuário aceita que o seu equipamento chegou ao momento da aposentadoria.

Uma pesquisa sobre o assunto mostra que consumidores de diferentes faixas etárias se comportam de maneira distinta nesta hora. Pessoas acima de 45 anos, por exemplo, tendem a achar que as coisas devam durar entre 15 e 20 anos, enquanto os abaixo de 35, que estão acostumados a comprar com maior frequência, consideram a idade limite entre 12 e 15.

Uma coisa é certa: a devida manutenção periódica sempre pode aumentar a vida útil de um equipamento, e quando você e seu cliente discordarem quanto ao momento de sua substituição, nada melhor que consultar o manual do fabricante ou entrar em contato diretamente com ele para tirar qualquer dúvida a este respeito.